segunda-feira, 4 de junho de 2012

HOMEM-ESTADO

Tanta dívida soberana, tanta e por todo o orbe, claro, com especial relevância aqui para o velhinho e vetusto - sempre vetusto, apesar de tudo – continente!... Mas, para onde vai o dinheiro?! Para a banca? Para alguma, sabemos que sim, mas não chega para tanto, esse cofre, até porque reúne apenas as angariações de um pequeno clube, a elite do sector. E disso dão-nos as notícias conta diariamente. Se a distribuição não sofresse de disparidades, não penavam como penam grande parte destes comércios do dinheiro. Vai, essencialmente, para fundos de investimento – nas mais variadas áreas: dos seguros às pensões; de fundações a poderosos singulares – detidos por acionistas comuns, o pecúlio da classe média; pertencentes também, com capital maioritário, a acionistas institucionais; propriedade, igualmente e em percentagens não despiciendas, de individuais, os chamados milionários (bilionários, trilionários...), pois. Muitos dos fundos, muitos destes homens, portanto, não raro praticam a usura… uma ferramenta, ignóbil, mas ferramenta. Qualquer dia terão tanto tanto, mas tanto mesmo, que, não ponho de parte a ideia, poderão, com um quadro legal que em lobbyng conseguirão, comprar Estados - não nações, que essas são de natureza bem diferente e não vendáveis -, tornando-se donos dos próprios, tornando-se eles próprios Estados: Homens-Estado… Bem sei que tal defesa implica uma redefinição do conceito de Estado, mas tudo é dinâmico, não será por tal que o fenómeno estará impossibilitado de surgir. Claro, depois em vez de governos teremos administrações; no lugar de sufrágios, decisões. Deliro?... Espero bem que sim!