sábado, 8 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM...


II CIMEIRA U.E.-ÁFRICA


- … Então agora está tudo bem, não é?
- Está pá. Felizmente, tudo não passou de um grande mal entendido.
- Pronto, ainda bem. Alberto, aproveitem o fim-de-semana, tá? Vou dar aqui um trabalhito ao Albino, coisa que não lhe ocupará, por certo, muito tempo.
- Ok., pá. Fica bem e dá cumprimentos ao Albino.
- Serão entregues. Chau.
Ó Albino?... Albino?
- Chamas, narrador?
- Sim, podes dar aqui um salto?
- Se é para saltar posso fazê-lo aqui onde me encontro… Correndo, é óbvio, o risco de me chamarem tolinho.
- Vá, deixa-te de brincadeiras. Podes vir aqui ou não?
- … Homem que narra é melhor que homem que marra!
- Que disseste, Albino?
- Nada, nada. Estava aqui a palrar com os meus botões… Então não sabes que estou a acompanhar a Cimeira União Europeia- África?
- É mesmo sobre isso que gostaria de conversar contigo. Preciso que digas algo de tua justiça acerca de.
- E para quando?
- Para ontem!
- Ó pá, já tenho matéria para uma curta análise, se quiseres…
- Quero, claro que quero. Este nosso mundo carece de nutrientes.
- Então vamos lá: pois, como toda a gente sabe, começou hoje em Lisboa a II Cimeira U.E.-África. No discurso de abertura dos trabalhos, José Sócrates, presidente em exercício da U. E. (mas que sonho realizado!...), defendeu que Portugal é a “ ponte perfeita “ entre a Europa e o continente africano. Disse ainda, o senhor presidente, que “ nas relações entre a União Europeia e o Zimbabué, a grave situação neste país não permitiu a convocação de uma segunda Cimeira mais cedo “. Mais, disse Sócrates agora em jeito de solenes promessas: “ o diálogo entre os dois continentes será entre iguais “; “ os Direitos Humanos serão tema central da cimeira “; “ não temos mais tempo a perder. É o momento para construir novas soluções para os dois continentes “; … um desafio para escrever em conjunto uma página nova nas relações entre os dois continentes “; “ grave situação, a que se vive no Darfur “; “ os Direitos Humanos são património universal “; “ esta cimeira faz-se a pensar nas gerações futuras dos dois continentes “.
Lindo! Mesmo brilhante e politicamente exemplar… Vamos acreditar que as palavras ditas correspondem a desígnios sérios? É com cada um!... Se continuarmos a olhar para África como fonte de matérias-primas e mercado para os nossos produtos, por seriíssimas que sejam as intenções não será logrado qualquer dos desígnios explícita ou tacitamente apontados. Tenho para mim!
- Pronto. Ficamos assim, por hoje. Olha, cumprimentos do Alberto.
- É verdade, como é que ele está?
- Está bem. Parece que as coisas se recompuseram.
- Ainda bem. O que eles têm mais é que se entender.
- Pois. É isso. Vá, fica bem.
- Tu também.




Carlos Jesus Gil

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM...


COMO ELES NOS VÊEM

A série Alias é de excelência. Ficção de qualidade elevada, das poucas coisas boas que passam na televisão generalista em Portugal.
Criada por J. J. Abrams, a série retrata magistralmente o sofisticado e inteligente mundo da espionagem, um mundo de profusas ramificações onde todos desconfiam de todos. Sou fã!
O episódio desta noite deixou-me um tanto indignado. Só por isto: uma das missões “impossíveis” exige uma passagem por Portugal. Numa viagem de comboio, Sydney Bristow, a bela protagonista, conjuntamente com um colega agente tentam veementemente que o pica lhes permita o acesso a determinada área do comboio que, à partida, lhes está legalmente interdita. Em inglês, o portuga lá vai explicando que não, que o que pretendem não é possível. De tão instado ser, o nosso patrício – que afinal não o era. O actor, claro! – responde meio irritado, num português carregado de sotaque – não teriam dinheiro suficiente para contratar um verdadeiro actor português, ou os nossos não têm qualidade nem sequer para fazerem de revisores de comboio? -, que não dá.
É então que do bolso do expedito agente surge um apetecível punhado de euros… Aí já dá!
É assim que aquela rapaziada nos vê? Uns miseráveis profissionais do suborno?!
Bem, não vou generalizar. Pode muito bem ser que sejam só os E.U.A. a terem-nos nessa conta (hummmm!). Aquele país cujo presidente até considera um desperdício o dinheiro que despendem com o ensino do português.
Não fosse tão tarde (cinco da manhã) e convocaria o Alberto e o Albino.




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…


AS DÚVIDAS DO ALBERTO


- De maneira que aqui estou na maior das aflições.
- É pá, ouve lá! Não achas que estás a exagerar?
- A exagerar, eu? Antes estivesse., aliás, rezo para que a visão que tenho disto transborde de exagero e de preocupações infundadas. Mas não, caro amigo.
- Então mas só pelo facto de ela fazer noites com grande frequência?
- Por esse, por um outro que passa por um cansaço permanente – quando a abordagem se dá -, por outro ainda que se manifesta no seu não enraizado mau humor. Albino, têm-se passado muitas coisas estranhas. Ela não era assim, de todo!
- Acho que deves ter uma conversa sincera e hipocritamente calma com ela.
- Pois, tenho andado a adiar mas vai ter que ser… É pá, e se ela me diz que sim, que é efectivamente verdade, que anda a ser objecto de picada de enfermeiro? É do caraças! Não sei qual irá ser a minha reacção, e esta tem sido a razão deste protelamento em pôr tudo a limpo.
- Olha, queres contratar um detective?
- Tás tolo?! Eu dou-lhe o detective…
- Já estou a começar a não gostar dos teus indícios de comportamento. Vê lá se és racional. Compreendes a sociedade como poucos, conheces o mecanismo dos fenómenos – sim, não me olhes assim…, que destes também estás por dentro -, conhece-la bem a ela… Só tens que adoptar a abordagem certa e avançar.
- Pois, é fácil quando se está na bancada, não é? Eventualmente até conheço bem estes meandros; serei, até, não tenho grandes dúvidas, um excelente analista de casos quejandos, mas isso é quando o papel principal é desempenhado por outro actor. Já agora, qual, no teu entendimento, é a abordagem certa?
- Ó pá, Alberto, já aqui te falei dela. É, forçosamente, uma abordagem eivada de calma - ou calma fingida, também pode ser -, que não descure a fria lógica das coisas. Não tens que anular o factor emocional, não! O que não podes é deixá-lo, qual ditador, dominar hegemonicamente o teu discurso e a tua performance de gestão das coisas internas. Olha, vamos é beber mais um copo. Ó garçon, por favor mais duas coisas destas… com muito gelo, que o ambiente aqui aqueceu muito.
- Olá!... Isso é que é dar-lhe, hem?
- Então, tudo bem, narrador?
- Olá chefe!
- Tá tudo porreiro. Andava à procura do Alberto, e o Guedes, aquele da livraria Calhamaços e outros, disse-me que ele estava aqui contigo.
- Pois não te enganou!
- Passa-se alguma coisa, narrador?
- Passa sim, Alberto. É pá, a tua esposa ligou-me a pedir-me “um grande favor”. Anda preocupada contigo; diz que lhe falas sempre com duas pedras na mão e que não és o mesmo de há uns dias a esta parte. Resumindo: pensa que tens uma amante.
- Essa agora!... Estás a topar, Albino? Então eu agora é que ando para aí a dar umas escapadelas?!
- É pá, isso só prova que é tudo falta de comunicação.
- Mas…, do que estão vocês a falar?
- Narrador, o Albino anda muito triste, mesmo deprimido, porque julga que a mulher tem um amante lá no hospital. Chamou-me para beber um copo e saber a minha opinião acerca de.
- Então há aí confusão, e da grande, mas, a meu ver, não passa disso.
- Pois, é o que eu acabo de dizer. Muito trabalho, falha nas comunicações, a cem à hora p’ra todo o lado… Uma combinação que resulta sempre em complicação.
- Espero que vocês estejam certos!...
- Vais ver que é isso, ó Alberto.
- É, meu amigo. O grande recife não passa de um pequeno escolho originado pelas exasperantes circunstâncias com que temos que lidar diariamente. Cabe-nos adquirir as competências para lidar com as situações, saber distinguir uma Sagres de uma Super bock, a bem de um caminho menos sinuoso. Liga à tua mulher e vão jantar fora. É o meu conselho.
- … Faz isso, Alberto.
- Pede aí a conta.
- Vai-te embora que eu pago. Bebes alguma coisa, narrador?
- Bebo uma imperial.
- Ainda aí estás? Vai-te, Alberto!... Arre!
- … Pois estas coisas são …




Carlos Jesus Gil
06/12/2007

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…


O EGOÍSMO NACIONALISTA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


- Malta boa?...
- Sim, narrador.
- Chamaste, grande amigo?
- Chamei sim, Alberto. Quem me pode elucidar sobre um fenómeno humano, no âmbito das Relações Internacionais, designado corrente neo-realista?
- Possivelmente o Albino, não achas?
- Sim, também estava a pensar mais nele para esta tarefa, mas como tu és versado em tantas matérias…
- Sinto-me deveras lisonjeado! Sei de facto umas coisitas de muitas coisas, agora saber a sério…, isso só mesmo dos assuntos da minha área.
- Vá, não estejam com tergiversações. Eu posso discorrer um pouco sobre o tema. Ou estarás outra vez com tiques de menosprezo por mim?
- Ó homem, nunca te vi como ser menor. Aliás, em coisas várias até te considero bastante acima da média.
- Por exemplo…
- Como resmungão… Brincava. És um comparsa como poucos; uma pessoa com enorme sentido de humor e, sem dúvida alguma, um excelente analista político. É esta esfera que pretendo que roles aqui com grande frequência. Vamos à tarefa d’hoje?
- Na boa, pá. Vamos lá: ora, o neo-realismo nas Relações Internacionais é uma corrente doutrinária pessimista que vê os Estados como entidades egoístas, interesseiras, impossibilitando, com essa visão pessimista, uma verdadeira comunidade internacional.
- Ah! Compreendo. Será ela a responsável por esta des-União Europeia?
- Receio bem que sim. Puseste um dedo na ferida e carregaste com força. Não tenho dúvidas de maior quanto ao papel dominante desse pensamento político em todo este processo. Olha a relevância que dá ao Tratado de Lisboa o primeiro ministro britânico: anunciou hoje que não virá a Lisboa à cerimónia da sua assinatura. Não é que faça cá falta alguma, desde que delegue em alguém a responsabilidade da assinatura, mas é cá uma falta de consideração!... Enfim, é a marca desta União de Tratados feita e que com Tratados se arrasta.
- Talvez se existissem extra-terrestres e se eles fossem mais poderosos e mais bélicos e nos invadissem…
- Pois, talvez aí sim!
- Querem saber uma coisa?... Não discordo de vocês.




Carlos Jesus Gil
05/12/2007

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…

O ALBINO IRRITA-SE

Ontem à noite, estava eu em casa a pinar, portanto a meter o pin no telemóvel, quando nisto toca o telefone fixo. Era o albino, notoriamente indignado, mais, verdadeiramente exasperado. Aqui fica um pequeno trecho que bem ilustra o sucedido:
“ Sim, quem fala?”, “ É o Albino “, “ Olá Albino, estás bom? “, “ O caraças, é que estou bom!... Mas o que é que é isso? Primeiro dás-me folga sem que eu t’a tenha pedido; depois convocas o amigo Alberto e eu que me … É pá, só me apetece dizer asneiras! Estou a ser preterido, é? “, “ Ó Albino…”, “ Não, pá, não me venhas com coisas. Acho que estás arrependido de me pores neste mundo… “, “ Ó Albino… “, “ É pá, deixa-me falar!... Ou desabafar, pronto. Se queres ver-te livre de mim, é fácil: bas-ta-di-ze-res-me, tá?, “ Ó Albino… “, “ Porra, deixa-me desabafar, pá! Tenho sido algum pária neste mundo, é? Não te compreendo, pá… É que desde o princípio do mundo que sinto ser apenas e tão só – e tão só, sim! – um enteado. Enchi, pá. Mais uma gota, e transbordo. “, “ Albino… “, “ Fala, pá. Se que falar, fala. Acabei. “, “ Albino, se tivesses tido um pouco mais de atenção, não só saberias que poisámos aqui ontem, sim, mas que quem o fez primeiro foi o Alberto. O nosso amigo escreveu um pequeno conto de Natal, penso que pelo facto de estarmos em Dezembro, deu-o a ler à esposa, que gostou, e resolveu dar-lhe luz. Apercebi-me que eles estavam cá, já o casal dialogava. Sabes bem que qualquer ente deste nosso mundo é autónomo ( será que é?... Bem, desta dúvida não lhe dei notícia ). Não sabes que podes entrar ou sair de cena quando bem entenderes? Entendidos? “, “……… Ok, pá. Desculpa. Estava um bocado irritado, mas já está a passar. “
E passou. Passou-lhe efectivamente a irritação. Tanto que sugeriu de imediato a realização de uma curta análise de um facto político na ordem do dia: “ Olha, achas que posso comentar …………………….”, “ Claro, força! Mas não dês seca!... Estava a brincar. “, “ Então aí vai: A Câmara Municipal de Lisboa deve muito; todas as câmaras municipais devem muito. Até aí… O caso, que o houve, é que António Costa, o seu presidente, faz tensão de pagar as dívidas o mais rápido possível. Deseja um saneamento financeiro da câmara (mas quem é que não?... Se às vezes – quase sempre – não se metessem em alhadas era bem melhor para todos.). Para tal, necessita no imediato de 500 milhões de euros, portanto de contrair um empréstimo naquele montante.
O executivo camarário aprovou; a Assembleia Municipal, de maioria PSD, recebeu indicação das cúpulas do partido para não viabilizar a contracção do empréstimo. Ora, António Costa, feroz tubarão de há bastante navegante nestas águas, não demora a dar a sua dentadinha de aviso mas já a fazer sangue. Caso a Assembleia Municipal inviabilize o empréstimo, haverá renúncia…
Bem, pediste que fosse breve, não me vou alongar. Temos que nem a Câmara de Lisboa vai cair – não me refiro à acepção literal do termo, que não sou nenhum astrólogo, e depois porque ninguém pode dizer que dessa água jamais beberá -, nem o PSD é tão peremptório como quis fazer passar. Não aprova o empréstimo dos 500 milhões, mas viabiliza um de 400 milhões. Opta pela abstenção, pois tá claro!
Eles têm cu, logo têm… “
E foi isto.

Carlos Jesus Gil
04/12/2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…


MICROCONTO DE NATAL



- Lenita?
- Sim, amor.
- Leste o conto de Natal que escrevi ontem? Deixei-to em cima da mesinha de cabeceira.
- Li, está muito bonito… transmite espírito natalício. Subentende-se uma omnipresença do valor família.
- Então gostaste!... O que é que achas, devo ou não libertá-lo?
- Claro que sim! Deixa-o viver.
- Mas… e se o narrador levar a mal?
- Isso não vai acontecer. Às vezes chego a pensar que me saíste cá um coninhas do caraças… Sê afoito!, o que é que o ditadorzito te poderia fazer? Ele vai gostar, mas caso não, que mal te poderia causar?
- Poderia, por exemplo, nunca mais me convocar!
- Não não… Não vês, até pelo que se está a passar hoje, que já és autónomo? Esqueces-te que a partir do momento em que o dito cujo nos criou, já somos.
- Tens razão. E depois ele vai gostar. De certeza!
- Vai sim, homem. Força com isso. Acende a luz!...
Seja:


O PRIMEIRO NATAL


MICROCONTO DE NATAL


Era dia vinte e quatro de Dezembro. Mafalda, uma menina de nove anos, fora com Teresa, empregada doméstica em sua casa, fazer as compras de Natal.
As ruas da baixa lisboeta estavam uma confusão, era um “mar de gente”… Mafalda, que resolvera enfrentar o frio agasalhando-se bem, deixara, inadvertidamente, cair o cachecol que lhe pendia do pescoço. Intuitivamente larga a mão de Teresa para apanhar o cachecol.
… Teresa não sabia o que fazer, foi uma questão de segundos!...
Mafalda chorava; para trás, para a frente, para os lados. Estava sozinha…na multidão!
Ao cabo de uns minutos, um vadio esfarrapado, um verdadeiro andrajoso, um “mete-medo-às-criancinhas”, aproxima-se de Mafalda. Esta não foge!
- O que tens, minha linda?
- Perdi-me de Teresa, a minha empregada.
- As palavras saíam-lhe da boca sem lágrimas por companhia, cada vez mais calmas à medida que ia tomando consciência que, por absurdo que parecesse, aquela situação não lhe era de todo estranha. Sempre estivera só, no meio de gente, mas só!
- Então os teus pais?
- O meu pai deve estar a chegar de Madrid, tem lá negócios. A minha mãe é advogada e também chega sempre tarde. E tu, onde vives?
- Eu?, eu vivo por aqui, nas ruas.
- Não tens casa?!
- Tenho, tenho muitas, em cada rua tenho uma.
- Onde vais passar o Natal, velhinho?
- Sozinho ou com os meus companheiros, numa das “nossas casas”.
- Deixa-me passar o Natal contigo.
- Não, vou levar-te à polícia, eles levam-te a casa.
- Não quero, em casa tenho muitas prendas mas não tenho Natal.
- Pois é, os pais de hoje dão coisas em vez de afectos!...
Mafalda passou a noite a partilhar as “iguarias”, a fogueira e os cartões dos vadios, mas teve Natal… O seu primeiro Natal.


- Isso mesmo!...
- … Sim senhor, muito bonito!; grande sensibilidade. Gosto, tinhas razão, ó coninhas, gosto de verdade.
- Estavas a espiar-nos, meu velho?
- Senti-vos, e fiquei-me a apreciar-vos. É engraçado, palavra!
- Espero que não faças o mesmo quando estivermos na cama. Ou já fizeste?
- Bem que já pensei fazê-lo…, mas não, pá. Fica descansado. Não sou nenhum pervertido. Já agora - esta é para a tua mulher -, também não sou nenhum ditadorzito. Ditador?!... Só se fosse zão!
Vá, fizeste um bom trabalho. Fica bem! Beijinhos, Lenita.
- Desculpa aquilo de há bocado, narrador!
- Tá tudo bem, vão descansados.
Mesmo jeitosa, esta enfermeirinha. Se o tema que os trouxe cá não fosse tão venerável, era capaz de deixar aqui umas ideias assim a modos que para a sacanice. Cala-te boca!





Carlos Jesus Gil

domingo, 2 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…


FOLGA


Hoje, exceptuando este tempinho, o narrador está de folga. E o Alberto e o Albino também.




Carlos Jesus Gil