sábado, 18 de agosto de 2007

Passou-se há já algum tempo

O Sr. Miguel Sousa Tavares escreveu, no “Expresso” de 31/03/2007, “ O Contrato Social “; eu, li e reli. Eu que, por considerar sempre um ganho de tempo tantas vezes o leio – a ele cronista, a ele escritor, etc. -, escrevo:

Consciência (pouco) Social

O Sr. Miguel esqueceu-se da relatividade das coisas!... Então, por exemplo, cem euros por mês (directos, fora os outros, que quem paga assim também paga os outros) não entram na categoria de “impostos a sério”, se quem os paga aufere quatrocentos (desculpas, muitas, pelo mui grosseiro modo da ratio) ?!
Ó Sr. Miguel, o Sr. é dos outros, dos que pagam “impostos a sério” mas… quer comparar a sua qualidade material de vida com a daqueles descontadores menores (e olhe que os há que se esfolam vivos a trabalhar!), quer comparar?... Você e os seus “exercícios de curiosidade política”, ai modéstia!...
Atente, Sr. Trabalhador/Contribuinte fiscalmente bem comportado, por obséquio atente : a maior parte dos que comigo convivem são trabalhadores, têm filhos e… não consideram mil euros por mês “menos que pouco” – vá lá, quando muito, pouco!
…estática e aborrecida seria a perfeição!


Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Livros

LIVROS


Gosto de os ter; todos os bons livros quero adquirir. Sou um comprador compulsivo de livros. Hei-de ter biblioteca ou bibliotecas pejadas de livros do chão ao tecto; só dispensarei espaço para a luz, muita luz – terei, forçosamente, que recorrer a um Siza – e, obviamente, para um centro amplo com mesas q. b. e cadeiras em proporção. Isto porque os não quero só para mim…
Livros…, dão-me remorsos os que ainda não li embora os possua já!... Gosto de os tocar, de os ler, de os cheirar, de os reler.
Aprende-se tudo na relação de complementaridade existente entre os livros e a experiência. Num bom romance, por exemplo, podemos: aprender História, absorver Filosofia, compreender políticas e politiquices, entender de um modo simples um complicado fenómeno natural – que o cientista, porque o experiencia e vive, percebe na plenitude mas não explica cristalinamente, por natural incapacidade -, entender o mundo económico e social, cheirar e ver em estranha realidade os cenários (ao ler um romance encontro-me num cinema…, sou director de fotografia, sou o homem do som, sou o realizador e, se for do meu agrado, até sou o protagonista…), enfim, um bom romance inocula doses cavalares de estoicismo, sopra auras antidesalento.
Livros, gosto dos velhos e dos novos, de todos os que entretêm ou acrescentam… Gosto de os ler, reler – a alguns de re-reler -, de os dar a ler, de os discutir; gosto de os usar, porém nunca mas nunca de os estragar (não é sujo o sujo do uso; é de exaltar a perda de elegância física de um livro quando a mesma se deve à sublime função para que foi concebido - que estar direitinho na estante é desdenhá-lo -, agora estropiá-los…, estropiar livros?! Fico furibundo quando me deparo com tal!).
Livros: unidades fabris onde operam palavras; cidades de palavras; espaços de lazer para palavras – que os compartilham simbioticamente com os humanos -; parques desportivos para palavras; por vezes, maternidades para palavras.
Livros: palavras, imagens – que todas as palavras projectam imagens -, emoções…Vida!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Mundos

HÁ POIS, HÁ MAIS PARA ALÉM DISTO!


Se te amputarem um braço, tu dizes: “ aquele braço é meu “;
se te amputarem o outro, tu dizes: “ aquele braço é meu, já não tenho braços “;
se te amputarem uma perna, tu dizes: “ aquela perna é minha ”;
se te amputarem a outra, tu dizes: “aquela perna é minha, pernas também já não tenho “.
Se… te amputarem todo o corpo, deixando-te apenas o cérebro, artificialmente alimentado, tu pensas – ficção?, sim, por ora! - : “ aquele corpo é meu “.
Serás apenas cérebro?; o eu – o dono - é o cérebro? Tenho para mim que não!
O eu não é tangível, o cérebro, que o é, negoceia com o eu e interage com ele nas comunicações com o corpo e nas relações deste com os meios físico, humano e espiritual.
Esta é a minha visão das coisas, pode haver outras.




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O que presta

O QUE PRESTA


Os poderosos, para si, têm sempre o que dizem – aos outros – não prestar.




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Sveta

Há tantas, tantas tão lindas quanto ela (mais do que, não)!... Então porquê isto?
Já sei. É tudo culpa desta química de que tudo resulta.




Carlos de Jesus Gil