quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

ALGUMAS QUESTÕES





            Qual é a principal componente de uma Democracia?... O Primado da Lei, julgo!... Ser um Estado de Direito.
            Quem deve obedecer (respeitar) às leis? Ora, todos os cidadãos imputáveis, bem como todas as instituições!
            Qual é o requisito primeiro a ter em conta aquando da feitura das leis? Pois, a Obediência à Lei Fundamental, a Constituição! Quer se goste, quer se não goste dela.
            Será judicializar a política usar a faculdade legal de solicitar ao Tribunal Constitucional a fiscalização sucessiva do Orçamento de Estado, ou de qualquer outra lei? Não, tenho para mim!
            Configura algo legal, o governo encomendar a uma entidade externa, no caso o Fundo Monetário Internacional, um estudo que, à guisa de chantagem, tente justificar o brutal corte de quatro mil milhões de euros nas despesas do Estado? Mais, que nele, estudo, tenha directamente participado?... Legal, parece-me. Porém, será eticamente imaculada esta diligência? Não! Pelo menos à luz da Nossa Moral. Noutras – que esta não é universal -, quiçá. Parece-me, aliás, que a entidade exógena supra referida é composta por técnicos de gabinete, alheios à realidade do terreno… pessoas que, de todo, não reconhecem na diversidade geográfica e humana agentes de riqueza do mundo. Mais, que talvez nem enxerguem essas diversidades… e que cada realidade exige uma abordagem individual.
            Visa, este consulado de Passos Coelho, acabar - ou reduzir a um mínimo inaceitável – com o Estado Social? Temo que sim!
            Estarão os portugueses dispostos a pagar mais (ainda!) para o tornar exemplarmente digno?... Sugiro: perguntem, em referendo, ao Povo de Portugal se está disposto a suportar, como os suecos, cinquenta e tal por cento de carga fiscal e parafiscal, se em troca lhes for facultado o Estado de Bem-Estar – Saúde, Educação, prestações sociais… - que usufruem?... O sim ganharia, por certo!
            Bem, poderia continuar, debitando caracteres atrás de caracteres, com questões do tipo. Mas chega! Peço apenas que não interpretem como arrogância as minhas respostas peremptórias. Elas tão só reflectem a realidade material.
            Uma última questão, se me permitem: respeita, o actual executivo, o Primado da Lei?
            A esta, caros soberanos – que soberano é o Povo, assim disso tenha consciência! -, respondereis vós.