sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

China... à Futre

O governo neoliberal que gere a coisa pública em Portugal não quer o Estado na Economia… peço esculpa, não quer o Estado português, se for outro, por exemplo o chinês, isso já pode ser.
Bem, cá para nós, prefiro o Estado chinês à maioria das empresas alemãs!... O engraçado é o paradoxo: PSD; CDS; China… em negociações directas e cordiais!! É bom…é excelente, preconceitos para trás das costas.
Ora, a lógica e o bom senso imperaram. Em ambas as partes. Os chineses consciencializaram-se do verdadeiro potencial da EDP, nas vantagens que a sua entrada na companhia lhes traz: Para já, são treze os países onde a eléctrica nacional se encontra - em pujança, diga-se! Depois, claro, são portas abertas à Europa, África, América… sim, eles já lá estão, mas não desta forma tão vincada. O negócio EDP não é, e os chineses sabem-no, despiciendo. O facto de a empresa ainda sedeada em Portugal ser uma referência mundial nas energias renováveis – para tal muito contribuiu o consulado se Sócrates, diga-se também! – é uma enorme mais-valia. A Three Gorges Corporation pesou tudo isto com balança de ourives.
Este mega negócio escancara as portas, aos chineses, a mercados importantíssimos, ao mesmo tempo que inaugura um “divisoduto” da China para Portugal… Proporciona-nos o primeiro treino de musculação financeira para enfrentar os famosos “mercados” e as agências de notação financeira, pois outros pipelines financeiros virão “ por simpatia “. Já se fala no BCP, numa fábrica de aerogeradores, numa outra de automóveis… Daí eu ir ainda mais longe: este é também o início do ginásio financeiro que afastará, pelo menos por tempo apreciável, as dúvidas sobre o futuro da Economia portuguesa. Ainda mais longe – lírico, não?!... Talvez não. - : Portugal a contribuir para a estabilidade da Zona Euro, do próprio euro… Portugal, um potente candidato à saída. Ele há coisas!




Carlos Jesus Gil