sábado, 25 de abril de 2009

Ui, tanta coisa!

UI, TANTA COISA!


Passou-se numa Segunda-feira. Não sei de que semana, qual o mês, nem tão-pouco do ano faço a mínima ideia. Porém, que Segunda-feira era, disso não tenho dúvida alguma!... Já agora, que se interrogam, por certo, “ Mas como é que o gajo sabe que foi numa Segunda-feira? “, eu digo-me, “ Pois é, pá eu, como é que eu tenho assim tanta certeza do dia da semana!? “… Só que esta tempestade cerebral comigo próprio cedo conhece o fim, visto eu logo me dizer, “ E eu tenho lá que saber como é que tenho assim tanta certeza!?... Lérias, xô, xô daqui… já! Boa, esta agora!, agora que repenso requestiono-me envergonhado, “ Então podia lá ser noutro dia!?... A uma Terça, Quarta, Quinta, Sexta, Sábado… ou mesmo Domingo!? Não! Claro, cristal, mais que óbvio que não!... Até me dá vontade de rir, carago, mas c’a raio de néscia hesitação!, vou-me repetir: até me dá vontade de rir. Todavia, como de assunto mui delicado se trata, já todos vimos, não?, não me vou dar esse prazer… Não vou! Até porque, cá só para nós, não sou assim tão hedonista! Aconteceu numa Segunda-feira, e pronto! “… E isto é que é o importante, heim?, é ou não?... Ah..., vocês consideram ainda mais importante a questão do que verdadeiramente se passou!... E eu sei lá!? Por que carga d’água é que eu haveria de saber o que realmente se passou? Eh pá, só naquela aldeiazitazinha muita bonitérrima, ali no Parque Nacional da Peneda-Gerês, naquela, estão a ver?, passou-se tão grande magote de coisas, que nem até ao fim do ano…!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Cágado velho

O CÁGADO VELHO




Tão avisado, o Cágado Velho; tão enorme a sua sabedoria!... O Cágado Velho é simples, quer dizer, parece, que as perguntas que faz assim no-lo permitem pensar… Sim, é maiêutico, o Cágado velho. Como o outro, tão Velho quanto ele, procura conhecer-se a si próprio e chegar, assim como quem quer mesmo a coisa, a conhecimentos complexos, mesmo à Verdade; como o outro, não regista nada do que diz… sabe que outros o farão. Ao contrário do outro, não é ameaçado pela apologética apologia do sopro do que sabe mas, mais uma vez como o outro, defende a propagação da necessidade do exponencial aumento do saber, pois, como ele, sabe que nada sabe… Como me apraz o desejo que sinto em ser discípulo do Cágado Velho!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 21 de abril de 2009

A semente de mostarda é pequenina

A SEMENTE DE MOSTARDA É PEQUENINA


Não te incomodes, tijolo,
em ser tijolo!
Ai dos aclamados arquitectos,
sim, dos magazináveis,
ai deles
e das transgeracionáveis obras,
contempladas, ou não, agora;
certamente assombrosas amanhã.
Ai deles… e delas
sem ti!




Carlos Jesus Gil