sábado, 21 de março de 2009

O porquê dos prémios

O PORQUÊ DOS PRÉMIOS


Eh pessoal, sabem por que é que a malta da administração da AIG e de outras empresaszonas do desenvolvidíssimo orbe ganharam aqueles prémios chorudos mesmo depois do descalabro das mesmas?... Fácil: estavam a jogar ao “perde-ganhas”!




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 20 de março de 2009

Distribuição

DISTRIBUIÇÃO


De barriga cheia?... Fácil, muito fácil!... A fealdade sempre fora apanágio deste sistema porque muitos, ai tannnnntos!, nunca a conseguiram encher. Vá, salvemos as raras excepções!... A característica, porém, continua.
Então?!... Matemática. Recorramos à Matemática! Sejamos tenazes, pois tarefa fácil não se mostra… aprender a apreender a difícil operação da divisão… Logo após, não esqueçamos que a prática faz a perfeição!
Depois pensemos no que diz o outro: “ Tudo debaixo do Céu”!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 19 de março de 2009

Crise de Valores

CRISE DE VALORES


Sabem os Pensadores, que na origem da crise financeira que redundou nesta crise económica e até já social e até já política, se encontra uma crise de valores. Este tipo de crise, tão inata ao neo-liberalismo, teve o condão de nos mostrar como as coisas podem ser se não se investe – a montante, a jusante e no espaço intermédio – fortemente em Axiologia… Já em 29 do século XX as coisas assim se passaram, em termos de génese… A memória é curta, e o pessoal não tem grande afinidade com os livros de História… as histórias é que sim, essas podem ser bastante agradáveis! Vá lá, já não é nada mau! Letras são letras.
Sabem os Pensadores, sei-o eu agora… sabem-no muitos mais por esse mundo afora. Depois do conhecimento do que se está a passar em gigantescas empresas norte-americanas, a AIG, por exemplo, cujas administrações receberam milhares de milhões (eles dizem biliões!) de dólares do erário público a fim de não caírem no abismo, mas aplicaram a sua quase totalidade, não na salvação das empresas mas no pagamento de prémios aos seus quadros – porquê prémios?! -, quem é que não sabe?




Carlos Jesus Gil

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eh pá, tudo bem?

EH PÁ, TUDO BEM?


Acontece aos montes:




- Eh pá, tás bom?
- Eh Jorge, pá, tudo bem?
… E cada um seguiu o seu caminho.
Pergunto eu, que sou curioso: o que é que ficou cada um a saber da qualidade do “estar” do outro?
Pois!...




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 16 de março de 2009

O menino do papá

E na sequência do post anterior:



O MENINO DO PAPÁ

Mais ou menos como o vou fazer, um senhor da minha terra conta há anos esta brilhante anedota, que classifico de parábola, sobre a ditadura a que se sujeitou um pai anos a fio. A mesma pode, obviamente, levar horas, dias, meses, anos – o record está nos nove meses – a contar. Vou tentar abreviar a coisa.
Então, habituado às vontadinhas todas, o Ricardito, hoje com doze anos, faz da vida dos pais – especialmente da do pai – pena pesada:
- Ó pai, leva-me ao café contigo!
- Não, que tens que fazer os deveres.
- Ó pai, leva, leva!
- Ricardo, já te disse: não!
- Pai, leva (a gritar), leva, leva-me ao café contigo! Leva (a gritar, calculista, porta aberta, virado ao condomínio), leva, leva!
- Pronto, está bem. Cala-te lá e vem daí. Mas é para te portares bem… não vais pedir nada!
- Sim, eu porto-me bem. Não peço nada e não saio de ao pé de ti.
- Ah, assim está bem!
Já no café:
- Pai?
- Sim!
- Compra-me um chocolate!
- O que é que combinámos, Ricardito?
- É só um.
- Não!
- Eu quero um chocolate, eu quero um chocolate (gritos volumosos), eu quero, eu quero um chocolate!
E os amigos do pai, enfadados com o já mais que conhecido panorama, a olhá-lo complacentes… Se fosse com eles!...
- Ok, qual é o chocolate?...Ficas a saber que amanhã não vens!
E os amigos do pai, sempre complacentes mas a rirem, ou não, por dentro.
- Tá bem, não me importo. Quero aquele chocolate grandão com amêndoas!
- D. Maria, dê-lhe aí o chocolate, por favor!
No dia seguinte, depois da janta:
- Ó pai, leva-me ao café contigo!
- Nem penses!
- Eu hoje porto-me bem.
- Menino, já disse: nem penses!
Directo ao condomínio, aos berros:
- Ó pai leva, leva, leva-me contigo ao café!... Leva!
Os vizinhos, ainda que afastados da leveza de espírito fossem, já nem faziam caso.
- Anda, desgraçado, vem daí!... Mas o que é que eu fiz para merecer isto?!
Enganou-se na questão, o bondoso pai. Era mais assim: mas o que é que eu não fiz para merecer isto?!... Penso eu, que estou de fora.
Bem, a caminho do café, depois da repetitiva cena - que mais parecia ensaio de péssimo actor, pois tantas eram as repetições! -, o pai fora “obrigado” a comprar-lhe um jogo novo para a Play Station e, já no café, um Magnum Double.


Os dias passavam, os meses passavam, as cenas repetiam-se.
Pouco antes de completar treze anos, o Ricardito, em pleno café da D. Maria, diz ao pai, alto e bom som, que quer merda… isso, leram bem, merda! Vejamos:
- Pai, paii?
- Sim!
- Quero merda.
O quê?!
- Quero merda, não ouviste?
Tchap… A primeira estalada, em quase treze anos, que aquele pai dera àquele filho.
- Mal-educado!... Rapazes, desculpem, por favor desculpem! Vocês sabem como ele é… Mal-educado! A partir d’hoje acabou-se. Não sais mais comigo!
A gritar, guturalmente, em pleno café:
- Eu quero merda, eu quero merda, eu quero merda!
- Tá, pá. Vem daí!... Queres merda, vais tê-la!
Agarrou nele pelo braço, com força, nunca a razão se lhe toldara tanto… ou talvez o contrário, agora que pensei melhor!, e arrastou-o para casa. Uma vez lá, faz-se à casa de banho. Esta encontrava-se ocupada com a necessária ocupação da esposa em realizar necessidades fisiológicas de carácter sólido. Veio a calhar!
Pede o senhor Francisco à D. Isabel:
- Isabel, quando acabares não limpes a sanita.
- O quê?
- Não limpes a sanita, por favor!... Depois explico.
Aliviada e já na sala de estar, a esposa questiona o inusitado pedido do marido. Este responde-lhe “ já vais ver”.
Foi à sanita; com uma concha da sopa, daquelas bem grandes, retirou uma bela porção da bem cheirosa.
- Pronto, aqui tens!
- Mas eu quero merda frita.
- O quê, malvado?!
Corre o miúdo, e já no condomínio e a gritar:
- Eu quero merda frita, eu quero merda frita, eu quero merda frita!
Desta feita os vizinhos acorreram à porta.
- Certo, meu bandido, certo. Vem cá!
Pega numa frigideira; mete-lhe um tudo-nada de óleo vegetal; acrescenta a dita; acende o fogão e zás. Em cinco minutos estava a merda frita e bem frita.
- Aqui tens. Merda frita!
- Eh pai, prova!
Segunda estalada.
Sempre a gritar:
- Eh pai, prova, prova, prova, prova, prova!
- Tá bem, desgraçado, vou provar…
E provou!
- Pai, é bom?
- Claro que não, sua besta!
De novo aos gritos:
- Então não quero, eu não quero, eu não quero merda, eu não quero merda frita!




Carlos Jesus Gil