segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Olá! Festas felizes para todos.
Uma brincadeira:


ABSOLUTAMENTE SIDERADO


Até porque fica mais-em-conta mas não só, resolvi oferecer aos livros a hegemonia na minha lista de prendas a oferecer neste Natal. Não é que estes estejam ao preço-da-chuva quando a períodos desta sucedem períodos da mesma, não, mas a verdade é que sempre são bem menos caros que perfumes… e se a malta tomar banho com regularidade, bem mais úteis também.
Com o propósito exposto, entrei ontem numa loja Bertrand e, ao fim de uns largos minutos e de um feixe de livros, dirijo-me a um colaborador e pergunto se não têm nada de Woody Allen, é que um dos meus alvos anda a necessitar, como das minis aos Sábados à noite, de umas boas gargalhadas. Ele diz que não, que de momento não; eu, eh pá, senhor, isso nem parece vosso, então não é uma vergonha pr’á casa? Ele, pois, de facto… mas pronto, temos aqui o último do Ricardo Araújo Pereira… ah, e também o do Fernando Alvim! E eu, pois, é malta boa sim senhor, mas ainda não é bem a mesma coisa, pois não? Quer dizer, acho que não, mas também são bons, não concorda?, ele a dar-lhe! E continuava, porque não leva este do Alvim? E eu logo, porque a Excelência do Alvim encontramo-la numa inata dialéctica música/palavra. O homem reina no áudio, no livro, muito embora nada de despiciendo seja susceptível de ser encontrado nos seus trabalhos, a qualidade elevada não está tão exposta à neve quanto a do Ricardo. E ele, não sei bem o que é que o senhor quer dizer com isso, mas… ah, espere!, cheguei lá. Dou-lhe razão, concordo plenamente consigo. A minha deixa, dá-me razão?; concorda plenamente comigo?! Pudera!, pois se até o nosso primeiro e o senhor presidente me pedem lições, conselhos… me dizem sim a tudo! Oh homem, quem é você ao pé daqueles?! Não viu logo que eu tenho sempre razão? O nosso presidente ter-me-ia dado razão logo no início da primeira frase. O quase siderado, está a falar de que presidente, senhor cliente? Eu contador, do Cavaco, claro! Há uns tempos estivemos juntos num jantar e eu falei-lhe numas coisas de Economia e ele ficou tão assombrado que me contratou logo para seu assessor… e apresentou-me ao Sócrates, pediu-me para lhe dar um curso intensivo sobre Economia e Finanças Públicas, e também para lhe falar do Maltês do Bronze, aquele que ganhava dez e gastava onze. Olhe, daqui a três, quatro quartos-de-hora vou até Belém… e só venho lá para Maio ou Abril…Ah pois!...
Foi aí, depois daquelas últimas palavras e das reticências, que me dei conta de que fulano era já absolutamente siderado. Juntei o Ricardo aos outros, dirigi-me ao caixa e, antes de efectuar qualquer pagamento, solicitei ajuda pr’á minha vítima.




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Fiabilidade

Viva pessoal!
Retomo hoje esta lavoura apenas para dizer que para nós, agricultores, é mais fiável - muito mais - a Meteorologia que os outros "senhores". E pronto, por hoje é tudo!




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Partilha

PARTILHA


Quero partilhar contigo
Mar
Aquilo que abnegadamente me ofereces:
O abandono do estorvo!




Carlos Jesus Gil

sábado, 9 de outubro de 2010

Zé-ninguém

ZÉ-NINGUÉM



Somos tantos, cerca de seis (a) mil milhões (não seis biliões, como dizem os norte-americanos).
Seis mil milhões de particularidades, de subjectividades, não obstante o muito de padrão que também se verifica.
Mas, então, porque emergem só alguns? Explicações diversas, por certo. Desde logo porque nem todos amam estar à tona; depois, bem, depois… é a ditadura da Economia a dominar toda uma série de subditaduras, todas elas alimentadas, anafadamente, com o que falta aos outros, à montanha deles.
Paradoxalmente são os leves que afundam! Paradoxalmente?, não. Só quem nunca foi a uma piscina…


a) sete mil milhões já em 2011




Escute-se o Zé-ninguém!
Às bóias!

Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A Santidade constrói-se!

A SANTIDADE CONSTRÓI-SE

A propósito de “Sua Santidade”, o Papa


Não acredito numa Santidade por decreto ou mesmo por sufrágio universal, directo ou indirecto.
Reportando-me sem rodeios à referência/mote do texto em apreço, indo, portanto, directo ao assunto, não creio numa Santidade conferida por um colégio eleitoral constituído por homens cujo mandato advém de trabalho, estudo aturado e talvez alguma influência, não provindo, como só assim compreenderia, de delegação divina. Creio na obra de alguns dos eleitos, sim!; reconheço em todos os que senti – verdade! -, elevado grau de intelectualidade; admiro, na sua maioria, a pessoa que foram; posso até exclamar sem qualquer prurido, para casos que tais: Bendito Fumo Branco!... Agora na sua Santidade?!... A Santidade constrói-se numa vida. Podemos reconhecê-la num Papa, sim – difícil, penso, por inerências e incompatibilidades do cargo -, mas igualmente ela é possível num pescador, num pedreiro ou agricultor.
Reitero: a Santidade constrói-se, não se decreta nem é resultado de eleição!
É óbvio que se trata tão só de uma designação, mas…




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ditadura do Futuro

DITADURA DO FUTURO


"Mesmo quando tudo está bem – connosco, com os nossos -;
mesmo quando o Sol brilha e o vento assume o heterónimo de brisa;
...mesmo quando a melodia que escutamos é deveras inefável
e a harmonia que a envolve empatiza com a nossa;
mesmo quando as camisas que admiramos e defendemos
são as mais transpiradas e as que mais vezes são levantadas, à guisa de brinde; mesmo quando a química inexplicavelmente inexplicável nos torna parte dum óptimo produto de reacção;
mesmo quando tudo isto acontece em simultâneo e até o metal aparece,
mesmo assim, nunca realizamos o pleno…
Há sempre algo que obsta:
a consciência do efémero, a incerteza do Futuro!"

Ali acaba o texto tal como é no original – digamos que a primeira parte.

Dentro de algumas letras e menor número de palavras, começará a explanação da razão de tudo o supra descrito e defendido: uma Vida em Deus não pode, jamais, abdicar daquela ditadura, pois que visa, aquela mesma, um Fim Supremo e, por tal, logo a necessidade imperial de um caminho a percorrer.
Esse caminho tem, forçosamente, que nos criar incertezas, que nos privar da plenitude do presente (isto, entendendo, como julgo acontecer com os mais de nós, plenitude, viver o dia plenamente, como sinónimo de hedonismo. Não o é, tenho para mim!).Eis, pois, a parte que completa o todo. Ao contrário da primeira, esta segunda não constituirá texto por si só…
Não teria aquela força!


Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Improvisos é connosco!

IMPROVISOS É CONNOSCO!




Eh pessoal?... Sabem por que é que John _________, senhor de uma importantíssima etiqueta de jazz norte-americana, procura músicos portugueses – “ only portuguese musicians! “ – para formar uma superbanda naquele género musical?... O quê, não sabem?! rsrsrsrsrs Ora pá, pessoal!... porq rsrsrsrsrs porq rsrsrsrsrs porque os portugueses são excelentes a improvisar! Rsrsrsrsrs
Esta está porreira, não? :)




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Olááááá

Um VIVA muito grande a todo o pessoal!

Ofereceram-me hoje um falso moleskine, falso, não insidioso! Cumpre ,tanto quanto o excelso, o desígnio de exímio guardador de palavras que traduzem ideias, emoções, banalidades e mesmo sermões.
Sem ele, ainda não era hoje que resgatava a pena... Ah, quem mo ofertou?! rsrsrsrs Uma "velhina" linda.
A minha mãe está por fora disto!
Espero k tenham todos tido um excelente Verão!
PS no caso dos meus amigos brasileiros, bem, um Inverno sem tremuras!




Carlos Jesus Gil

domingo, 1 de agosto de 2010

Não vês o leão do zoo?!

NÃO VÊS O LEÃO DO ZOO?!


Pedes-me asilo?
Sim, acoito-te.
Acoito-te
Não te resguardo
Que assim não crias defesas.
Não vês o leão do zoo?!


Carlos Jesus Gil

domingo, 25 de julho de 2010

Contas de dividir

Contas de dividir


Se o segundo é útil
O primeiro não é fútil!
Entanto...


A voz dos peixeiros ´
É música pimba.
A azáfama do pescador
É bailado de Tchaikowski




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 20 de julho de 2010

Verdadeiro aforismo... digo eu!

Aforismo... será?:


" Lei, muralha que defende a cidade. "


O verdadeiro:


Aforismo (inventei mesmo agora):

Lei, muro de arquitectura requintada e engenharia elaborada, que protege condomínios de luxo!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Aforismo... será?

Aforismo... será?:


" Lei, muralha que defende a cidade. "




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 13 de julho de 2010

Influência

INFLUÊNCIA


Influência… Em música, em qualquer outra arte, nos comportamentos humanos, verificamos profusamente influência. Ela é uma reacção a algo, arquétipo-base, constituído/construído/concebido por um ou mais predecessores, que podemos - sem corrermos o risco de ser exagerados – designar de mestre ou mestres, ao qual se retiram traços de carisma substituindo-os por outros da autoria do influenciado.
Alguém defendeu em tempos que um discípulo só é digno do seu mestre se o prolongar e mesmo o superar… Quando isso acontece, em música, em qualquer outra arte, acrescento eu: temos sublimação!
Ora, veio isto a que propósito? De música, a propósito de música, que de todas as artes, não sendo – paradoxalmente – aquela de que mais gosto, é a que me permite um maior entendimento. E o que é que eu entendi a respeito de…, que me leva a escrever sobre influência? A observação, nesta época tão forçosamente, reitero forçosamente, rica em versões, de que, não raro, a versão supera o original… Bem sei que influência alberga um campo muito mais vasto, não se limitando às versões de temas já existentes mas integrando eivadamente dignos originais. O que observo nesta minúscula dissertação é o facto de nos depararmos cada vez mais com verdadeiras maravilhas, trabalho comparável ao de mestres ourives que tão bem conhecem a arte de transformar ouro velho e grosseiro em sublime filigrana. Certo!, ainda é maior o número de exemplos em que a arrecada genuína mais cativa, mas o inverso, que aqui trago, começa a tornar-se notado. E, notem bem, não se trata de pura subjectividade, podemos trazer à coacção o gosto do ouvinte, qualidades estéticas da obra, técnicas dos obreiros. Muitos são os exemplos que poderia referir. Deixo-vos apenas este: tema “ Don’t stop de music “, no original a Rihanna, na versão o Jamie Cullum.




Carlos Jesus Gil

domingo, 11 de julho de 2010

Espanha, outra vez merecidamente!

Espanha, outra vez merecidamente!


E pronto, este já lá vai. à terceira não foi de vez para a Holanda. Espanha é campeã mundial de futebol... e merecidamente, não acham?
PS só perdemos com o campeão mundial. Mas não nos desviemos do essencial: Espanha, merecidamente!




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Espanha, merecidamente!

Espanha, merecidamente!

E na final do mundial, a Espanha também... merecidamente, não acham?




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mundial, a Selecção e os portugueses

Mundial, a Selecção e os portugueses

Malta, já chega de lamentações e outras atribulações acerca de... Não, não é por ouros colossos do futebol mundial já terem deixado os hotéis da África do Sul k falo assim, é tão só porque, agora a frio, realizo que, sim, fomos eliminados, mas malta, não humilhados. Repito: não humilhados! Talvez um argentino não posa falar assim!




Carlos Jesus Gil

sábado, 3 de julho de 2010

FIFA?... Outra dica!

FIFA?... OUTRA DICA

Já há dias aqui deixei uma. Então, outra:
Quando um jogador, que não o guarda-redes, impedir deliberadamente com mão ou mãos a bola de entrar na sua baliza, seria de bom tom e de suma justiça que fosse considerado golo. Evitar-se-iam potenciais injustiças… É que penalty não implica golo!
Gana, deveis sentir-vos orgulhosos!

Pequena nota: uma Alemanha de grande qualidade… demais!... A Espanha? A Espanha safou-se!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Charada

Um pequeno e fácil desafio... para descongestionar:


Charada
Três tópicos para "adivinharem" o que estou a magicar.
- espécie de camelo
- música
- bebé

O que é?
Fácil, não?.. Também é Verão!




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 30 de junho de 2010

"Selecção" de futebol? Hummm!

E a visão de jogo, onde está?




Bem, só agora dá para postar.
Foi mais ou menos assim: primeiro, eles fizeram o que quiseram; durante um "bocadito", eles não fizeram o que quiseram; depois voltaram a fazer o que quiseram... Ah, claro, sempre limitados ao único real poder que se lhes opôs, o de Eduardo, está claro!... Ok, concordo com vocês, benfiquistas, Coentrão esteve excelente também.



Carlos e esus Gil

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Negócio/ócio

NEGÓCIO/ÓCIO


O senhor das obras pr’a mim:

- Saiba!, nunca fiz negócio como forma de negação do ócio… sério, rapaz! Oh oh! Negar o ócio, eu?! Eu, que quando era “zé ninguém” tanto invejava quem o cultivava?! Eu, que lhe reconheço a virtude do impulso…sim, este ímpeto que me trouxe até aqui e que ainda hoje me invade!... Não, eu idolatro o ócio. Por ele formiguei e amigalhei… Tanto que já não dou conta de quantos migalheiros. Aliás, já não tenho migalheiros… Pois é, meu caro, foi para ser também digno dele, seu cultor, que fiz e faço freneticamente negócio… Não para o negar!
- Então, mas…?
- Pois, não diga mais nada meu rapaz. Nunca o vira eu mais magro; sei que não passei das intenções. Tenho plena consciência disso… Reconheço-me um miserável escravo do negócio… Alforria?... Hummmm!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Tá-se bem!

Tá-se bem!... Agora é ao "mata-mata". Venha quem vier, temos que petiscar. Logo há que arriscar!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eh pá, tu também não estás bem em lado nenhum

Repostagem




Ó PÁ, TU TAMBÉM NÃO ESTÁS BEM EM LADO NENHUM!


Certa noite de determinado Verão, tendo um meu amigo em segundo grau ido com outro amigo - meu também, mas já num afastado terceiro grau – a um arraial, daquelas peculiares festas de Verão tão enraizadas aqui na nossa “jangada de pedra”, a dada altura, e já com o grão na asa – mas não um grão qualquer, que daqueles com um diâmetro já bem jeitosinho se tratava! -, pede o meu amigo em terceiro grau ao seu amigo mais directo, que era o dono do transporte - uma velha motorizada de duas mudanças no punho: “ Eh zé, vamos à festa do Seixo?”; “ Ó homem, não estás já numa festa? ”; “ Eh pá, pois, mas isto aqui não está a dar! ”; “ Ó meu, ainda agora aqui chegámos e já tens ideia formada acerca do rendimento?! ”; “ Eh pá, já aqui estamos há mais de duas horas… E depois, sabes, está lá a Tininha,? Por favor, pá! “; “ Tu estás que nem um cacho. Deixa-te mas é estar quietinho, que ainda evitas más figuras! “; “ Que é que queres dizer com isso? “; “ Nada, nada. Estás um chato do caraças! “; “ Zé, por favor, pá! Ao menos leva-me lá! “; “ Pronto, chaga, anda daí!”.
E assim foi. Daí a minutos já se encontravam em cima da bicha que era suposto transportá-los até ao outro centro de engate, em simultâneo funcionamento não longe dali. Mas eis que, já perto do destino, o grão faz das suas: numa curva, até nada apertada, diga-se, protagonizam tão grande espalhanço que o meu amigo em terceiro grau vai parar dentro dum poço… fundo… bem fundo… “ Eh zé, zé, tira-me daqui, tira-me daqui! “… O outro, completamente esfarrapado e com sentido gemido na voz: “ Ó pá, tu também não estás bem em lado nenhum! “.


De maneira que foi assim.




Carlos Jesus Gil

Eh pá, tu também não estás bem em lado nenhum

Repostagem




Ó PÁ, TU TAMBÉM NÃO ESTÁS BEM EM LADO NENHUM!


Certa noite de determinado Verão, tendo um meu amigo em segundo grau ido com outro amigo - meu também, mas já num afastado terceiro grau – a um arraial, daquelas peculiares festas de Verão tão enraizadas aqui na nossa “jangada de pedra”, a dada altura, e já com o grão na asa – mas não um grão qualquer, que daqueles com um diâmetro já bem jeitosinho se tratava! -, pede o meu amigo em terceiro grau ao seu amigo mais directo, que era o dono do transporte - uma velha motorizada de duas mudanças no punho: “ Eh zé, vamos à festa do Seixo?”; “ Ó homem, não estás já numa festa? ”; “ Eh pá, pois, mas isto aqui não está a dar! ”; “ Ó meu, ainda agora aqui chegámos e já tens ideia formada acerca do rendimento?! ”; “ Eh pá, já aqui estamos há mais de duas horas… E depois, sabes, está lá a Tininha,? Por favor, pá! “; “ Tu estás que nem um cacho. Deixa-te mas é estar quietinho, que ainda evitas más figuras! “; “ Que é que queres dizer com isso? “; “ Nada, nada. Estás um chato do caraças! “; “ Zé, por favor, pá! Ao menos leva-me lá! “; “ Pronto, chaga, anda daí!”.
E assim foi. Daí a minutos já se encontravam em cima da bicha que era suposto transportá-los até ao outro centro de engate, em simultâneo funcionamento não longe dali. Mas eis que, já perto do destino, o grão faz das suas: numa curva, até nada apertada, diga-se, protagonizam tão grande espalhanço que o meu amigo em terceiro grau vai parar dentro dum poço… fundo… bem fundo… “ Eh zé, zé, tira-me daqui, tira-me daqui! “… O outro, completamente esfarrapado e com sentido gemido na voz: “ Ó pá, tu também não estás bem em lado nenhum! “.


De maneira que foi assim.




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Verdades, absolutas ou não

Repostagem




NÃO HÁ VERDADES ABSOLUTAS (ESTA TAMBÉM NÃO É ?!!!)


Se, como diz João Magueijo, os físicos teóricos – no seu caso, cosmólogo – passam a maior parte do tempo a tentar descobrir falhas nas teorias que já existem; e, por outro lado, a analisarem novas teorias especulativas, que porventura lhes permitam descrever tão bem ou melhor que as anteriores os dados experimentais, prova que não existem verdades absolutas (ou não, isto é complicado!). Pagam-lhes para duvidarem de tudo o que os outros propuseram antes; para proporem alternativas ousadas; para discutirem interminavelmente entre eles. “ No jogo do desvendar o mistério do universo, os cientistas nunca podem dizer caso encerrado “.
Não há, tenho para mim (será que tenho?), verdades absolutas. O que hoje é tido como verdade, terá que ser revisto no futuro… por certo (por certo?!!!), o que era verdade passará a ser conhecido como apenas parte dela ou, até, como uma completa não verdade ( já aconteceu, isto já aconteceu, lá isso é verdade).




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sete a zero?... Não, a antecâmara da 2ª fase!

Sete a zero?... Não, a antecâmara da 2ª fase!
Até Ronaldo e o levezinho marcaram!
Pois é, se no outro dia me encontrava danadão, hoje exulto. Somos assim, nós, os humanos formatados.




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago

Ficou hoje, aos 87 anos, impossibilitado de, directamente, produzir mais conhecimento, entretenimento, de abrir caminhos, de gerar controvérsia (que seria do mundo sem os capazes de gerar controvérsia?!). Todavia, a vasta Obra que lega a toda a ecúmena, a toda mesmo, pois mesmo a parte exígua que a ela ainda não teve acesso, tê-lo-á mais tarde ou mais cedo, rasga avenidas de possibilidades. Assim o homem aproveite essas vastas aberturas!
O Melhor, é o que te desejo, Saramago mestre!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Proponho à F.I.F.A.

Proponho à F.I.F.A.

Caríssimos srs.

Eu, tal e tal, proponho que os empates a zero sejam presenteados com a pontuação -1... (isso, menos um!). O resto pode, no que concerne à dita, continuar igual. Basta de enfado!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Teoria do vómito

Repostagem




TEORIA DO VÓMITO

SEREMOS O RESULTADO DO SISTEMA IMUNITÁRIO DO MUNDO?

Ora bem, de linguagem alegórica aqui faço uso… Digo isto, forço-me a tal, por força do teor de alguns comentários ao post anterior.


Ora então, por que terei eu expelido a questão anterior e reincido na temática colocando a ora em causa?... Porque, como vós, ouço e vejo notícias… E depois, como vós, penso, reflicto, medito… E depois, como vós, com muitas delas, muitas mesmo, fico indignado.
… E a indignação levou-me a esta tolice:
Há muito muito tempo atrás, muito mesmo, o Mundo – que entendo como Universo, pois não pretendo mais um geocentrismo, desta feita tendo como referência o Cosmos. Enfim, afronto o geoegocentrismo! -, de tanto tanto ter sofrido, de tão sordidamente ter sido maltratado pela terra, vomitou-a… Foi um processo natural de autodefesa; digamos que se tratou tão simplesmente do seu sistema imunitário a funcionar. Pragmaticamente podemos afirmar: uma purga do Mundo atira a Terra para um canto. À guisa de: vai-te!, queres-te lixar?... Tudo bem, mas lixa-te sozinha!
Bem, resta informar que apesar do relatado ter-se passado há muito muito tempo, em termos relativos não foi há tanto quanto isso. É que os problemas gástricos do Mundo só terão começado com a chegada do homo sapiens sapiens.




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Simples empirismo, porém...

O texto que segue foi escrito na passada segunda-feira. É o resultado de observações absolutamente despretenciosas mas obstinadamente continuadas. Entretanto, estatísticas emanadas pelo Instituto Nacional de Estatística provam o que nele defendo, o que quase me levou a o não publicar. Quase, pois aí vai ele:




SIMPLES EMPIRISMO, PORÉM…


Diz-se que o enorme - talvez o maior de sempre - geógrafo português, Orlando Ribeiro, tinha no seu gabinete da Faculdade onde leccionava, exactamente na parede frontal à porta de entrada, uma enorme fotografia de um olho. Pretendia o eloquente cientista, professor e escritor “ mensajar “a quem entrava da sua convicção de que uma das maiores ferramentas ao dispor de um geógrafo é a observação. Vale a mesma, aliás, para todas as outras ciências, digo eu!
Ora, reportando-me eu à grave fase – não ciclo! – financeira e económica que o planeta (o conceito de mundo, que estive tentado a usar, engloba algo infinitamente mais vasto… o infinito em todas as dimensões…) – quase na sua totalidade, safando-se apenas algumas das economias emergentes, principalmente o Brasil, a Índia e a toda poderosa China – vive, e lembrando-me do valor que o grande mestre atribuía à pura observação dos fenómenos, ferramenta científica que não substituindo outras também por nenhuma outra ou outras deverá, jamais!, ser substituída – da conjugação se chegará à conclusão -, resolvo, então, aplicá-la a dois indicadores económicos de importância relevante: o movimento de camiões nas estradas; o movimento portuário (no caso, o do pequeno porto comercial da Figueira da Foz).
Durante quase dezoito meses, com grandes doses de curiosidade e desejo de melhoras… p’ró meu país, p’ ró planeta, dediquei aturada atenção ao movimento de camiões (mercadoria, leiamos!) e de navios cargueiros no porto comercial supra referido. Facto observado: tanto no que à rodovia diz respeito (foram muitas, é imenso o número de estradas que percorro nos meus ofícios de geógrafo e de músico) como no que ao movimento portuário concerne, verifico um respeitável aumento. Vê-se “ a olhos nus”; não preciso de números para afirmar que o referido é um facto. Em relação a 2009, são, de há uns meses a esta parte - finais de 2009 -, muitos mais os camiões que circulam nas estradas portuguesas; são muitos mais os navios que descarregam e carregam diariamente no porto da Figueira da Foz. Portugal apresenta, não tenho dúvidas, um crescimento económico positivo e não despiciendo. Chega “ p’rás encomendas? “… Claro que aqui chegamos ao ponto em que não basta o poder da observação, são necessários números... Se os tivesse…! Creio, no entanto, que não. Vi-me, todavia, na obrigação de contribuir p’ rá luta “anti-bota-abaixo” que por cá grassa. Estamos a crescer, sim, e de um modo que devemos não depreciar. Pretende este pequeno texto ser sinopse de um idóneo estudo científico? Claro que não! Não desprezemos, contudo, o poder da Observação!




Carlos Jesus Gil

domingo, 6 de junho de 2010

Caminhos possíveis

É um tempo de repostagens. Aqui vai outra:


CAMINHOS POSSÍVEIS




E pensar que tudo Isto pode muito bem ter surgido de um enigmático Buraco Negro; mais, de um Buraco Negro do tamanho de um átomo! Incrível, não? Se os Buracos Negros não possuem apenas a enorme capacidade de sugar sofregamente massa, tornando-se assim cada vez mais densos, mas também a faculdade de a expelir, de a expelir violentamente num terrífico e devastador/criador big-bang, como pensam grandes cabeças, então há enormes possibilidades de todo Este enorme colorido, cada vez mais enorme, pois em expansão, ter surgido – mas quanta ironia pode comportar a matemática!!! – de uma minúscula mas significante partícula sem graça.
É a pensar nisto, na Teoria de Tudo, na mais recente Teoria das Cordas, em matérias diversas mas quejandas, sim, magicando - em cocktail de colapso nervoso com pinguinhos de euforia justificada - no donde viemos, que veredas, caminhos, estradas e auto-estradas teremos percorrido, que me embrenho de cabeça nos bairros mais sombrios da cidade que me habita, da perigosa cidade que me habita.
Parece que a conheço tão bem, e conheço, pois tantas vezes percorro aquelas vielas, aquelas ruas, aquelas praças… todos os dias o faço, todos os dias, não há um que por lá não passe, e de repente tudo me é tão estranho!.. Mas que cidade é esta onde moro?, que me habita? Então? Sou um perfeito desconhecido na minha cidade, sou-me um perfeito desconhecido?... Era tão pequena e pitoresca, a minha cidade! Toda a gente se conhecia, ninguém era enigma para ninguém. Todos estávamos a par de tudo e de todos, antigamente na minha cidade. O pior de tudo é que não foi assim tão antigamente, até que, vistas bem as coisas, não foi há mais que cinco segundos… Quais cinco segundos?!, foi há um segundo, apenas há um segundo. Incrível, não? É, foi só quando deixámos de dar primazia às veredas, e passámos a importanciar as estradas e as auto-estradas que a mudança p’ró desconhecido se deu… E isso foi há um segundo, apenas há um segundo!... Dá-me medo agora, a minha cidade; dou-me medo, bastante e incessante medo!... Procuro um bar ou um café aberto, preciso de um copo, de companhia, de alguém que conheça bem a minha cidade. Encontram-se, parece impossível!, todos fechados. Às onze da noite não há um bar aberto, não se encontra luz em qualquer um dos poucos cafés que ainda existem. Que estranho! Que estranha, a minha cidade!... Procuro um quiosque, um daqueles de estação ferroviária, que estão toda a noite abertos, mas também os proprietários destes foram dormir mais cedo. Ou será que agora é assim, que tudo fecha mais cedo?... Onde vou eu arranjar um mapa, uma mapa da minha cidade? Onde vou eu encontrar a carta da cidade que me habita? Sem esta, como posso eu, com tudo assim tão mudado, regressar a mim?
“ Aquele que conhece o outro é sábio, quem se conhece a si próprio é iluminado”! Alguém assim falou… e como eu penso que bem!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O vício

O VÍCIO




Porque me pareceu estar com febre – quente, que ela estava! -, dei um comprimido de paracetamol a uma árvore do meu pequeno quintal. Dissolvi-o muito bem em água, e meti tudo na raiz. Foram cinco litros de água para um grama daquele princípio activo.
Deu-se o caso por alturas do ocaso. No outro dia, manhã cedo, rompido de há pouco o astro-rei, acerquei-me do vivente doente e, perscrutando-o, notei algumas melhoras, não grandes, ainda assim, perceptíveis. Continuei, portanto, a terapêutica administrando-lhe dose igual.
Pelas duas da tarde, as suas folhas apresentavam já alguma viçososidade, não obstante a intratável caloraça do pleno Julho… Eram dez e meia da noite, mesmo antes de me preparar para a noitada, nova administração – não, a outra não fora demitida, nada de confusões!
Andei nestes desvelos cerca de uma semana… A Árvore, via-se, e confirmar-se-ia por análise idónea, vendia já saúde. Porém, se de oito em oito horas lhe não levasse a toma, era um tal zurzir na parede ali ao lado… Tive que pintar toda a parede e, como de brilho e ofuscação se passou a conviver entre as quatro, que remédio tive senão pintar toda a casa por fora!
Não fosse tê-la arrancado pela raiz, não chegariam hoje dez caixas de Panadol por dia. As tomas já eram de seis em seis horas, e os gramas já eram três de cada vez. Progressão geométrica! Teria que arranjar trabalho extra, está de ver.
Mas não, tomei a decisão correcta. Hoje, é um descanso!
Ah, a lenha?... Dei-a toda a uma vizinha que merece.




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ditadura do futuro

Repostagem




DITADURA DO FUTURO

Mesmo quando tudo está bem – connosco, com os nossos -; mesmo quando o Sol brilha e o vento assume o heterónimo de brisa; mesmo quando a melodia que escutamos é deveras inefável e a harmonia que a envolve empatiza com a nossa; mesmo quando as camisas que admiramos e defendemos são as mais transpiradas e as que mais vezes são levantadas, à guisa de brinde; mesmo quando a química inexplicavelmente inexplicável nos torna parte dum óptimo produto de reacção; mesmo quando tudo isto acontece em simultâneo e até o metal aparece, mesmo assim, nunca realizamos o pleno…Há sempre algo que obsta: a consciência do efémero, a incerteza do Futuro!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ai tu pensas que és o único?

AI TU PENSAS QUE ÉS O ÚNICO?!


Cansado de tanto escrever e não ser lido, não ser tido nem achado - por mais que, com excelência, variadíssimos temas estejam abordados na vasta temática que constitui a Terra que habita – nem à borla perguntado, José Manuel Rufino Ortigão e Costa - trintão oriundo de famílias-bem, tornadas, por força/empurrão ancestral, perdidamente ancestral ( que o acontecido e o a acontecer assim o é e será, em dominó), e vontades colectivas em “famílias-bem” -, à mesa de esplanada com um amigo, desabafa: “ … Depois, quando for famoso para além da minha rua, já vão olhar fixamente para o que escrevo, não vão mais olhar de viés; já vão prestar atenção ao que digo. Irão ler o que tácita ou explicitamente escrevi ou escrevo; nem as entrelinhas serão esquecidas… Depois! “. O outro: “ Mas… achas estranho isso?!! “




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lixo?... Não, recursos!

Porque a ciência, a tecnologia no-lo permitiram, hoje não existe lixo - já era! -, existem recursos... Pois, até os radioactivos (guardemos-los bem e esperemos!).




Carlos jesus Gil

terça-feira, 25 de maio de 2010

Só o PC?

SÓ O PC?


Um amigo meu disse-me, um dia destes, que tinha mandado o PC para o conserto, e eu perguntei-lhe porquê, e ele disse-me, ora!... porque está avariado!, e eu retorqui, demandando: então e o Bloco de esquerda, o PS, o PSD, o CDS e até mesmo os Verdes?... Eh pá, Zé, só o PC?




Carlos Jesus Gil

domingo, 23 de maio de 2010

Mourinho; Inter; liga dos Campeões

Só isto:
Parabéns Mourinho; parabéns restante equipa técnica do Inter; parabéns jogadores; parabéns estrutura directora. Foi um evento exemplar!




Carlos Jesus gil

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Mourinho mobilizador

MOURINHO MOBILIZADOR

Liga dos Campeões, evento verdadeiramente mundial!
Aproxima-se o momento, a Final da Liga Milionária está prestes a irromper. O jogo vai ser disputado por duas equipas, o Inter de Milão e o Bayern de Munique; seria de esperar depararmo-nos com duas dedicadíssimas falanges de apoio, porém a realidade é bem outra: Inter x Bayern, igual a três falanges de apoio. Os neutrais, esses sempre existirão, sempre, até que alguém tenha o Dom de lhes despertar a emoção adormecida - passe a redundância!... Gosta-se de futebol, por exemplo, e torce-se pelo melhor ou pelo que no momento se apresentar melhor, simplificando, por quem no jogo melhor jogar. Este é o fenómeno normal num neutral “amador” de futebol. Com o Mou em cena não há lugar a cinzentos: ou preto ou branco!
O Inter vai, pela capacidade mobilizadora - envolva ela empatia ou não – do seu ainda técnico principal, ter duas hostes a torcer por si, os realmadrilenos, pois claro, e, óbvio, o pessoal adepto de Milão. Vai ditar o resultado?... Oh!, sabemos lá! Agora que ajuda, ajuda!
Senhores e senhoras, é Mourinho na sua plenitude.



VIDA ARTIFICIAL
Depois da manipulação genética ainda do séc. XX, eis que nos surge a possibilidade de criação de vida por origem absolutamente artificial. Para já serão apenas microrganismos, depois… bem, a coisa não pára mais, como sabemos.
O feito pode dar para o bem, e dará; pode igualmente dar para o mal, uma possibilidade bem plausível também, conhecendo-nos nós tão bem quanto nos conhecemos.
Nota: dois temas, comentem sobre os dois, ou não!

Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cristiano Ronaldo; Mourinho

... Nem com Cristiano Ronaldo a mil à hora, acho que foi assim que ele disse, lá vamos!... Aquele Mourinho é mesmo um... um danado de um sabedor!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O caso fio-dental

Desanuviemos com uma repostagem:


O CASO FIO-DENTAL

Ele andava triste, sorumbático, irritadiço…, sim, de mal com o mundo!
Ao balcão, um companheiro indaga?: - é pá, o que é que se passa contigo?... Num repente não és o mesmo!
- Nada. Não é nada.
- Não, algo se passa. Não te conhecesse eu como te conheço. Parece que esqueces que te conheço há milhares de imperiais!
- É pá, Ricardo, não é nada, já te disse!
- Vá lá, meu, abre-te. Seja o que for, desabafa!
- Ok, pronto, queres ouvir o que me chateia?...Vamos a isso!: então não é que a semana passada o cargueiro que fretei para transportar a encomenda das cem milhões de caixas de palitos dos dentes apanhou, logo à saída do porto da Figueira da Foz, um marzão, daqueles mesmo à maneira, o que fez com que um contentor se abrisse e deixasse cair uma caixa?!!!… Sim, cinquenta palitos foram ao banho!... Sim, grande banhada, pois o seguro, presumo, não vai cobrir os prejuízos. E se cobrir, estás a ver o tempo que isso vai demorar!
- Pois, pá, agora compreendo-te. Não é caso para menos, não!
- Uma chatice, pá!... De maneira que estou decidido, vou mudar de galho. Quero que se lixem os palitos dos dentes. Vou passar a fabricar fio-dental. É que pretendo mudar de galho, mas não de ramo.
- Olha, boa ideia!
- Pois, mas até nisto já estou a começar a sentir problemas.
- Como assim?!
- É pá, Ricardo, há dois dias consultei uma empresa de consultadoria especializada nestes assuntos, contei-lhes o sucedido, e pedi-lhes que fizessem, com urgência, um estudo de viabilidade económica. Sabes o que me responderam?
- Não. Como é que tu queres que eu saiba?!
- Pá, perguntaram-me se pretendia as peças já para a colecção do próximo Verão, se só para o de 2010?!... Não há pachorra, pá!!!
- Pois… Ó Fonseca, tira aí mais dois fresquinhos!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tudo tem um preço

Imensos milhões de euros irão constituir um Fundo que visa servir de escudo (não, não me refiro à desaparecida…) ao Euro e, dessa forma, aos países da União Monetária e até, diga-se, a todos os da União Europeia. Isso tem um preço, um preço ao qual nos não podemos esquivar… Doloroso, demasiado quente, escaldante mesmo! Na Grécia vemos uma palete de vulcões em plena actividade, tão intensa tão, que por vezes esquecemos o da Islândia; a Espanha está prestes…; na Irlanda vai-se andando; a Itália adia…; por cá, obedientes que somos, não estamos com meias-medidas… vamos ver! As etiquetas com os novos preços começam hoje a ser impressas. A tarefa, de tão enorme se apresentar, requer mão-de-obra adicional… a do PS não basta, assoma em auxílio explicito a do PSD.
Eu compreendo, e vocês?

Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Trata-se de ficção, velha ficção

Pessoal, podem continuar a fazer disto um chat, ainda assim, o assunto postado é aquele k deve ser comentado. Haverá oportunidade de postar sobre os mais variados temas. Ok?



TRATA-SE DE FICÇÃO, VELHA FICÇÃO


Pois, a história existe há bué! Por ser tão possivelmente ilustradora de realidades; por, simultaneamente, induzir hilaridade em níveis não despiciendos, vou recontá-la. Eis a dita:


Dois ministros das obras públicas, um xisez, outro ypsilonez, encontram-se, por ocasião de merecidas férias, no palacete com quinta adjacente, numa bonita e tranquila região de Xis. Tal não é o encanto da construção aludida, tal não é o deslumbramento causado pelo conjunto magnífico palacete – quinta, que em contemplação demorada o homólogo ypsilonez indaga: “ Eh pá, como é que conseguiste tudo isto? Tu há uns anitos tinhas apenas um apartamento, num condomínio de luxo, mas um apartamento!... Aliás, aquele onde vives. Vai daí, o xisez responde: “ Olha, estás a ver aquela auto-estrada? “, “Estou, e então?! “, “ Então que 30% dos milhões que ela custou vieram parar ao meu bolso! “, “ Ah, meu sacanita! “


Uns tempos passaram, quantos , aqui p’ra nós pouco ou nada interessa, pois nada acrescenta ao efeito, e os dois dignitários amigos voltam a encontrar-se. Em Ypsilon, desta vez:
Do aeroporto, o ministro xisez, já fora da administração central, dentro, porém, da administração de uma grande multinacional, fora, em limusina, directamente para o casarão, estilo Casa – Branca, mesmo no que toca à profusão se seguranças, do seu amigo ypsilonez.
Encontram-se no faustoso hall de entrada; abraçaram-se! Tudo bem pr’ áqui; tudo bem pr’ áli, e o espanto plantado na cara do xisez… “ Amigo, isto é tudo teu?, o casarão?!este terreno todo?! Eh pá, beltrano, como é que conseguiste tudo isto? “… O outro riu, riu, riu… A resposta surgiu de seguida: “ Sicrano, estás a ver aquela auto-estrada? “, “ Qual auto-estrada?!!! “.




Reformulação por
Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Porta-carraças

Repostagem



O PORTA-CARRAÇAS

Porta-carraças é um vira-latas puro, do mais genuíno que há.
À semelhança da generalidade dos puros derruba-caixotes, porta-carraças é possuidor não só de uma vasta colónia de carrapatos, mas também de uma mui nobre e forte personalidade.
Tais atributos não passaram despercebidos às cadelinhas da rua que passara a administrar desde que, com um pragmatismo invejável, abandonara a rua onde sempre vivera, objecto, agora, de um olhar muito cuidado do senhor presidente da câmara, pois lá comprara apartamento um parente qualquer. Pese embora o facto de em termos de estatura física o animal nem dever nada – entenda-se: devotos agradecimentos - aos vários pais que o conceberam e à mãe que o pariu, uma paixão pandémica impregnou o ar rasteiro daquela rua. Baixa estatura física, imperial porte moral!...
Fêmeas à moda antiga, sim!, das de antes, ainda, do cinema, da televisão e das revistas – daquelas que vendem muito -, sete cadelinhas polidas, penteadas, perfumadas e…mimadas, que, muito embora não concebam uma vida sem fachada, nos machos, porém, valorizam sobremaneira o que não se vê ( tá bem, e também algo que se veja! ), tendo, por conseguinte, caído perdidamente de amores pelo solitário canino. Culpa das saídelas à noitinha, para um simples passear (do dono) ou para uma mijinha…ou cagadinha!
Pronto, como o horário das saídas era coincidente - até porque era aí que a vizinhança punha a escrita em dia -, aquilo era um espectáculo!: sete cadelas a um osso, donas e donos arrastados, correntes desprendidas, uivaria, gritaria e, no meio de todo este pandemónio, claro está, o instinto animal a funcionar…com a que chegasse primeiro, que eram todas um mimo.
A coisa durou alguns dias, os suficientes para pôr a cabeça em água aos zelosos donos; para, em conjunto, decretarem a elaboração de um abaixo-assinado dirigido ao digníssimo edil - que aquela rua era de gente e cadelas de bem -; suficientes ainda para depositar a sementinha em algumas das sete fofinhas. Bem, pelo sim pelo não, as meninas não iriam sair à rua enquanto o cão não fosse para o exílio!
Tá bem, tá!, parece que não conhecem o nosso país!... Nem com o Simplex! Tudo leva o seu tempo – digo, para não ter que lavrar outro texto, muito tempo -, rapaziada.
Quinze, quinze foram as noites que a mais estóica das famílias aguentou. Já nem com o mais poderoso – também não é bem assim!... – dos indutores de sono conseguiam dormir, tal não eram as noitadas de ganição e ladração da sua bichinha! Queria filhos, mas não de um qualquer pai; queria-os fortes de carácter; queria os genes do porta-carraças.
Já as outras matilhavam a rua havia alguns dias – agora, por certo, já todas fecundadas – quando a cãozinha se lhes junta. O desvelo, vencido pela falta de descanso, deu lugar à resignação dos donos. E os técnicos do canil camarário que nunca mais vinham!...
Mas vieram, a seu muito tempo chegaram ao território do porta-carraças – o qual desconheciam, o que os levou a uma imediata indagação.
Depois de identificado o prevaricador, foi só sacar dos apetrechos e…zás, já está! Fácil, muito fácil; nunca passara por situação semelhante, de modo que carecia de treino específico… Na antiga morada a ordem de expulsão fora a falta de pão – que em rua limpa não se trinca.
Não acaba aqui a história do nosso herói – ainda vivente. Ao cabo de alguns dias num canil municipal, fugiu – não é cão de gaiola, o porta-carraças. Não me perguntem como!, que não sei. Sei por onde anda, mas não vo-lo digo.
Ah, as cadelinhas!... essas, depois de alguns dias na sua verdadeira sala, descobriram que as necessidades fisiológicas são para satisfazer quando é preciso, de modo que, ao voltar a casa das donas…





Carlos Jesus Gil

domingo, 2 de maio de 2010

Música mais-que-erudita II

E como devemos sentir-nos todos nós, os espoliados, quando vemos aqueles que dois dias antes da falência do Lehman Brothers classificaram aquele banco de investimentos com nota máxima, atribuir agora - quando um Plano corrector foi eleborado e aprovado pelas mais altas instâncias da União - ao nosso país nota negativa, ajudando os especuladoes financeiros a meter ao bolso mais uns gordíssimos milhões? Claro que me refiro à agência de rating Standard & Poor's... Como devemos nós ficar?... Indignados, danados, pois então! Mais, devemos confiar nestas agências? Tenho grandes dúvidas! Estarão estas agências ao serviço da saúde financeira dos países e das empresas, ou, pelo contrário, serão elas delegadas dos profissionais da especulação global?... Quererão elas, como aventam muitos analistas, atacar o Euro? Sabemos que directamente a tarefa não é fácil, já atacando as dívidas soberanas dos países mais frágeis que adoptaram, obedecendo a critérios bem defenidos, aquela moeda, a coisa é bem mais fácil.
É necessário repensar a necessidade destas agências ou, no mínimo, a sua metodologia, a esfera de acção e os poderes atribuídos. Não podemos mais outorgar poder de cátedra a senhores que permitiram o eclodir de uma crise financeira, e da consequente debilitação económica, como há largas dezenas de anos o mundo não assistia.
Neste paradigma em que o cinismo é rei, não vamos "Lá"!




Carlos esus Gil

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Música mais-que-erudita

MÚSICA MAIS-QUE-ERUDITA




A orquestra é pequena. Se relativizarmos, se usarmos a razão de músico por habitante, é mesmo diminuta. A sua música, porém, faz-se ouvir por toda a ecúmena… e só pela ecúmena ecoa. As pessoas param, escutam e até olham, giram trezentos e sessenta graus fitando, conseguem discernir os executantes, apontam-nos mesmo com o indicador mas não arriscam uma aproximação. A música penetra-lhes cada poro, eiva cada célula… as pessoas sentem a música, oh como a sentem!... Só alguns dançam ao seu sabor… poucos, muito poucos entendem esta música mais-que-erudita.
A secular - assim classificada na completa amplitude polissémica do termo – orquestra vive períodos de menor intensidade de débito, e de volume quase discreto, decibéis de ilicitude tolerável. De momento, ai dos nossos tímpanos!, mostra toda a sua pujança.
Um Viva muito Grande à Música Ligeira!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Livros

Repostagem

No Dia Mundial do Livro:




LIVROS


Gosto de os ter; todos os bons livros quero adquirir. Sou um comprador compulsivo de livros. Hei-de ter biblioteca ou bibliotecas pejadas de livros do chão ao tecto; só dispensarei espaço para a luz, muita luz – terei, forçosamente, que recorrer a um Siza – e, obviamente, para um centro amplo com mesas q. b. e cadeiras em proporção. Isto porque os não quero só para mim…
Livros…, dão-me remorsos os que ainda não li embora os possua já!... Gosto de os tocar, de os ler, de os cheirar, de os reler.
Aprende-se tudo na relação de complementaridade existente entre os livros e a experiência. Num bom romance, por exemplo, podemos: aprender História, absorver Filosofia, compreender políticas e politiquices, entender de um modo simples um complicado fenómeno natural – que o cientista, porque o experiencia e vive, percebe na plenitude mas não explica cristalinamente, por natural incapacidade -, entender o mundo económico e social, cheirar e ver em estranha realidade os cenários (ao ler um romance encontro-me num cinema…, sou director de fotografia, sou o homem do som, sou o realizador e, se for do meu agrado, até sou o protagonista…), enfim, um bom romance inocula doses cavalares de estoicismo, sopra auras antidesalento.
Livros, gosto dos velhos e dos novos, de todos os que entretêm ou acrescentam… Gosto de os ler, reler – a alguns de re-reler -, de os dar a ler, de os discutir; gosto de os usar, porém nunca mas nunca de os estragar (não é sujo o sujo do uso; é de exaltar a perda de elegância física de um livro quando a mesma se deve à sublime função para que foi concebido - que estar direitinho na estante é desdenhá-lo -, agora estropiá-los…, estropiar livros?! Fico furibundo quando me deparo com tal!).
Livros: unidades fabris onde operam palavras; cidades de palavras; espaços de lazer para palavras – que os compartilham simbioticamente com os humanos -; parques desportivos para palavras; por vezes, maternidades para palavras.
Livros: palavras, imagens – que todas as palavras projectam imagens -, emoções…Vida!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Escabechada de natas

Escabechada de natas


Entrei um dia, pela tardinha, numa pastelaria, e pedi a uma das senhoras funcionárias um pastel de nata com molho escabeche. A senhora, com um ar naturalmente aparvalhado, disse-me que nunca tinha ouvido falar de tal, mas eu não desisti e reiterei o pedido. Vai daí, a senhora mandou-me pr'ó raio que me parta mas eu, desobediente, não fui... ainda hoje lá estou.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Perfeição na diversidade

repostagem


PERFEIÇÃO NA DIVERSIDADE… MAS PRIMEIRO COMEM OS LEÕES, OHHH!


Vi desertos
Ermos
Amplos

Vi prados
E florestas onde o verde impera
Vi-os, vi-as a perder de vista

Conheço uma paleta indizível

Vi areias
- Filhas beneficamente arrancadas a penhascos –
E as mães

Sim
Experienciei o apelativo sinuoso
E a doce monotonia indolente

Ouvi gritos
Nem todos de dor
E os de dor convém distingui-los

Não desconheço as convenções…
algumas delas
Vi gente “boa”
Da outra também
Ah, e gente “linda”
Pois, e da outra também

Vi o Sol
Vi a chuva
A calmaria
A tempestade
A maldade
A bonomia
A fartança
A saudade

Vi animais
Vi plantas
De outros reinos também
Estudei tudo a preceito
… É tanto, tanto, tanto e não demais!



Há isto
Há aquilo
E tudo… que profusão!
Tanto, tanto que é!
Hodiernamente.
No passado não assim
No porvir, mais e mais e mais
Que o muito do pouco vem.
Porém, agora como dantes
Nada igual
Tudo diverso.
Eis a riqueza
Do universo!

E eu pensei
É bom
É bom assim
É muito bom
Óptimo
Perfeito!



Perfeito?!!
Mas, se os leões são os primeiros a comer!




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A caca quentinha de pombo

A CACA QUENTINHA DO POMBO







Tarde de Inverno, daqueles à antigamente, rigoroso até mais não, em plena baixa coimbrã, enquanto namorava um par de botas que presunçosamente posava elegantemente repostado numa paradoxal, porque proibitiva mas apelativa, majestática montra, na orla de um denso e habitual bulício, um pombo caga-me na cabeça. Quentinho, humm!... Não sabia se havia de limpar o cabelo de imediato, se prolongar o aquecimento periférico por mais um bocadinho… humm! E mais, é que me lembrei que sempre me disseram que merda de galinha faz bem ao cabelo. Ora se a de galinha faz, a de pombo não lhe deve ficar atrás. Alias, deve ser princípio activo comum a qualquer ave. Lembraram-se de dizer galinha, porque está sempre mais à mão, e pronto. De modo que estava naquele dilema: deixo ficar?, limpo? Este quentinho, uma ampola de produto afamado contra a queda de cabelo… isto é um verdadeiro dois em um… e à borla!
Por aquela altura já me apercebera das risadas dos transeuntes, das dos artistas de rua, dos pedintes, dos logistas, dos empregados de escritórios de um prédio em frente, enfim, até as pombas do beiral estavam por certo a rejubilar com o sucedido. Ainda olhei para cima a ver se distinguia, por entre a zombaria pegada, uma caçoada mais genuína – ia ter canja pela certa! -, mas não, o bando, como que não sentindo já novidade no sucedido – se bem que eu acredite que isto não é coisa de todos os dias… se calhar é táctica das manhosas aves, toda aquela discrição -, apresentava uma serenidade de Dalai Lama. Assim, e para que o espectáculo grátis às damas, aos cavalheiros e a menores de todas as idades não continuasse, resolvo puxar, e puxo!, de uns lenços de papel e, rindo também - qual brilhante mestre na arte de representar! -, que nem um tolinho, começo a limpar a bosta do passarinho.
Não demorou muito a dar-me conta de que o ganho de dois se transformara rapidamente numa efectiva perda de três… ei! são outros três, nada de confusões, que ainda sou virgem. Pois em verdade vos digo que não só arrefeci o couro cabeludo, como o meu cabelo ficou privado do precioso adubo, como ainda fui presenteado com mais vigorosa e, diga-se, genuína zombaria.
Bem, moral da história: tudo tem uma razão de ser. Como tudo, teve um fim aquele bizarro incidente, sentido e sofrido como qualquer outro daqueles carago, isto só me acontece a mim!, o qual acabou por ser o meu amparo, bastantes meses mais tarde, numa tarde de aflitivo desespero. Já a entrar em parafuso, eis que me lembro do caricato caso… ri, ri de gosto, ri até me chamarem tolinho; ri durante mais de meia hora, e esse riso genuíno foi o princípio activo, medicamento de marca que me fez ver, para além da vereda sinuosa em que me encontrava, uma magnífica e convidativa alameda das possibilidades.... Entrei!




Carlos Jesus Gil

sábado, 3 de abril de 2010

Distribuição

Feliz Páscoa!




DISTRIBUIÇÃO


De barriga cheia?... Fácil, muito fácil!... A fealdade sempre fora apanágio deste sistema porque muitos, ai tannnnntos!, nunca a conseguiram encher. Vá, salvemos as raras excepções!... A característica, porém, continua.
Então?!... Matemática. Recorramos à Matemática! Sejamos tenazes, pois tarefa fácil não se mostra… aprender a apreender a difícil operação da divisão… Logo após, não esqueçamos que a prática faz a perfeição!
Depois pensemos no que diz o outro: “ Tudo debaixo do Céu”!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 30 de março de 2010

Miséria de televisão/programação!... Acelerador de partículas, vale mais a pena!

Miséria! Só me ocorre esta classificação para o observado. Então não era só a entrevista, na RTP1, com Pinto da Costa, que estava prevista?... Tinha que vir a concorrência com o senhor do " Sinais de Fogo " inventar uma pertinente conversa com Luis Filipe Vieira?
Arre!
Pessoal, dispendam o vosso tempito livre indo à net saber sobre as últimas do trabalho no acelerador e partículas... A Física no seu melhor.



Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ui, tanta coisa!

UI, TANTA COISA!


Passou-se numa Segunda-feira. Não sei de que semana, qual o mês, nem tão-pouco do ano faço a mínima ideia. Porém, que Segunda-feira era, disso não tenho dúvida alguma!... Já agora, que se interrogam, por certo, “ Mas como é que o gajo sabe que foi numa Segunda-feira? “, eu digo-me, “ Pois é, pá eu, como é que eu tenho assim tanta certeza do dia da semana!? “… Só que esta tempestade cerebral comigo próprio cedo conhece o fim, visto eu logo me dizer, “ E eu tenho lá que saber como é que tenho assim tanta certeza!?... Lérias, xô, xô daqui… já! Boa, esta agora!, agora que repenso requestiono-me envergonhado, “ Então podia lá ser noutro dia!?... A uma Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado… ou mesmo Domingo!? Não! Claro, cristal, mais que óbvio que não!... Até me dá vontade de rir, carago, mas c’a raio de néscia hesitação!, vou-me repetir: até me dá vontade de rir. Todavia, como de assunto mui delicado se trata, já todos vimos, não?, não me vou dar esse prazer… Não vou! Até porque, cá só para nós, não sou assim tão hedonista! Aconteceu numa Segunda-feira, e pronto! “… E isto é que é o importante, heim?, é ou não?... Ah..., vocês consideram ainda mais importante a questão do que verdadeiramente se passou!... E eu sei lá!? Por que carga d’água é que eu haveria de saber o que realmente se passou? Eh pá, só naquela aldeiazitazinha muita bonitérrima, ali no Parque Nacional da Peneda-Gerês, naquela, estão a ver?, passou-se tão grande magote de coisas, que nem até ao fim do ano…!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 19 de março de 2010

O jardim e o jardineiro

Repostagem



O JARDIM E O JARDINEIRO


Como carece, o jardim, de jardineiros!..., de bons jardineiros, daqueles que sofrem com a perda de uma planta, que uma só planta é prejuízo de grande monta. Sim, daqueles que levam o tormento para casa e que não descansam enquanto não ocuparem o lugar vagado com outra planta… igual, e que sabem que, mesmo sendo igual, nunca esta será igual - que todos os iguais são diferentes -; e que amam aquela igual diferente quanto amavam a outra igual igual. Jardineiros destes, precisa-se! Nunca são demais, que muitas são as plantas, profusão de flores.
O bom jardineiro domina a cirurgia do corte, expulsa do território o usurpador daninho, somente o usurpador daninho... O bom jardineiro não usa pesticidas, evita as pestes. O bom jardineiro converte o brejo em terra fértil.
O jardim continua uma lástima. Há-os em melhor estado, nenhum, porém, dá mostras de desvelado trato.
O tempo não está criador, todavia, com jardineiros mais atentos e dedicados…

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ah, não foi nenhum bispo!

Ontem, na rádio:

Se é que ouvi bem, se entendi melhor e não deturpei absolutamente nada, é de ficar indignado. Se não é como vou descrever, as minhas desculpas!
Então: parece que no Brasil um padre e dois monsenhores abusaram sexualmente de menores. Ora, perante tal constatação e perguntado sobre as consequências, o Papa terá respondido qualquer coisa semelhante a isto: ah, não foi nenhum bispo!
E pronto, perante isto...




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 15 de março de 2010

Caminhos possíveis

CAMINHOS POSSÍVEIS




E pensar que tudo Isto pode muito bem ter surgido de um enigmático Buraco Negro; mais, de um Buraco Negro do tamanho de um átomo! Incrível, não? Se os Buracos Negros não possuem apenas a enorme capacidade de sugar sofregamente massa, tornando-se assim cada vez mais densos, mas também a faculdade de a expelir, de a expelir violentamente num terrífico e devastador/criador big-bang, como pensam grandes cabeças, então há enormes possibilidades de todo Este enorme colorido, cada vez mais enorme, pois em expansão, ter surgido – mas quanta ironia pode comportar a matemática!!! – de uma minúscula mas significante partícula sem graça.
É a pensar nisto, na Teoria de Tudo, na mais recente Teoria das Cordas, em matérias diversas mas quejandas, sim, magicando - em cocktail de colapso nervoso com pinguinhos de euforia justificada - no donde viemos, que veredas, caminhos, estradas e auto-estradas teremos percorrido, que me embrenho de cabeça nos bairros mais sombrios da cidade que me habita, da perigosa cidade que me habita.
Parece que a conheço tão bem, e conheço, pois tantas vezes percorro aquelas vielas, aquelas ruas, aquelas praças… todos os dias o faço, todos os dias, não há um que por lá não passe, e de repente tudo me é tão estranho!.. Mas que cidade é esta onde moro?, que me habita? Então? Sou um perfeito desconhecido na minha cidade, sou-me um perfeito desconhecido?... Era tão pequena e pitoresca, a minha cidade! Toda a gente se conhecia, ninguém era enigma para ninguém. Todos estávamos a par de tudo e de todos, antigamente na minha cidade. O pior de tudo é que não foi assim tão antigamente, até que, vistas bem as coisas, não foi há mais que cinco segundos… Quais cinco segundos?!, foi há um segundo, apenas há um segundo. Incrível, não? É, foi só quando deixámos de dar primazia às veredas, e passámos a importanciar as estradas e as auto-estradas que a mudança p’ró desconhecido se deu… E isso foi há um segundo, apenas há um segundo!... Dá-me medo agora, a minha cidade; dou-me medo, bastante e incessante medo!... Procuro um bar ou um café aberto, preciso de um copo, de companhia, de alguém que conheça bem a minha cidade. Encontram-se, parece impossível!, todos fechados. Às onze da noite não há um bar aberto, não se encontra luz em qualquer um dos poucos cafés que ainda existem. Que estranho! Que estranha, a minha cidade!... Procuro um quiosque, um daqueles de estação ferroviária, que estão toda a noite abertos, mas também os proprietários destes foram dormir mais cedo. Ou será que agora é assim, que tudo fecha mais cedo?... Onde vou eu arranjar um mapa, uma mapa da minha cidade? Onde vou eu encontrar a carta da cidade que me habita? Sem esta, como posso eu, com tudo assim tão mudado, regressar a mim?
“ Aquele que conhece o outro é sábio, quem se conhece a si próprio é iluminado”! Alguém assim falou… e como eu penso que bem!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 11 de março de 2010

Livro da vida

Viva! Ora, como o Fado está na moda, e bem!, resolvi escrever um. Cada qual veste-o da maneira que quiser e puder. Se não puderem dar-lhe uma roupagem, então digam-no, resultará quase igual.
Espero que apreciem... e critiquem!




LIVRO DA VIDA




Se Judas pecou,
Pequei…
Peco eu todos os dias.

Se judas pecou,
Pequei…
Pecamos todos os dias.

Há Desígnio, bem o sei
Mas, livre-arbítrio direi!,
Se não, só melancolias.

Há Desígnio, bem o sei
Mas, livre-arbítrio também!,
Ontem, hoje, todos os dias.

Podemos mudar o Livro,
Livro escrito, não atado!

O lápis tendo sentido,
Não faz de mim um rendido,
Não põe borracha de lado.

O lápis tendo sentido,
Não faz de mim um rendido,
Não impinge o projectado.

Água mole em pedra dura:
O ditado ainda perdura,
Ainda perdura o ditado!
Vontade, borracha, lápis,
Vontade, borracha, lápis
Podemos mudar o Fado!

Água mole em pedra dura:
O ditado ainda perdura,
Ainda perdura o ditado!
Vontade, borracha, lápis,
Vontade, borracha, lápis
Podemos mudar o Fado!


Carlos Jesus Gil

terça-feira, 9 de março de 2010

Quando eu nasci já tu gatinhavas

QUANDO EU NASCI JÁ TU GATINHAVAS!




Um primo do meu pai, que não era primo do meu tio, isto apesar de os meus avós paternos apenas terem tido filhos deles mesmo em exclusiva união, disse certo dia a este, ao meu tio: “tu tem respeito por mim, anda, tem respeito por mim!, quando eu nasci já tu gatinhavas… vê lá se tens respeito por mim! Aqui na terra respeita-se sempre quem é mais velho.”
A cena era recorrente, todos os dias uma versão da mesma acontecia, pois o meu tio, que trabalhava com o primo do meu pai, sem querer faltar ao respeito a este mas faltando - pois em boa verdade se diga que o dito primo do meu pai ainda hoje, infelizmente, julgo, gatinha em termos de raciocínio -, apenas desejava um pouco de brincadeira, uma forma de mitigar o árduo trabalho de levantar paredes e plantar telhados… Aquilo sempre ajudava.
Se a coisa se passasse nos dias de hoje, por já haver um nome para o fenómeno, era esse que lhe dava… É… era nas obras, podia ser numa escola. O fenómeno é o mesmo, pois uma parte tira partido, outra sai partida!... E foi “só” por isto, por uma questão de infeliz oportunidade, que resolvi dar esta ordem e esta medida às letras do também nosso alfabeto!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 4 de março de 2010

O take falhado

Pessoal, não descurando este post, podem continuar a trabalhar no post anterior.








O TAKE FALHADO




Eh pá, és mesmo tu?! Não acredito!... Há quanto tempo, pá!!...lembras-te de quando fomos…? Dá cá um abraço daqueles à maneira!...Ui, que é isto? Como é que o gajo fez isto?!... Desculpa, não fiques estupefacta e, já agora, perdoa-me! Então não é que me parecias o Cesário?!, quem é o Cesário?, o Cesário!..., pois, está certo, tu não chegaste a conhecê-lo, um amigo meu de Vila do Conde, que viveu aqui uns anos. Depois o pai foi trabalhar para outro lado, penso que para Alfarelos, e nunca mais nos vimos, nunca mais, até agora… quer dizer… Mas… carago!, mas o que é que se está a passar? Eh pá, então não julgava que estava a falar com a Paulita Constantino?!, e afinal és tu! Não leves a mal, é impossível quem quer que seja confundir-vos. Tu aparentares-te àquele prodígio?! Por mais dengoso que fosses… Ca ganda confusão!! Não dizes nada?... Belisca-me! Belisca-me, Maria, belisca-me com força!... Não fiques aparvalhada, belisca-me, por favor! Maria, tu aí toda tu, e eu a julgar que conversava com o Jorge… o Jorge, o teu primo Jorge. Ná, há qualquer coisa que não tá a correr bem! Será que estou a sonhar?... Belisca-me, Maria, por favor belisca-me e com força!... Ai ai ai ai ai!! Não estou a bater bem da tola. Rui, ó Rui, pá, para mim eras a Maria, a Maria Faria, se ela quisesse ou eu lhe pagasse… Rui, ganda bacano, não vais levar a mal, pois não?... Não pode ser!... Mafalda, coisa mai linda do papá e aqui do je também, por onde tens andado, princesa?... Fonha-se! Que vergonha!... Dona Arménia, confundi a senhora com a sua neta, A Mafaldinha. Perdoe-me, suplico-lhe! É que vocês têm tantas parecenças… e eu tenho tantas saudades daquela pita! - nem havia de valer!!... -,tão grandes como daqui a Santarém. Não, mais longe ainda: como daqui até Lisboa!
…… - Corta!
- Então, mas…
- Corta, já disse!... E trata de mandar buscar uma ou duas grades de bjecas bem fresquinhas! Ouve lá!, tu pensas que os Monty Python e quejandos… que aquilo sai assim pujante de mente limpinha? Pensas que era nesse estado que essa malta nos levava ao delírio?... Ele, por acaso, alguma vez se fizeram omeletas sem ovos?... Trazes-me para aqui um totó que só bebe água com sabores, e queres que mije em repuxo!
- Então?!...se ele não gosta de cerveja…
- Bebo-as eu! Ao fim de uma grade pode ser que já ache piada ao que o gajo diz.
- Ah, boa!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 2 de março de 2010

Desafio

DESAFIO




Sem quinze quilos nunca conseguirás! O mais que poderás alcançar, é um qualquer lugar que a Geografia não reconhece… Ok., devo lembrar-te que, ainda que nada percebas das pretas e das brancas – embora sejas exímio nas cinzentas! -, não quer tal significar que podes prescindir das mesmas… Impossível! Impossível, também, sem o contrário do sem, associado a alguém que vende mas não fica sem o produto, mais uma manifesta impossibilidade de ausência de dor.
De que falo?




Carlos Jesus Gil

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Há um tempo para tudo... e ele repete-se ciclicamente

Vivam!

Coisas alegres, nada de coisas sérias, é o que reivindica a maioria dos comentadores... e com razão! Todavia, como pode passar ao lado deste blog, que só publica o que vem à real gana do autor, o terramoto no Chile (8.8 na escala de Richter!), o mau tempo, causador de danos e mais danos e mortes demasiadas (que "só" uma já o seria) em Portugal e por essa Europa fora, se é isso que lhe vem à gana, real ou não?!
Comentemos a tristeza, mas com palavras eivadas de esperança!



Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Modus

MODUS




Ainda aqui me encontro com os neurónios num frenesi em mim desusado. Apetece-me escrever sobre um qualquer "modus". Estive decidido, diga-se que por pouquíssimo tempo, a discorrer sobre o "modus ponens" ou "regra da afirmação do antecedente"… Bem, para saberem algo, se é que ainda não sabem, de verdadeiramente válido acerca de, deverão consultar um muito bom, não se fiquem por menos!, Dicionário de Filosofia.
Pois, como supra dera a entender, depressa me virei para outro "modus"… calhou, daquela feita, a sorte ao famigerado "modus tollens"… sim, isso!, aquele que é entendido como a "regra da negação do consequente". Confesso que estive por me ficar por este, pois de consequências e de negação pretendia eu efectivamente falar.
Horas depois, já madrugada dentro, ocorrera-me utilizar aquele que, de todos os "modus", é, sem sombra de dúvida, o mais ordinário – passe o pejorativismo que alguém, eventualmente, queira atribuir ao termo! É mister conhecermos a polissemia do nosso rico vocabulário! – de todos: o "modus operandi". Poucos segundos em deliberação bastaram para me decidir pelo dito.
Avonde, por todo o orbe, vemos patente, mesmo os invisuais!, a suprema necessidade de um novo, adequado e idóneo "modus operandi" a aplicar a todas as esferas em que o homem actua. Operacionalizar com excelência, precisa-se!
Então e agora?!... Agora pensemos, aprendamos e ajamos em função de, de acordo com o concluído!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Orgãos de soberania

ORGÃOS DE SOBERANIA


Soberano é o Povo! É quem tudo paga, em termos públicos: a luz das ruas, os hospitais públicos, a Educação pública, as estradas…; é quem, em Democracia, vota e elege. Se quem paga é quem deve mandar, e não podendo mandar todos, deverão mandar aqueles que o Povo escolheu, os verdadeiros delegados do Povo.
Ora, e é isto que me traz aqui hoje, são os juízes e os magistrados do Ministério Público eleitos por quem paga?... Não me parece! Para bom entendedor…




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Madeira

MADEIRA




Ontem, dia vinte e três de Fevereiro de dois mil e dez, um menino procurava nos escombros daquela que terá sido uma bela habitação, sede de um belo lar… o seu, um mealheiro com cento e vinte e nove euros. Objectivo: ajudar o pai na construção de uma nova casa… Um… Belo… Lar…! Por que reitero eu aquilo que mais não é que uma convicção, pois bela casa não implica belo lar!... Correcto, mas a acção/devoção daquele menino dão-me a prova que faltava!
Pelo que sei, ainda se encontra algures em parte incerta… o mealheiro. A determinação, dessa conhece-se o paradeiro.
É profundo, é!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Botas de motard

Ok. Vamos então brincar!




BOTAS DE MOTARD




Dois amigos…


- Eh pá, emprestas-me as tuas botas de motard?
- P’ra quê, se não tens moto?!
- Mas tenho pés!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Agenda

À Flor

PS Dedico-te este post, Florbela, apenas para reafirmar k até estava a elogiar-te por teres comentado, ainda k curto, o texto anterior; tb para reafirmar k por vezes nem eu sei aquilo k escrevo… mas atenção!, por vezes. Não foi o caso do post em causa, em que apareceram uns comentários absolutamente geniais, um dos quais o teu – refiro que um, deixo à vossa imaginação, foi mesmo ao encontro do que pretendia. Confesso k se fosse ao contrário, eu não conseguiria! - não é tb o caso deste. A ambiguidade jazzística com que harmonicamente envolvo alguns textos, permite esta riqueza de reflexões k aqui presenciamos… Riqueza mesmo!


AGENDA


Aparentemente não havia razão plausível!... Gama Fernandes fora também naquela tarde de terça-feira ao sítio das quartas.
Espanto!!! Afinal o formalismo de agenda nada de nada impunha… Veio de lá como se de quarta se tratasse!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Retrato

RETRATO




Seu caminhar, se quisermos ser honestos, amigos e formos determinados em não tergiversar, nada deve à elegância: desconcertado, corcovado, pernas arqueadas, pés a apontarem descaradamente para fora… uma figura triste!
Se quisermos ser amigos… bem, se quisermos ser amigos devemos acordá-lo do torpor, da modorra que, ao invés do que lhe parece, o vem inexoravelmente consumindo há anos. Certo é que tratamos de vetusto futuro pó, futuro inerte… futuro inerte?!... não, nisso não se inscreverá o seu futuro!,digamos que futuro gás, isso também sim, futuro componente de uma imensidão de futuros vetustos pós!
O seu rosto é um amontoado de rugas, profundos sulcos, afluentes e subafluentes de um rio maior, o qual, como todos os rios, nasce, a toda a hora, em milhentos sítios, nos braços, no peito, na barriga, nas mãos, nas pernas… o que, considerando como considero localizado na face a sua cabeceira mais a montante, constitui um tristíssimo paradoxo. Pois, correndo aquele rio, como correm todos os outros, para os pés, seria aqui que os sulcos teriam que ser tão sulcos que sulcos não parecessem ser. Um espraiamento, uma desfiguração total, digo total, do que na pujança do seu ser a coisa fora. Mas não! É aqui, precisamente aqui, que melhor preservado se encontra o todo que de há muito é… Devo referir, imperioso!, que não raro sofre de espécies várias de achaques; ataques mesmo, por vezes. Mas, como desde a sua meninice tal acontece…
Bem, é assim que o vejo. Provavelmente uma qualquer objectiva o objectaria de uma outra forma… quiçá absolutamente oposta. É assim que o vejo… Importo-me com ele só porque sei que se lhe toldaram os miolos… nem o espelho tem a faculdade de o despertar. Sei que todos vós se importam, como eu, na mesma intensidade, com o estado do vetusto ser. Sei, tenho a certeza. Só por isso pintei este retrato que lhe vou oferecer…logo eu que parco sou de recursos do género, que se os tenho à fartazana, por eles não dou, quão esconsos hão-de estar!... Fi-lo porque tenho na minha que lhe têm mostrado fotos, só fotos, muitas fotos de todos os ângulos, fazendo-lhe crer que está para longe, ainda muito longe a necessidade de cuidadas intervenções cosméticas. Um engano, uma mentira, mas uma mentira que poderá converter-se em verdade se o dito tiver acesso a retratos de qualidade… talvez se alguém de Vós, daqueles com jeito para o lápis, lhe dedicar um tempinho… É que, tenho para mim, só a verdade que comporta um retrato o poderá despertar da letargia e, uma vez tal, o senhor, o senhor de que vos falo, e que a todos importa…mas tanto!… poderá refigurar-se, retomar a pujança, cumprir conscientemente o seu Desígnio. A Vigília confere-lhe esse Poder!


Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Já tirei os elásticos

Pois, já tirei os elásticos... e vocês?



Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Crise de confiança

CRISE DE CONFIANÇA




Pois, todos falam dela, porém…


O Mundo avança, as sociedades avançam, mesmo à míngua daquela; usando “só” de perseverança, o mundo avança. Contudo, outro avanço, aquele por que todos esperamos, aquele que “melhores dias trará”, só com a aniquilação total da crise… de confiança.
Se não confiamos, não arriscamos! Sem o risco, não há petisco!... Mas, confiar nos mesmos?!... Bem sei que não é fácil, mas é neles que vamos ter que voltar a confiar…enquanto não for substituído o arquétipo, é neles em que, forçosamente, teremos que confiar. Mudam os rostos, mas eles continuam e continuam e continuam. Não necessitam de operações plásticas nem tão pouco de máscaras de Carnaval ou não. Basta-lhes escolherem outros rostos deles próprios, e pronto!... Eu não me importo, desde que se trabalhe, trabalhemos, num novo e mais, em termos de equidade, avançado paradigma; desde que, igualmente, até lá, forcemos - que o podemos fazer, porque o verdadeiro soberano é o Povo, saiba Este usar as Ferramentas! - os novos rostos deles próprios a regular à séria, a regrar da forma que eles sabem ser a idónea, a única capaz de elevar a algazarra o burburinho de corredor… Enquanto os decibéis não ferirem as imaculadas paredes de lustrosos espaços protocolares, nada feito!
Mas a coisa vai, confiemos… confiemo-nos!




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Afinal quem é que julga?

AFINAL QUEM É QUE JULGA?



Acontece todos os dias na imprensa, diária ou não… Devia?..., quer dizer…
O presente caso surgiu, num destes dias, num jornal diário:




Parangona:

“ EX-DEPUTADO JULGADO POR FACTURAS FALSAS”
Mas, afinal quem é que julga?!... as facturas falsas – ainda por cima falsas, contrafeitas, provavelmente sem curso! -; os juízes?
Talvez melhor: EX-DEPUTADO JULGADO POR TER PASSADO FACTURAS FALSAS
Pessoal, as facturas falsas, ou mesmo as outras, pensam, falam, cursaram Direito, estudaram no CEJ?!... Claro, não façam caso, pergunta retórica!




Carlos Jesus Gil

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Comandos

Neurónios brincam:




COMANDOS




O meu primo, para mim, chegados de carro ao prédio onde moramos:
- Devias escrever um post sobre comandos.
- Então porquê?
- Eh pá, é só comodismo. Ninguém quer dar um passo.
- Dizias o mesmo se o prédio fosse numa rua muito movimentada?
- Dizia, dizia sim senhor!
- Naa! Não vou nessa! Olha, acho que vou antes escrever um post sobre a Força Aérea.




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

2012 - Mudança de Paradigma

Com o post que se segue, termina este, repito, este, ciclo "Causalidade":




2012 – mudança de paradigma




Os comportamentos governamentais
O comportamento da Sociedade
A supremacia do materialismo face ao espiritualismo
Sinais em mudanças nos tópicos supra
Catástrofes naturais
Alterações climáticas
Manifestas vontades dos poderosos em mitigar o problema, mas nunca um verdadeiro compromisso. Parece que forças superiores impedem o progresso das políticas da verdade!

Tudo isto vai levar a um limite… Será 2012?
Pode ser. A ser, acredito que o que os Maias previram foi uma inevitável mudança de paradigma. Só com novas filosofias de fruir do planeta haverá futuro perene!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Efeito de dominó

E, na sequência dos três últimos posts, impõe-se-me a seguinte repostagem:







EFEITO DE DOMINÓ




Por exemplo: há uns anos atrás, já lá vão uns quantos!, um homem e uma mulher, em momentos de amor e erotismo, conceberam um outro homem… Foi mais uma peça que caiu. Antes, porém, outras peças caíram para que a união dos pais de W. Bush se concretizasse.
Sim, as peças que hoje caiem estão a ser empurradas por outras, que já o foram por muitas outras por aí ancestralmente fora.
Obviamente, também podemos evocar o caso daquele cantor famoso que só o é porque na hora XPTO o grande produtor resolveu, porque algo concorreu para tal, ir tomar um copo ao bar de Beltrano… Tantas peças que caíram para que o iluminado produtor pudesse encontrar o talentoso cantor!
É, de facto, uma questão de toques em cadeia… é claro que é possível desenhar e redesenhar o percurso, mas…há um limite para a inflexão. A peça de trás só tomba a da frente se lhe tocar até determinada secção.
A primeira foi empurrada – por quem? Deus, por certo!... Se algum dia uma não cair…, é o nada!
Não temo; haverão sempre peças… a cair!




Carlos Jesus Gil

sábado, 30 de janeiro de 2010

Se houver destino, não há pecado?; se tudo estiver escrito, não há pecado?

SE HOUVER DESTINO, NÃO HÁ PECADO?; SE TUDO ESTIVER ESCRITO, NÃO HÁ PECADO?




Difícil, não? Ele há coisas que nos fazem pensar que sim, que tudo está escrito; que nos limitamos a representar a Obra! Quando inflectimos, será que não o fazemos porque tal nos é imposto?, porque essa é a rota indelevelmente traçada no nosso livro de bordo, o papel que nos impõe o guião da nossa vida?
Pode ser assim, aliás, creio mesmo que é algo assim, mas não em absoluto! Pois acredito numa dose, difícil ou impossível de quantificar, de livre arbítrio – uma borracha e um lápis. Podemos apagar algumas das palavras do Livro, mesmo algumas páginas. O que está para trás permanece igual, para a frente, o Livro vai ser outro que não o pré definido, pois as consequências das nossas escolhas - das nossas apagadelas, dos nossos escritos -, ainda que limitadas, vão, enquanto causas, modificar sem retorno o desenrolar da acção programada.
De referir que a faculdade de apagar ou reescrever depende em absoluto das reais possibilidades mentais, cognitivas, fisiológicas, materiais de cada ente. Logo, Não será pecador aquele que não tenha real consciência do livre arbítrio, ou aquele que, tendo-a, não possui os meios para levar a cabo a tarefa. Todos os outros, desde que infrinjam a ética, a moral, os preceitos temporais e intemporais, pecam.
Terá Judas pecado? Difícil, não? Ele tinha a Possibilidade, pois diz-nos a História que era homem capaz, mas não seria aquele acto pré-escrito impossível de apagar?... Certo, tenho para mim, é que mesmo pecando, fora perdoado.
Trata-se apenas de uma achega!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O efeito também é causa

O EFEITO TAMBÉM É CAUSA




Toda a causa tem efeito… melhor: efeitos, pois os mesmos são eles próprios causas, numa infinita sucessão de umas e outros…
Imaginemos a infinidade de efeitos que tem vindo a ter, que sempre terá a causa mais a montante!... Impressionante, não?!
Por outro lado, libertemos a imaginação para a quantidade de causas que levaram a efeito/efeitos mais a jusante, aquele/aqueles que está/estão agora a acontecer… sim, no preciso momento em que está a ler… no futuro, que é já ali; que é acolá; que acontecerá longe… E estes continuarão a ser causas e a ter efeitos que também causarão…
É assim, tenho para mim!




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Causalidade

CAUSALIDADE




Quando eu era puto, era usual, como brincadeira de rua, a recorrência à “ Guerra dos Figos “. Consistia aquela, no arremesso, com quanta força e pontaria tivéssemos, de imberbes figos, duros como a pedra – pois, há aqui um bocadão de exagero, mas, se a intenção é boa, a de realçar a verdadeira eficácia de projéctil que ostenta o figo intragável, quem é que leva a mal? -, um de cada vez – ainda não existiam metrelhadoras para figos, na época -, à tola ou à cara, de preferência olhos, do adversário.
Ora, em um desses famigerados e mui participados pleitos, fora eu atingido, penso que pelo meu primo Luís – como podem depreender, já aqui quando era p’ra malhar malhava-se. Ele havia lá lugar a indulgência de sangue?!... Qual quê?!! -, num dos olhos… não lembro qual.
Danado e envergonhado, claro!, por ser sportinguista e ter que andar uns dias com um olho à Belenenses, pegara eu numa pequena fisga (para nós, funda) com forcada de metal, pequeno elástico de escritório e munições de cobre – pequenos ús talhados em fio de cobre, sobras, ou não, de instalações de casas em construção.
Era, modéstia à parte, um verdadeiro especialista naquela arma… Se o exército onde viria a ingressar anos mais tarde dela fizesse uso, penso que seria hoje um respeitável major ou mesmo tenente-coronel… Enfim!... Chegaram a propor-me carreira de mercenário, mas coisas ilegais não são comigo, de modo que… Bem, com o fim de expurgar a minha frustração, apontara a dita cuja ao olho direito do Manel Afonso, outro dos milicianos lá da rua, o qual, diga-se!, nada tinha a ver com o meu sofrimento, muito pelo contrário, pois até era cabo bastante activo do meu pelotão, o equivalente, hoje, a um estafeta encarregado de percorrer toda a frente de batalha e reabastecer os incansáveis atiradores de munições. Acontece que naquela hora, ainda a quente, com a batalha já terminada e perdida, deu-me, dizia, ora vejam lá!, para apontar o temível ú ao olho direito do manel. Pegando nele, no ú, não no manel, estiquei o elástico, apontei e larguei. Tudo num ápice… Uma fracção de segundo depois, estava o manel aos gritos, aos rebolões, a clamar pela mãe, a dirigir-me impropérios, a apontar para a minha mão esquerda, que segurava a forcada, a mostrar-me os estragos. O caos! O olho, para além de sangrar, desorbitava desavergonhadamente… Nem queiram saber como eu me senti! Ainda pensei pegar numa corda, atá-la ao pescoço e dirigir-me à fábrica de projécteis mais próxima, mas como a ti Anunciação, mãe do ferido, já galgava a rua em dupla acção, a de socorro do filho e a de pôr de rastos a minha mãe, isto sempre com o fito de uma terceira, a de me pôr a unha em cima… Arre!... Malta, foram cá uns ralhos. A mãe do manel com a minha; a minha comigo. Até chegar o táxi que levou o meu amigo, que eu já não sabia se o era, para as urgências, foi um tal espingardar de língua… E eu a remorçar, palavra de honra!
Continuando: trazendo os pais do manel obras em casa, o pó era uma constante inelutável, por mais que os operários varressem ou aspirassem; os móveis, uns por cima dos outros, enfim, tudo de pantanas. Tratado o manel e chegados a casa, alcançam os olhos da ti Anunciação o que nas duas semanas que as obras levavam ainda não tinham alcançado. “ Isto é uma feira; está tudo de pernas p’ró ar; vocês são uns porcos… Pois, quem lhas pagou foram os pedreiros, ou melhor, o chefe destes, por sinal profissional de extrema competência. Este, filho de boa gente, logo se sente. Mais um dueto ralhístico. Omito aqui todo aquele arrazoado, a que à distância assisti, por facilmente imaginável ser e trabalho me poupar. O certo é que, chegado a casa, é a mulher que as sofre… Não, não lhe bate, não é desses o sr. Joaquim pedreiro, mas diz-lhe tantas e tão poucas acerca dos deliciosos – diz-se que a senhora confeccionava aquela manja como poucos… -carapauzitos, charamanecos aqui p’rá gente, jaquinzinhos para uma demografia mais vasta, fritos com arroz de tomate, que a dona Arminda pega na travessa e no tacho e espeta com tudo no balde dos porcos. Cena triste!
No dia seguinte, manhã cedo, era dia da diligente senhora servir em casa do dr. Sarmento, onde duas vezes por semana lavava e passava roupa a ferro. Havia anos que cumpria esta rotina.
Nesse mesmo dia, depois do almoço, mesmo antes de se dirigir ao posto médico onde exercia clínica geral, o dr. Sarmento nota que três dos seus estimados pólos Lacoste apresentavam apreciáveis queimadelas. Valentemente estorricados mesmo na área do crocodilo. Porra, logo aí!... Depressa inferiu que só o ferro poderia ser réu, melhor, a detentora da mão que manobrara o ferro… Não conseguira, o formalista dr., dominar a fúria insurgente, porém nada diria à empregada, pois em tantos anos de causa, nunca nada de semelhante acontecera. Era sempre um asseio. Mas as coisas são mesmo assim, não lhe permitindo a sua consciência descarregar na zelosa funcionária doméstica, ainda mais furioso ficou o aprumado doutor.
Acontece que, nessa mesma tarde, encontrando-me eu com valente diarreia, o que já vinha de há dois três dias, embora mais mitigadamente, daí a minha mãe não ter ido além de uns ralhos comigo, não me ter chegado a roupa ao pêlo “ontem”, aí vou eu com ela – ela comigo, que assim é que foi - ao médico… Quem me atende, quem? O dr. Sarmento, com certeza! Quer dizer, também era o único por lá, né?... De raciocínio absolutamente tolhido, o bom médico, que o era!, não obstante logo se ter apercebido da maleita que me afectava, prescreve-me medicação para a prisão de ventre.
E foi assim que eu acabei por passar, à guisa de pena de prisão por posse e uso de arma proibida, uma semana no hospital, a soro, iogurtes, e “papas não-sei-de-quê”. Todo aquele tempo, só pensei em figos… maduros.




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O vício

O VÍCIO




Porque me pareceu estar com febre – quente, que ela estava! -, dei um comprimido de paracetamol a uma árvore do meu pequeno quintal. Dissolvi-o muito bem em água, e meti tudo na raiz. Foram cinco litros de água para um grama daquele princípio activo.
Deu-se o caso por alturas do ocaso. No outro dia, manhã cedo, rompido de há pouco o astro-rei, acerquei-me do vivente doente e, perscrutando-o, notei algumas melhoras, não grandes, ainda assim, perceptíveis. Continuei, portanto, a terapêutica administrando-lhe dose igual.
Pelas duas da tarde, as suas folhas apresentavam já alguma viçososidade, não obstante a intratável caloraça do pleno Julho… Eram dez e meia da noite, mesmo antes de me preparar para a noitada, nova administração – não, a outra não fora demitida, nada de confusões!
Andei nestes desvelos cerca de uma semana… A Árvore, via-se, e confirmar-se-ia por análise idónea, vendia já saúde. Porém, se de oito em oito horas lhe não levasse a toma, era um tal zurzir na parede ali ao lado… Tive que pintar toda a parede e, como de brilho e ofuscação se passou a conviver entre as quatro, que remédio tive senão pintar toda a casa por fora!
Não fosse tê-la arrancado pela raiz, não chegariam hoje dez caixas de Panadol por dia. As tomas já eram de seis em seis horas, e os gramas já eram três de cada vez. Progressão geométrica! Teria que arranjar trabalho extra, está de ver.
Mas não, tomei a decisão correcta. Hoje, é um descanso!
Ah, a lenha?... Dei-a toda a uma vizinha que merece.




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Discoteca sem música

Quem desejar continuar a dissertar sobre o Haiti, faça favor!




DISCOTECA SEM MÚSICA




Pista cheia; cada um dança o que quer, em conjunto – sim, também há slows -, em separado… É um colorido de movimentos, e um quase silêncio. Fabuloso!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ui, a Angelina!

Vamos desanuviar!
PS quem quiser continuar a dizer de sua justiça sobre o Haiti, força!




UI, A ANGELINA!



- Eh pá, mas não cabemos todos naquele carro. Ele tem que ir com vocês.
- Desculpa, no meu carro entra quem eu quiser!
- Eh eheheheh!
- Ris de quê?!
- Rio de quê?!... eheheheheh! Ai no teu carro entra quem tu quiseres?
- Sim, o carro é meu.
- Então e tu, que tanto idolatras a Angelina do Brad, nunca a quiseste no teu precioso carro?... Não te compreendo, pá! Então se tu podes… Estavas a enganar-me, tu nunca quererias a Angelina no teu carro.
- Claro que quero, pá! Estás parvo ou quê?... Ui, a Annngelina!!!
-Tu queres, queres, eu acredito. Mas olha, aposto contigo em como ela não entra… Sabes porquê?
- Pronto, já lá cheguei.
- Pois, porque ela não quer… Está bem, ela não te conhece. Mas mesmo que te conhecesse…
- Ok! No meu carro não entra quem eu não quero!... Estás satisfeito?
-Ahhh!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Haiti II

Na sequência do post anterior, esta repostagem:





Dêmos o que pudermos,
e que só bem faça
a quem o dermos!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Haiti

Vamos dispender o nosso tempo cibernético d'hoje numa homenagem ao povo haitiano e ao Haiti... a toda a ilha hispaniola... a todos os pobres e flagelados do mundo, tá?




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Questão

Só uma nota: não existe qualquer paradoxo no facto de ainda não ter net e postar com alguma regularidade. É que, como bem sabem, é comum, já, este meio. Daí que me não seja muito difícil encontrar net emprestada.

Eis a questão:

Será de bom tom cuspir no prato em que se come?
Fiquem bem!




Carlos de Jesus Gil

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Interpretação

A ausência de carteira simboliza, aqui, a não ostentação. Claro, a carteira é, no contexto, símbolo de vaidade, presunção.. e então aquelas de bom cabedal!!!!!... Alguém que finge ter o que não tem. E quantos conhecemos nestas condições!
Ora, em conformidade com o supra explanado, mais vale 1 euro no bolso que 10 cêntimos na carteira... quer dizer, esta foi a interpretação que acabei e engendrar. Eheheheheh! Vocês mereciam uma, e eu não fazia a mínima de como poderia sair desta alhada. Essa é que é essa! Mas, pensando friamente, e modéstia à parte, até que nem está nada mal, pois não?
Vá, fiquem bem e, já agora, interpretem lá a interpretação, pode?




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ora interpretem lá!

Ainda sem net, pessoal.

Bem, política local, como alguém sugeriu, não! Quanto à nacional, sempre k me vier à real Gana.
Por hoje, isto:

Mais vale 1 euro no bolso, que 10 cêntimos na carteira.
Façam lá o favor de interpretar, tá?




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A pescaria

A PESCARIA


É do melhor! Pegarmos numas canas de pesca, numa caixinha com todos os apetrechos, numa boa dose de isco dedicado e, juntamente com três ou quatro amigos munidos de coisas quejandas, rumarmos a local susceptível de proporcionar pescaria. O melhor destes eventos, experimentem!, é que o pescado não se destina a ser trazido para casa ou a venda, mas sim a ser cozinhado e comido ali mesmo no pesqueiro. Como tal, é fundamental que pelo menos um dos parceiros perceba das artes da cozinha - o que não é, de todo, o meu caso -, que as domine mesmo, de preferência. Não esquecer, material para fogueira, panelas, talheres, etc., terão que fazer parte da logística.
Ora, num dos últimos fins-de-semana participei numa destas aventuras. Foi a primeira… a minha primeira vez! Connosco ia um verdadeiro alquimista da cozinha. Partimos bem cedo, cerca das cinco da manhã, com destino a uma das raras lagoas ainda não grandemente conspurcadas. Às seis e meia estávamos lá. O almoço fora marcado para as treze horas……… Raul, o mestre cozinheiro, largou a cana mais cedo, lá pelas onze horas. Havia que tratar do lume e dos preparativos para o manjar. Nós, continuámos a faina.
Ao meio-dia e um quarto, grita-nos o Raul: Rapazes, então o peixe?... Olhámos uns para os outros e, assim como quem não quer a coisa mas a tem que gramar, um de nós, o Francisco, mostra o pescado… - Um sapato e um par de calças?!... Um sapato e um par de calças foi o que pescaram, Francisco?... Eh pá, peço imensa desculpa, mas disso não sei cozer!




Carlos Jesus Gil

domingo, 3 de janeiro de 2010

A norma da desgraça

A NORMA DA DESGRAÇA

MUNDOS




Há muitos mundos, tantos que é interminável a tarefa de os contar. Nuns, reina a Luz; noutros as trevas. Desconheço, confesso, a razão entre os dois tipos. Este, de cuja epifania vos vou falar, não conhece pele escura.
Todo o Universo, que daqueles é composto, contacta ininterruptamente entre si. Fá-lo por via material, existindo neste caso duas vias para o efeito: directamente ou por interposto elemento; o fenómeno acontece ainda de forma intangível.
Ora, nesta comunicação constante, alvos e morenos interagem e complementam-se… é-lhes vital. É são o negócio; é são o convívio. Existe, porém, um problema: é que tanto um como o outro só podem ter lugar na terra dos alvos. A dos morenos está-lhes proibida. Não por decreto destes; uma poderosa norma da Lei Fundamental daqueles, só passível de revogação com a anuência de nove décimos dos ocupantes da Assembleia, deliberou naquele sentido.
Têm conversado muito sobre o assunto, alvos entre si; alvos e morenos em elevados momentos de diplomacia. Todos sabem que o mel sabe a fel a qualquer alvo; que as paisagens lhes não mostram todo o seu esplendor; que as comidas e as bebidas os enganam no sabor. Todos estão conscientes que um encontro, já, no curto prazo, na terra dos morenos, os cegaria… aos alvos.
Soluções existem, sabem-no alvos e morenos. Ambos sabem da sua existência, do seu paradeiro; ambos as conhecem. Os morenos exortam os vizinhos à adopção das mesmas, a bem da harmonia Universal; aqueles, renitentes, receosos do que nunca experimentaram… ou já esqueceram, agradecem a preocupação genuína e visível, concertam modos e tempos, mas adiam… Adiam até quase já não saberem concertar. Não raro, são os morenos que, compulsivamente e como medida única, tomam de assalto a Assembleia alheia e revogam a norma…Tem acontecido em muitas vizinhanças e, justiça se faça, Bem-Dita forma de intervir revolucionariamente!; bem-dito procedimento de revogação da norma… da norma da desgraça!
-… Isto existe?!... Oh!!!
- Esteve sempre aqui. Há muito que vos convidamos.
Perguntou um alvo; respondeu um moreno.




Carlos Jesus Gil