sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ditadura do Futuro

DITADURA DO FUTURO


"Mesmo quando tudo está bem – connosco, com os nossos -;
mesmo quando o Sol brilha e o vento assume o heterónimo de brisa;
...mesmo quando a melodia que escutamos é deveras inefável
e a harmonia que a envolve empatiza com a nossa;
mesmo quando as camisas que admiramos e defendemos
são as mais transpiradas e as que mais vezes são levantadas, à guisa de brinde; mesmo quando a química inexplicavelmente inexplicável nos torna parte dum óptimo produto de reacção;
mesmo quando tudo isto acontece em simultâneo e até o metal aparece,
mesmo assim, nunca realizamos o pleno…
Há sempre algo que obsta:
a consciência do efémero, a incerteza do Futuro!"

Ali acaba o texto tal como é no original – digamos que a primeira parte.

Dentro de algumas letras e menor número de palavras, começará a explanação da razão de tudo o supra descrito e defendido: uma Vida em Deus não pode, jamais, abdicar daquela ditadura, pois que visa, aquela mesma, um Fim Supremo e, por tal, logo a necessidade imperial de um caminho a percorrer.
Esse caminho tem, forçosamente, que nos criar incertezas, que nos privar da plenitude do presente (isto, entendendo, como julgo acontecer com os mais de nós, plenitude, viver o dia plenamente, como sinónimo de hedonismo. Não o é, tenho para mim!).Eis, pois, a parte que completa o todo. Ao contrário da primeira, esta segunda não constituirá texto por si só…
Não teria aquela força!


Carlos Jesus Gil