quinta-feira, 5 de abril de 2012

NOBEL DO RACIOCÍNIO

Eh pá, pessoal, se eu pudesse!, ai se eu pudesse!... Se eu pudesse proporia ao Comité Nobel uma nova categoria: a do raciocínio. Mais, pediria às autoridades portuguesas que candidatassem o sr. Gaspar das Finanças… Não, não por causa da forma teatral com que expõe o raciocínio, mas pela própria substância do mesmo. Só com este, o prémio estaria garantido: “ O ano 2015 é imediatamente consecutivo a 2014 “ (hoje, no Parlamento). Espantoso, não?!
Bem com que propósito veio o iluminado sr. com aquele axioma? Este foi o propósito: o governo, este consulado de Passos, de há muito que não mostra orientação – com as “rendas”, com a Educação, com a Saúde, com as formas de vencer a crise… Mesmo que lhe mostrem por A+B que só com austeridade não!, eles lá deambulam mas voltam sempre ao trilho, à vereda… cheia de armadilhas, de minas -, muito pelo contrário, são já imensas as trapalhadas (alguns já dão de frosques, alegadamente por motivos pessoais… pessoais são todos os motivos, não?! Esta é mais uma: os subsídios eram para se ausentarem por “apenas” dois anos, ainda há pouco o reafirmaram. Agora, só para dois mil e quinze. Gaspar diz que cometeu um lapso… que, vendo bem as coisas, só para dois mil e quinze, pois este é o ano a seguir ao de dois mil e catorze. Ora bolas, esse é, isso sim, é o ano de eleições!


Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 4 de abril de 2012

AUSÊNCIA TOTAL DE SENSIBILIDADE SOCIAL; PARADOXO DEMOGRÁFICO

Cortes no subsídio de doença – um direito consagradíssimo no nosso ordenamento jurídico, um direito adquirido porque para isso se descontou… não se trata de uma benesse!; doentes a quem não são ministrados os mais adequados medicamentos, por motivos economicistas – a Saúde é um investimento, o mais Sagrado de todos, não é uma simples e grosseira despesa . Ao mesmo tempo, o ministério da tutela resiste à entrada de medicamentos inovadores, nomeadamente na área oncológica. Mas muito mais, como carência de pessoal e de meios, o fecho de excelentes urgências polivalentes…
Quanto à Demografia, então numa altura em que tanto necessitamos de políticas de natalidade, até por fins económicos, o governo avança com uma medida anti-natalista?: cortes nos subsídios de maternidade e paternidade!!!
PS: atenção a todos, trabalhadores do público e do privado, há uma tentativa, ainda que subliminar, de corte definitivo dos décimo terceiro e décimo quarto meses… para todos. Lembrar que estes subsídios só existem em países onde o custo e vida é acima da média mundial, onde os ordenados, não sendo à chinesa, ostentam alguma das suas nuances… Atenção, tal não irá acontecer… se nós, todos, quisermos. Acham preferível diluir o montante pelos doze meses, acabando assim com aquelas figuras, tudo bem, agora o poder de compra, a dignidade social e humana, isso é que tem que voltar. Queremos um modelo económico com uma competitividade baseada na inovação, na qualidade, com ordenados dignos – modelo europeu, norte-americano, japonês – ou, pelo contrário, desejamos voltar ao velho paradigma da mão-de-obra intensiva e barata? Com esse, nunca fomos a lado algum… E agora os preços, os preços da coisas, são outros!.. Novidade? Talvez não!: O modelo chinês começa a dar de si. Em 2012 a Economia chinesa começa a abrandar, pelo contrário, a norte-americana recomeça a mostrar pujança.
Atenção!... A todos nós.


Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 2 de abril de 2012

LIBERALIZAÇÃO + REGULAÇÃO = PARADOXO

“Pontifica” uma das mais básicas regras da ciência económica que, em mercado, a liberalização – com regulação – leva a uma maior concorrência… inevitavelmente, logo a uma baixa nos preços.
Por cá – Ó Portugal, Portugal! – a dita regra mais a putativa regulação levam precisamente ao contrário. Temos hoje os combustíveis mais caros dos 27 países da U.E.
Hoje, mais dois cêntimos e meio no preço da gasolina!


Carlos Jesus Gil