sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ensino

DESIGNAÇÕES


Há quem afirme, e eu sou desses, que não importa assim tanto a designação que atribuímos às coisas. Pois, não é pelo hipotético facto de me chamarem carro-de-mão que eu deixo de ser automóvel, desculpem, ser humano. É ou não é? Então aqueles teimosões que veementizam a defesa de que tal é de madeira, quando toda a gente sabe que é pedra – puro calcário de Ançã -, põem em risco a natureza da coisa?... Claro que não. Logo, pois é!
É o quê?, o que é que é , no meio de toda esta embrulhada? É a essência, a substância, o ser não sofrerem qualquer alteração pelo facto de, inadvertidamente ou não, lhes ser mudada a designação. A minha - e dos outros – Barrinha não passou a mar quando, há tempos, muitos, um turista – sim, que também o era – proferiu (contemplando-a genuinamente maravilhado): “ Olha, o mar está tão calminho! “… Ela lá continua, doce como mel de urze (de urze, pois!), apesar de o verdadeiro, o salgadinho, se encontrar ali à beira, a escassos metros.
Mas toda esta lábia para quê? Simplesmente para vos dar conta daquilo que todos sabemos: não há verdades absolutas – excepto algumas, umas tantas… É que dei-me conta de que faz toda a diferença o Ministério da Educação ser assim designado, e não como a meu ver deveria ser: Ministério do Ensino. É, é uma questão de designação mas não só. Aquela traz, atrelada, uma série de posturas, de incumbências mais próprias de outras geografias sociais (como hodiernamente convém).
Educação?, é em casa. A Escola pode e deve participar nessa empresa, mas…é em casa.
Desempenhar a mui grande e imprescindível tarefa do ensino deve ser o objectivo primeiro da Escola. Depois… já que os professores não têm família, já que… são funcionários públicos, poder-se-á pensar noutras coisas – sim, não custa dar uma ajudinha na educação. Ajudinha!, que o mester é outro.
Depósito?!, vê-la como depósito?!, é pá, isso é que não!
Bem, já deu p`ra ver que a designação em questão constitui vigorosa excepção ao que supra defendi. Ah, e aquela do Ensino Secundário? Secundário?!, como assim?! Bem fundamental que ele é!
Eu sei que aqui eles queriam dizer outra coisa…, mas falharam!




Carlos Jesus Gil

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Comunicar

DIRECTO; AMBÍGUO; METAFÓRICO


Escrever frases taxativas é bom em comunicação.
Escrever frases que podem dizer tudo - até mesmo o que o autor quis não dizer – é muito bom, é medicamento de enorme abrangência!




Carlos Jesus Gil

cantinhux.blogspot.com

Tomei conhecimento deste cantinho quando, através do Google, acedia ao meu blog. É um blog generalista - o seu autor ou autora também escreve o que lhe vem à real gana.
Sinceramente - não é por ter lido referências simpáticas sobre algo do que escrevo -, é um blog a visitar regularmente.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Um defeito qualquer

EXISTEM SIM


Se o tiver, está bem escondido: farto-me de procurar, perscrutei-a todinha…e nada, nada mesmo!
Pedi que a radiografassem da cabeça aos pés, que a submetessem aos mais rigorosos e modernos exames, mas…nada, de todo. Dou voltas e mais voltas… nem aqui nem acolá…e nem debaixo pele!
Dou de barato todo este processo, metodologia inadequada. E os olhos, os meus olhos?...Isto é que vocês me saíram cá uns amigos!
Existe sim, ou melhor, existem sim! Então, se ninguém consegue conviver com a perfeição – e eu não sou diferente dos outros -, como é que não existem?!...
Dou-me tão bem com ela!...
Benditos sejam os meus olhos!




Carlos Jesus Gil




DEFEITO QUALQUER


Se reparo nela,
aturdido fico
com o todo dela,
portento bendito!


Há-de haver algo mais
naquela mulher,
ela esconde sinais,
só mostra o que quer.


Refrão

Eu sei que ela tem
um defeito qualquer,
aquele doce bem,
aquela mulher.

Tem rosto se Santa,
o que não condiz
com a atitude jactante,
vistosa, feliz.
Ai…como ela anda;
ai como se mexe…
mas quanta elegância!
Beleza que cresce.


Eu sei que ela tem,
ai tem concerteza
um defeito qualquer…
nem que seja a beleza!




Carlos Jesus Gil

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Pensar/Agir

O INEVITÁVEL NÃO NEGA A OPOSIÇÃO!


Rodeiam-nos disparidades em todos os sectores… Por vezes, abomináveis disparidades! Não devemos habituar-nos a elas, temos, no mínimo, de nos esforçar por isso!
Tolice seria, também, iludirmo-nos (bem sabemos o que foi e o que será…), mas a mitigação é o almejo racional, como tal é mister opormo-nos ao teatro instalado. Por si só, tal acto provocaria, certamente, mudanças – pequenas (os átomos também são pequenos e resultam, quando percorridas as devidas veredas, em magestáticas enormidades) mas boas – nos actos do mesmo.
Desprezível displicência! Anacrónica abulia.




Carlos Jesus Gil

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tolerância

TOLERÂNCIA/AMOR

CANÇÃO


Apesar da cor da pele,
não há diferença entre nós;
todos somos mel e fel,
não só eu, também vós.


Se rezas, fazes bem,
também o faço, a valer!...
se ao mesmo ou a Outro Alguém,
tanto faz, pois o que importa é crer!


Tolerar é um princípio,
nunca um fim;
amar é que o é!
Tenho p,ra mim.




Carlos Jesus Gil