sábado, 14 de abril de 2012

SOBRE MÚSICA

Um bom cantor, um bom intérprete musical – seja de que instrumento for -, quando canta, quando interpreta temas de outro deve pôr neles a sua alma, a sua musicalidade… acrescentar! Deve, ainda que de um cover de trate, fazer dele um “ cover “ ou, tanto melhor, uma quase versão, melhor ainda, uma versão! É isto, o dar de si, que fazem os grandes maestros com as enormes obras clássicas. Simon Rattle, Herbert von Karajan, Leonard Bernstein, nos concertos que regem as obras não deixam de ser do Mestre Maior, mas passam também a ser um tanto suas… Sempre diferentes, consoante quem as rege, e até quem as interpreta.
Desta forma é-se completo, cada um diferente, com maiores ou menores virtudes, mas completo. Na diferença, a riqueza!
“ Fernandos Pereiras “ há-os por todo o mundo… e têm, sem discussão, o seu valor, o seu cabimento, porém jogam noutro campeonato.


Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A POSTOS, COM ESTE MINISTRO DA SAÚDE!!!

Cuidado com este ministro da Saúde! Tenhamos cuidado, por maior competência que o senhor demonstre com os números, por melhor que ele domine a álgebra, falta-lhe a noção do todo… carece de uma visita demorada à noção de holismo, talvez aí ganhe a condição necessária ao cargo que ocupa: sensibilidade social. Carece, igualmente, de “revisitar” princípios básicos de Economia e Sociedade, com aqueles talvez aprenda que uma Sociedade saudável é uma Sociedade apta a produzir e a menos onerar o Estado.
Compatriotas, este senhor já pensa no fim do Serviço Nacional de Saúde (SNS)… pensa-o e não o esconde, conforme pudemos constatar dia 11 de Abril. Isso, portugueses, seria inevitavelmente um desastre social de dimensões inauditas. Tirem-nos, tudo, senhores mercadores, tirem-nos tudo, melhor, quase tudo, deixem-nos, por favor, ao menos o SNS… a Saúde!


Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 9 de abril de 2012

BOA, SÔ PASSOS; BOA, SÔ GASPAR!

Afinal, ao contrário do que o governo tanto propalou, a última avaliação da Troika não foi assim tão positiva. Com base nela - e noutros indicadores, claro, como o desemprego e as políticas inadequadas reiteradamente postas em vigor por este consulado em Portugal… -, o FMI vem prospectivar uma diminuição real dos salários dos portugueses - todos, públicos e privados - em cerca de 14%, até 2014. O poder de compra cai para níveis de 1996… a meu ver cairá muito mais, pois os preços dos bens estão muito mais elevados, mesmo ao nível dos praticados nos países onde se auferem salários verdadeiramente dignos!
Sem o consumo ao nível do que será necessário para que haja crescimento, o que será desta Sociedade? Desta Sociedade – que pressupõe, como qualquer outra, que sejamos todos sócios… a designação é importante! - onde as quotas são tão desiguais?!... Não, não é uma questão do “ovo ou da galinha”, a de saber qual é que deve vir primeiro: a austeridade – contenção ao extremo – ou a promoção do crescimento – que exige, obviamente mais gastos… Não, sem endividamento – regra, mais uma, básica em Economia – não haverá crescimento. Logo, menor encaixe em contribuições e impostos; maior montante a sair para subsídios… Claro que eles sabem… ou não!, que se exige aqui um sistema híbrido, já!
Continuem a desculpar-se com o passado – ao contrário do que prometeram -, continuem, e vão ver que o povo vai dar por “ela”.
Boa, sô Passos; boa, sô Gaspar!


Carlos Jesus Gil