quinta-feira, 10 de julho de 2008

Humanos, como nós

HUMANOS, COMO NÓS

Se quiserem, podem tomar a coisa (o título, tão só!) como uma singela homenagem ao grande Manuel Alegre.


Estado da Nação

Caso 1


Falava o Primeiro-Ministro sobre o TGV, em resposta a interpelação do líder da bancada do PSD, Partido segundo o qual não existem – ou pelo menos não são conhecidos – estudos de impacto económico sobre a “empresa” em desígnio; falava, à guisa de alegação, que na net (referiu o site) se encontram disponíveis variados estudos, de datas várias, sobre… Em resposta, o líder do PSD diz, pelo menos entendi assim, que essas coisas da net não são para o Parlamento. Este exige mais Pompa!
Como quisesse satisfazer o exigência formal da bancada do Partido Social Democrata, Sócrates pede para que sejam entregues, por funcionária do Parlamento, os ditos estudos, em papel, ao líder da bancada. Este recusa. Rejeita peremptoriamente… Lamentável, digo eu!

Caso 2


Minutos depois, aquando da intervenção do líder parlamentar do PS, alguns deputados, pagos, como todos, por nós, abandonam a sala (para onde foram?; ser-lhes-á descontado aquele tempo no ordenado?)… Lamentável!
Mas o que é que nós queremos? São humanos, como nós!

PS não assisti a mais, tive que sair. Se mais casos houve, força, revelem-nos!

Outro PS a rapaziada, se quiser, pode comentar o regresso de Carlos Queiroz à Selecção.




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 8 de julho de 2008

Erro de cálculo

ERRO DE CÁLCULO


Era Março. A aurora estava fria mas radiosa, e eu disse: “ Isto vai ser uma beleza de dia! “… Não foi, não foi uma beleza de dia! Depois de um potente e amigo dos médicos pequeno-almoço, dei início, em verdade, demos início, às tarefas rotineiras em dias de expediente, bem diferentes, em aparência mas não em substância, das tarefas rotineiras dos dias de não expediente.
Eram oito e pouco. Às nove, tudo pelo melhor. Nove e dez, “ Malta, toca a andar! “, disse. Metemo-nos no carro e fizemo-nos à estrada. Às onze menos vinte, estávamos no local de trabalho. Bebemos um café, conversámos sobre o Sporting da Covilhã e, depois de uma cigarrada, lá pusemos mãos à obra… E foi aqui que tudo descambou. Já com as máscaras nas caras e de luvas nas mãos, a evidência assoma-nos em forma de espanto: na carrinha que furtáramos na noite anterior, não cabia o banco que íamos roubar – ou, caso as circunstâncias o permitissem, furtar – ao centro daquela vila! Daquela pitoresca vila… Erro de cálculo.


Nota: em termos da temática a comentar: liberdade!




Carlos Jesus Gil