sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A razão de...

A RAZÃO DE


É a razão de todas as coisas
do Homem.
Todos me falam dela,
mesmo quando não –
não há fingimento possível,
subentendimento, ainda vá …;

todos me falam dela,
o masoquista fala dela,
eu falo dela.
Os Santos também falam dela.


Os outros
Seres
já a entendem,
de há muito, de sempre.
Percebem que ela não está, é.
É, no caminho
( paralelo, ou não,
a outros onde não é ).


Os outros
Seres
sabem que ela é a razão de
todas as coisas,
que é um eclodir que se renova,
se soubermos,
se pudermos.


Os outros
Seres
sabem,
podem,
passeiam onde ela é.




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

MENA GIL

É, simultaneamente, a minha prima mais velha e a mais jovem (não, não é a única prima que tenho). Fez ontem anos; esqueci-me do seu aniversário, mas não se esqueceu ela do meu mais que provável esquecimento. Daí que tenha sido ela a ligar-me... Paradoxo, não?
Parabéns prima Mena.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Artes

ARTES


Talento, tormento; inspiração, transpiração. Na ausência destes ingredientes não é possível “cozinhar” Arte.




Carlos Jesus Gil

Ser e parecer

SER E PARECER


À nossa sociedade importa muito mais o parecer do que o ser. Daí que muitos, os mais espertos, se limitem a representar.
Os outros, os que são, são-no porque não estariam bem de outra forma, ou, então, porque lhes é mais fácil ser do que parecer. É que parecer, para além de exigir talento, encerrar a sua arte, também dá trabalho.




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Poema de Amor (digo eu)

Dêmos o que pudermos,
e que só bem faça
a quem o dermos!




Carlos Jesus Gil

Apetece-me...

Apetece-me…

Dizer:

que jamais voltarei a escrever um poema de amor;
que não passam, aqueles, de pieguice expurgadora de dor;
que esta deve ser vivida, não expelida,
que, contida e debelada por luta con ou descon…trolada,
faz mais crescer do que “ deitar cedo e cedo erguer “
(que os Grandes – digo Grandes, não famosos – o souberam fazer).


Contudo, como não sou Grande e, mais que tudo, transbordo de dúvidas sobre se alguma vez escrevi um poema de amor – quando muito, poesias de paixão, também alimento, sim, mas menos imensidão -; como sou humano, habitáculo da imperfeição endógena, vou, naturalmente, contrariar – pelo menos tentar - aquele apetecer.




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Míngua de desejo = felicidade nula?

FELICIDADE


Só se pode ser feliz enquanto se procura. Se, por questões que tenham a ver com a sorte, ou não, alguém alcança tudo o que quer (dinheiro, poder, glória, amor), se tal acontecer termina a felicidade para esse premiado. Pois, como diria Mário de Sá Carneiro, como pode alguém ser feliz sem algo que possa desejar atingir?
Míngua de desejo = felicidade nula.
… Mas, e os outros,
os que desejam e não alcançam,
será que dançam
de contentamento
ou carpem eles de tormento?



Carlos de Jesus Gil

Eduardo Prado Coelho

Foi Grande... Por onde começar a ler o Público?