quarta-feira, 7 de maio de 2008

Index da Democracia Quotidiana

Estudo sobre a qualidade das democracias em 25 estados-membros da União Europeia


EVERYDAY DEMOCRACY INDEX

INDEX DA DEMOCRACIA QUOTIDIANA

Lendo o Diário de Notícias de Domingo, 4 de Maio, deparo-me com um estudo, levado a cabo por uma Organização não Governamental britânica, a Demos, que atribui a Portugal um modestíssimo 21º lugar, no que à qualidade da democracia diz respeito. Atrás de Portugal, apenas a Lituânia, a Polónia, a Roménia e a Bulgária.
Ora, conforme a designação do estudo, este não aborda somente questões relativas à democracia formal, alargando o seu âmbito à “democracia familiar”. Assim, e a fazer fé no referido trabalho – não vejo por que duvidar! -, temos que dar aos sapatos, pois não só nos resignamos à pequeníssima Participação formal (um referendo de quando em quando), já que vivemos uma democracia eminentemente representativa, como, em casa, somos mais ditadores que democratas: Dispensamos pouco - ou não dispensamos – tempo ao debate e escrutínio de questões relevantes para a vida em família.
Então: no que à esfera política diz respeito, conseguimos a 14ª posição – wow, que feito!... Ok., à frente da Espanha, da Grécia (terra-mãe) e da Itália (terra-madrasta). Mas atenção, mesmo aqui surgem evidências lamentáveis: descemos para 19º lugar quando analisada a já citada Participação: “ As instituições políticas formais estão pouco cercadas de associações cívicas que as escrutinem “. Pronto, mas pronto o quê!?, se ainda descemos mais duas posições! Deve-se esta última descida, à qualidade paupérrima da “ democracia familiar “.
Em termos geográficos, a qualidade das democracias é superior nos países nórdicos (o empirismo já nos possibilitava essa intuição).
Vigésimo primeiro lugar em vinte e cinco países!... E não se cansam “eles” de falar em Cidadania!




Carlos Jesus Gil