Tive sempre um enorme respeito pelos Vira-Latas puros... Aquela precoce maturidade tão vivamente presente em menino enteado!...
Ao vira-las que meu primo visitava e que, num repente, o nevoeiro apagara!
Conto
O PORTA-CARRAÇAS
Porta-carraças é um vira-latas puro, do mais genuíno que há.
À semelhança da generalidade dos puros derruba-caixotes, porta-carraças é possuidor não só de uma vasta colónia de carrapatos, mas também de uma mui nobre e forte personalidade.
Tais atributos não passaram despercebidos às cadelinhas da rua que passara a administrar desde que, com um pragmatismo invejável, abandonara a rua onde sempre vivera, objecto, agora, de um olhar muito cuidado do senhor presidente da câmara, pois lá comprara apartamento um parente qualquer. Pese embora o facto de em termos de estatura física o animal nem dever nada – entenda-se: devotos agradecimentos - aos vários pais que o conceberam e à mãe que o pariu, uma paixão pandémica impregnou o ar rasteiro daquela rua. Baixa estatura física, imperial porte moral!...
Fêmeas à moda antiga, sim!, das de antes, ainda, do cinema, da televisão e das revistas – daquelas que vendem muito -, sete cadelinhas polidas, penteadas, perfumadas e…mimadas, que, muito embora não concebam uma vida sem fachada, nos machos, porém, valorizam sobremaneira o que não se vê ( tá bem, e também algo que se veja! ), tendo, por conseguinte, caído perdidamente de amores pelo solitário canino. Culpa das saídelas à noitinha, para um simples passear (do dono) ou para uma mijinha…ou cagadinha!
Pronto, como o horário das saídas era coincidente - até porque era aí que a vizinhança punha a escrita em dia -, aquilo era um espectáculo!: sete cadelas a um osso, donas e donos arrastados, correntes desprendidas, uivaria, gritaria e, no meio de todo este pandemónio, claro está, o instinto animal a funcionar…com a que chegasse primeiro, que eram todas um mimo.
A coisa durou alguns dias, os suficientes para pôr a cabeça em água aos zelosos donos; para, em conjunto, decretarem a elaboração de um abaixo-assinado dirigido ao digníssimo edil - que aquela rua era de gente e cadelas de bem -; suficientes ainda para depositar a sementinha em algumas das sete fofinhas. Bem, pelo sim pelo não, as meninas não iriam sair à rua enquanto o cão não fosse para o exílio!
Tá bem, tá!, parece que não conhecem o nosso país!... Nem com o Simplex! Tudo leva o seu tempo – digo, para não ter que lavrar outro texto, muito tempo -, rapaziada.
Quinze, quinze foram as noites que a mais estóica das famílias aguentou. Já nem com o mais poderoso – também não é bem assim!... – dos indutores de sono conseguiam dormir, tal não eram as noitadas de ganição e ladração da sua bichinha! Queria filhos, mas não de um qualquer pai; queria-os fortes de carácter; queria os genes do porta-carraças.
Já as outras matilhavam a rua havia alguns dias – agora, por certo, já todas fecundadas – quando a cãozinha se lhes junta. O desvelo, vencido pela falta de descanso, deu lugar à resignação dos donos. E os técnicos do canil camarário que nunca mais vinham!...
Mas vieram, a seu muito tempo chegaram ao território do porta-carraças – o qual desconheciam, o que os levou a uma imediata indagação.
Depois de identificado o prevaricador, foi só sacar dos apetrechos e…zás, já está! Fácil, muito fácil; nunca passara por situação semelhante, de modo que carecia de treino específico… Na antiga morada a ordem de expulsão fora a falta de pão – que em rua limpa não se trinca.
Não acaba aqui a história do nosso herói – ainda vivente. Ao cabo de alguns dias num canil municipal, fugiu – não é cão de gaiola, o porta-carraças. Não me perguntem como!, que não sei. Sei por onde anda, mas não vo-lo digo.
Ah, as cadelinhas!... essas, depois de alguns dias na sua verdadeira sala, descobriram que as necessidades fisiológicas são para satisfazer quando é preciso, de modo que, ao voltar a casa das donas…
Carlos Jesus Gil
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
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73 comentários:
...e não é que existe vida de cão
celebridade?
ele até veio parar aqui no blog best seller...
que lindo isso!!
bjus
Que grande texto caro amigo...
Abraço
digo mesmo!!! mta qualidade e verdade por aqui. beijosss
O Mundo gira á volta de todos e não de um só...Bom conto, como sempre estás de parabéns.Bj.
obrigada, o teu tbm...
^^
Um texto giríssimo.
Como adoro cães, fiquei felicíssima por ele conseguir fugir do canil.
Palmas para ele... e para ti também.
BeijOOOcas
Mariazita
FIEL
"Na luz do seu olhar tão lânguido, tão doce,
Havia o que quer que fosse
D’um íntimo desgosto :
Era um cão ordinário, um pobre cão vadio
Que não tinha coleira e não pagava imposto.
Acostumado ao vento e acostumado ao frio,
Percorria de noite os bairros da miséria
À busca dum jantar.
E ao ver surgir da lua a palidez etérea,
O velho cão uivava uma canção funérea,
Triste como a tristeza ossiânica do mar.
Quando a chuva era grande e o frio inclemente,
Ele ia-se abrigar às vezes nos portais ;
E mandando-o partir, partia humildemente,
Com a resignação nos olhos virginais.
Era tranquilo e bom como as pombinhas mansas ;
Nunca ladrou dum pobre à capa esfarrapada :
E, como não mordia as tímidas crianças,
As crianças então corriam-no a pedrada.
Uma vez casualmente, um mísero pintor
Um boémio, um sonhador,
Encontrara na rua o solitário cão ;
O artista era uma alma heróica e desgraçada,
Vivendo numa escura e pobre água furtada,
Onde sobrava o génio e onde faltava o pão.
Era desses que têm o rubro amor da glória,
O grande amor fatal,
Que umas vezes conduz às pompas da vitória,
E que outras vezes leva ao quarto do hospital.
E ao ver por sobre o lodo o magro cão plebeu,
Disse-lhe : - "O teu destino é quase igual ao meu :
Eu sou como tu és, um proletário roto,
Sem família, sem mãe, sem casa, sem abrigo ;
E quem sabe se em ti, ó velho cão de esgoto,
Eu não irei achar o meu primeiro amigo !..."
No céu azul brilhava a lua etérea e calma ;
E do rafeiro [1] vil no misterioso olhar
Via-se o desespero e ânsia d’uma alma,
Que está encarcerada, e sem poder falar.
O artista soube ler naquele olhar em brasa
A eloquente mudez dum grande coração ;
E disse-lhe : - "Fiel, partamos para casa :
Tu és o meu amigo, e eu sou o teu irmão. -"
E viveram depois assim por longos anos,
Companheiros leais, heróicos puritanos,
Dividindo igualmente as privações e as dores.
Quando o artista infeliz, exausto e miserável,
Sentia esmorecer o génio inquebrantável
Dos fortes lutadores ;
Quando até lhe acudiu às vezes a lembrança
Partir com uma bala a derradeira esp’rança,
Pôr um ponto final no seu destino atroz ;
Nesse instante do cão os olhos bons, serenos,
Murmura-lhe : - Eu sofro, e a gente sofre menos,
Quando se vê sofrer também alguém por nós.
Mas um dia a Fortuna, a deusa milionária,
Entrou-lhe pelo quarto, e disse alegremente :
"Um génio como tu, vivendo como um pária,
Agrilhoado da fome à lúgubre corrente !
Eu devia fazer-te há muito esta surpresa,
Eu devia ter vindo aqui p’ra te buscar ;
Mas moravas tão alto ! E digo-o com franqueza
Custava-me subir até ao sexto andar.
Acompanha-me ; a glória há de ajoelhar-te aos pés !..."
E foi ; e ao outro dia as bocas das Frinés
Abriram para ele um riso encantador ;
A glória deslumbrante iluminou-lhe a vida
Como bela alvorada esplêndida, nascida
A toques de clarim e a rufos de tambor !
Era feliz. O cão
Dormia na alcatifa à borda do seu leito,
E logo de manhã vinha beijar-lhe a mão,
Ganindo com um ar alegre e satisfeito.
Mas aí ! O dono ingrato, o ingrato companheiro,
Mergulhado em paixões, em gozos, em delícias,
Já pouco tolerava as festivas carícias
Do seu leal rafeiro.
Passou-se mais um tempo ; o cão, o desgraçado,
Já velho e no abandono,
Muitas vezes se viu batido e castigado
Pela simples razão de acompanhar seu dono.
Como andava nojento e lhe caíra o pelo,
Por fim o dono até sentia nojo ao vê-lo,
E mandava fechar-lhe a porta do salão.
Meteram-no depois num frio quarto escuro,
E davam-lhe a jantar um osso branco e duro,
Cuja carne servira aos dentes d’outro cão.
E ele era como um roto, ignóbil assassino,
Condenado à enxovia, aos ferros, às galés :
Se se punha a ganir, chorando o seu destino,
Os criados brutais davam-lhe pontapés.
Corroera-lhe o corpo a negra lepra infame.
Quando exibia ao sol as podridões obscenas,
Poisava-lhe no dorso o causticante enxame
Das moscas das gangrenas.
Até que um dia, enfim, sentindo-se morrer,
Disse "Não morrerei ainda sem o ver ;
A seus pés quero dar meu último gemido..."
Meteu-se-lhe no quarto, assim como um bandido.
E o artista ao entrar viu o rafeiro imundo,
E bradou com violência :
"Ainda por aqui o sórdido animal !
É preciso acabar com tanta impertinência,
Que esta besta está podre, e vai cheirando mal !"
E, pousando-lhe a mão cariciosamente,
Disse-lhe com um ar de muito bom amigo :
"Ó meu pobre Fiel, tão velho e tão doente,
Ainda que te custe anda daí comigo."
E partiram os dois. Tudo estava deserto.
A noite era sombria ; o cais ficava perto ;
E o velho condenado, o pobre lazarento,
Cheio de imensas mágoas
Sentiu junto de si um pressentimento
O fundo soluçar monótono das águas.
Compreendeu enfim! Tinha chegado à beira
Da corrente. E o pintor,
Agarrando uma pedra atou-lh’a na coleira,
Friamente cantando uma canção d’amor.
E o rafeiro sublime, impassível, sereno,
Lançava o grande olhar às negras trevas mudas
Com aquela amargura ideal do Nazareno
Recebendo na face o ósculo de Judas.
Dizia para si : "È o mesmo, pouco importa.
Cumprir o seu desejo é esse o meu dever :
Foi ele que me abriu um dia a sua porta :
Morrerei, se lhe dou com isso algum prazer."
Depois, subitamente
O artista arremessou o cão na água fria.
E ao dar-lhe o pontapé caiu-lhe na corrente
O gorro que trazia
Era uma saudosa, adorada lembrança
Outrora concedida
Pela mais caprichosa e mais gentil criança,
Que amara, como se ama uma só vez na vida.
E ao recolher à casa ele exclamava irado :
"E por causa do cão perdi o meu tesouro !
Andava bem melhor se o tinha envenenado !
Maldito seja o cão! Dava montanhas d’oiro,
Dava a riqueza, a glória, a existência, o futuro,
Para tornar a ver o precioso objecto,
Doce recordação daquele amor tão puro."
E deitou-se nervoso, alucinado, inquieto.
Não podia dormir.
Até nascer da manhã o vivido clarão,
Sentiu bater à porta ! Ergueu-se e foi abrir.
Recuou cheio de espanto : era o Fiel, o cão,
Que voltava arquejante, exânime, encharcado,
A tremer e a uivar no último estertor,
Caindo-lhe da boca, ao tombar fulminado,
O gorro do pintor !"
(GUERRA JUNQUEIRO)
XIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Que o Guerra JUnqueiro até ficou rouco de tanto ladrar!
Ora então caro Gana, cá estou de volta, pois não voltei antes por falta de meios para tal, mas enfim,
cá estou pa dizer as minhas parvoices.....~
Cães, hummmmmmmmmmmmmmmm
adoro, mas e paciência para os ter?
è como aquela gaja, a Barbie, que tem tantos , tantos cães, mas porque só os quer enquanto são pequeninos, depois disso, dá-os!
E mai nada.....
Trabalho a tratá-los .... uiiiiiiiiiiiiiiii
que dá trabalho e isso á que não. Enfim, depravadas.
Olha amigo cães vadios na minha terra é o que não falta, infelizmente, abandonam os animais porque se fartam deles, porque deixam de ser pequenos e engraçados, e com os filhos fazem o mesmo?
"É garoto, já não tens piada nenhuma e tás a ficar feio e gordo que nem um jebo! Xô, fora daqui, vai pá rua que já não te quero!"
Ricos pais!
É maço novo post, boa!
Adoro vir aqui e encontrar essa maravilha de post.
Tenho muita pena dos cães, quando a carrocinha passa e leva-os.
Beijinhos!
Hahahaha..
Fantástico..
Gosto do jeito que escreves, parece que leio um livro português, desses autores de cafeterias...Aceite meu café, hoje.
Beijão.
adorei a história muito legal.
bjosss...
Adorei seu conto, ainda mais que por diversas vezes sou nada msais que um vira-latas neste mundo.... e sei o que é correr para manterr a liberdade...a mais preciosa das palavras...Sempre encantadora... um beijo grande e carinhoso...
A stériuéré não gosta de ter cães porque dão trabalho. A stériuéré é uma comodista.
Excelente texto!
Eu também adoptei um cão rafeiro e não era capaz de deixar o meu amigo Caramelo fosse onde fosse. Quer dizer…ele comigo também não ia para lado nenhum. Só faz o que lhe dá na bolha. Penso que todos os amigos de rafeiros sabem que ter classe e personalidade, não tem nada a ver com a raça!
Depois de ler o magnífico texto, quase que só apetece exclamar: "Magnífico Porta-Carraças!"
Olá Carlos! Bom dia!
Porta - Carraças é mais um exemplo de que somos considerados apenas por aquilo que possuímos... Até mesmo no mundo animal! Se ele tivesse pedigree, mesmo vivendo nas ruas... Sua história sería outra!
TENHA UM ÓTIMO DIA!
ummm, olá, voltando aqui e obrigada pelo post e pelo seu empoemar, deixei resposta lá tb, rs bjão se cuida
Grande Porta-Carraças, meu D.Juan canino! Nem o Canil te segura!
Um abraço
Ain que lindo, me emocionou pq simplesmente prefiro os animais ao resto da humanidade. ;)
Este conto não é nada mais nada menos que o nosso quotidiano, passa o Exmo Sr. Dr. e ouve o cumprimento "Bom DIIIIA Sr. DR.como está passou bem? a Família está boa?" Passa o Ti Zé, "olá ti Zé" e nem sempre. Pensam voçês, mas ninguem traz o curriculum na testa, correcto, mas as distinções continuam, o Sr. Dr. tem problemas como o sem abrigo por exemplo,( embora de outra índole) mas o Sr. Dr. não deixa de ser o Sr. "Fulano Tal" o sem abrigo é um pobre coitado que não soube governar vida e não quer trabalho. Ninguem se interroga o porquê dele estar nas ruas, a pedir esmola, apenas em julgar que tem bom corpo e não quer trabalho. Quantos Drs. estão no desemprego? Isto tudo porque na minha modesta opinião (sem ter nada contra os Drs.) as pessoas, os animais, haviam de ser tratados de igual forma, respeito, carinho, preocupação, somos todos feitos da mesma matéria e um pouco de humildade e respeito fica-nos bem. Boa noite pessoal.
Carlos dá um afego ao Porta-Carraças da minha parte.
Eu sou uma fiel amiga destes animais que tantas vezes já provaram a sua fiel dedicação por nós.Neste caso, o Porta caraças era um cão realmente muito especial. Contudo, posso afirmar-te que neste exacto momento, tenho aqui aos meus pés um outro ainda mais especial que esse. Mas este é só meu!
Beijinho e bom resto de semana.
Percebo semelhanças entre minha personalidade e a desse danado!Pois não é que esse cão é apaixonante!
´Conto maravilhoso... intrigante e apológico!
Meu beijo malvado!
:*
Obrigado pele tua visita e pelo teu generoso comentário.
Pela curta viagem que fiz por este blog, concluí que qualidade é o que aqui impera e... Sim. Este vale mesmo a pena!
Um abraço
Jorge
Enquanto rapaz e lá vivendo no "Alentejo profundo", sempre tive cão. Vários, porque iam morrendo, e todos "vira-lata" pois nem sabia que havia raças, nem tinhamos dinheiro para extravagâncias.
"Encaixotado" aqui num apartamento, deixei de os ter, pois tenho pena deles, pena de os privar da liberdade.
esses cãezinhos são mais espertos que muito homem aí ;)
Oi!
Passando aqui para avisar q te linkei.Assim fica melhor para voltar e voltarei com mais calma para te ler.
Obrigada pelas visitas ao meu Avesso!
Beijinho
Maria
Eu adoro cachorros, sejam vira-latas ou não.
Adorei o conto, uma história de superação de certo modo...rs
Respondendo as perguntas.... faço 30 apenas em 2010 (mas do jeito que os dias estão passando rápido, já estamos quase lá)...
E meu nome é Fabiana, muito prazer...rs
q doguinho esperto hein! deixou cadelinhas suspirando e fugiu do canil, ^^ mt bem! ah, adorei o poema empoemado \o)
Uau, cão celebridade!
gostei mesmo deste texto
bj
Belo texto
Que o porta carraças se aguente.
Ler-te descontrai...Gostei
bjinhos
Obrigada pela sua visita
assim descobri este blog
onde ha muito, muito a ler
interessente
terei de voltar com mais tempo
bjos
*
passou-me a neura,
obrigado,
,
abç,
,
*
Sempre gostei dos cães a quem chamamos vadios mas que de vadios não têm nada. são cães independentes, que lutam sozinhos pela vida. O porta carraças parece-me desses.
...E não para de crescer o número de porta-carraças - a verdade é que,as carraças não podem ser porta cães;quem sabe talvez um dia!
Abraço
nos machos, porém, valorizam sobremaneira o que não se vê ( tá bem, e também algo que se veja! ),
UHAUHAHAHAAUA
isso foi muito bom e sutil!!
beijo!
Vim agradecer sua visita
em meu jardim...
seja bem vindo
espero por lá mais vezes...
Bem, fala sério eu adorei o post
li até o fim, hehehe...
como disse a Vivian best seller...
beijos eu volto até breve
abraços da rosa amiga
Iana!!!
Carlos Gil
O vira latas, não se vira. Mesmo estando noutro sítio, não lhe faltarão meninas, chiques. Cadelinhas, entenda-se. Essas tratarão de se aperaltar, para o catrapiscar.
Um abraço.
Daniel
AMEI esse texto!!!! E a 'moral' por detras dele, também.
Quero agradecer a sua visita e suas palavras, sinto-me um iniciante diante deste blog, mas confiante depois da sua visita, as portas do Gazeta estarão sempre abertas,
Volte Sempre
Convido-te a passar pelo meu cantinho e tomares conhecimento do quanto esses seres maravilhosos e ao mesmo tempo diabolicos nos podem surpreender. Acho que vais gostar.
Beijinho
Que texto de babar! Parabens!
Beijinhos,
Tá muito giro, o nome do "bicho" e a sua história. eh eh eh
Agradecendo e retribuindo a visita.
Gostei do blog e este texto é excelente. É preciso consciencializar as pessoas que os animais são seres vivos, que sentem, sofrem, têm fome, sede e que merecem ser bem tratados.
Por aqui onde vivo, aparecem sempre muitos animais que são abandonados pelos donos, especialmente em época de férias.
Tenho um gato que adotei vai fazer um ano agora em Dezembro e que também apareceu aqui cheio de fome e frio. É muito triste haver tanta falta de sensibilidade.
Beijinhos
O teu texto é primoroso.
Tem humor, mas ao mesmo tempo provocou-me pena , pois o "porta carraças" deveria ter um melhor tratamento, embora nem sempre seja possivel como é lógico.
bjgrande do Lago
Esses cães soltos por aí fazem tanta coisa e se multiplicam, levando essa vidinha quase mansa de falsa liberdade. Enfim, seja!
Abraços.
Eu diria: O Poderoso Porta-Carraças.
Maneiríssimo esse conto.
Até mais. :)
Um bom dia para ti!
mto bom...!!!
até mais ler...
bj
Oooi! Que bom que gostou do meu blog, tbm gostei daqui, vou linkar, ok? Beeeijos!
Gostei da estória.
Tanto que dão ao homem e por vezes são abandonados por esse mesmo homem.Bom fim de semana.Umailha
Que bom que hoje temos uma lei que protege os animais.
Obrigada pela visita,qdo quizer voltar,volte!
beijooo.
E que cadelinha que se preze não gosta de um vira-latas cheio de personalidade?
Gostei do conto Carlos!
Beijinhos
Sabia que esse virtual por vezes me assusta. As coincidências. O carinho virtual. O que chamo amor virtual.
Sua colaboração com seu comentário foi excelente.
Li o seu texto, muito bom.
Comecei falando que me assusta, e sua visita foi um dos motivos. Ontem pela primeira vez estive em seu blog. Andei para lá e para cá. E fiquei de voltar, pois não tinha conseguido ler direito, tentei ler post anteriores e acho que não deixei comentário em nenhum.
E no outro dia (hoje) vc apareceu por lá. Esse mundinho é cheio de surpresas desse tipo. Não lembro onde vi seu comentário que me chamou a atenção e cheguei aqui ontem.
Mas voltarei.
abraços
Pena que existem portas-carraças que não tem a mesma "sorte"
bj
É sim!!
Bom aqui!
Bj
Parabéns pelo conto, muito bem escrito.
Só não percebi o que fizeram os técnicos do canil com o "foi só sacar dos apetrechos e…zás, já está!"....
Beijinhos
Buscou sua liberdade e agora o bom é que ninguém saiba do seu paradeiro.
Cadinho RoCo
Esta história fez-me lembrar um cão, abandonado, que apareceu na minha terra, nos anos 60. Eu e os meus irmãos começámos a dar-lhe comida e batizámos de "Costura". Porque parecia uma máquina de costura a sacudir as pulgas...
Um dia, conto a história completa no Papa Açordas.
Um abraço
Compadre Alentejano
Vou mandar construir na minha ilha um canil/hotel com tratamento VIP para todos esses filhos da rua. Vou também mandar catar todos.
Ahahah, muito legal.
Abraços e obrigado pela visita...
Pessoal só para descongestionar, sabem qual o slogan do Barack Obama? "NÃO VOTEM EM BRANCO".
Boa noite.
Vida de cão, ou cão da vida?
talvez o último.
São esses, os que dão novos mundos ao mundo, mesmo que o canino.
Vêm imunizados para a maioria das doenças, não sofrem com a vivacidade da vida moderna e dão-se quando querem, (ou a natureza).
Esses são os puro-raças.
Não nascem com carraças, mas não necessitam de coleiras ou vacinas ... são os vencedores.
Só espero que nenhum veterinário me leia.
Lembrei-me de há mais de 40 anos ... a vida dum mortal era parecida ... e a vida na Terra não acabou!
(estive ausente, ou melhor, não estive presente.
Sei que não é a mesma coisa.
Mas isto são comezinhos de advocacia.
Parece-me que é verdade : "O que é mau não acaba tão depresssa".
Ainda bem ...
A vida de cão também foi mudada com o santinho Cristiano Ronaldo. Mira uma canela e zás!
Maria Zua...essa já tem barbas.
Amigo Carlos Gil
Perdoe por só agora entrar em contacto consigo.
Aprecio muito sátira social. O amigo fá-lo duma forma brilhante.
Lembrei-me de uma tentativa poemática que escrevi em 1994:
FERIDO DE MORTE
Por debaixo das arcadas/
do Terreiro do Paço/
passam apressados/
aos magotes/
sem rosto/
expressão ausente/
milhares de corpos/
que se empurram/
a caminho/
ou no regresso/
da outra banda/
a um cantinho/
tombado na pedra fria/
tremendo de medo/
ferido de morte/
pobre pombinho/
de olhar triste/
conformado com a desdita/
e ninguém o socorre/
não há compaixão/
preocupados que estão/
com a novela das oito/
e a mediática sorte/
das tartarugas em extinção/
no Arquipélago de Galápagos
Um grande abraço.
António
Outro anónimo, a da Maria Zua é velha mas é boa!
Muito legal!
Dê um pulinho aqui no Brasil para ler sobre algo que aconteceu nas bandas daí, só que a muito tempo atrás: A Batalha de Canas.
Braços!
Toninho Moura
Capitão Ócio
Carlos,
Belo conto....
Fiquei feliz por saber que até os cães vira-lata, conseguem de alguma forma a tão sonhada liberdade.
*******
Conheço a história de um desses animais que apesar de ser um animal de companhia, se sentia só. Então se dedicou a domesticar o seu amo... Até conseguir que lhe amara.
[obrigada pela visita]
Bom fim-de-semana!...
(a)braços,flores,girassóis :)
Adoro,esses amigos!....Que não nos cobram nada,não exigem nada,que nos amam,nos adoram,sem que precisemos pedir...nos mostrar lindas, maravilhosas,gordas ou magras,alegres ou felizes...rica ou pobre!
Que nos recebem sempre com pulos de alegria,abanando seu rabinho.Nos dão lições de paciência, de tolerância,
e amor, compreensão.....
Temos muito a aprender com essas criaturinhas maravilhosas...que só pedem atençaõ, mas se não a damos, mesmo assim continuam a nos amar....Um cão é a única coisa na terra que o ama mais do que ama a sí mesmo.
Tenha um iluminado final de semana...
Bjs.
Ótimo texto! Uma temática interessante, abordada com extrema maestria por um excelente escritor.
Andei olhando os teus textos! Escreves maravilhosamente bem!
* Agradeço a visita e o elogio feito ao meu blog!
* Abraços!
Olha cá ó gana e outro post não?
Olha anónimo não sei das quantas, por acaso adoro animais , e não sou comodista. Mas, meu caro stestesteriuéréré para ti e vive a vida sem zangas, senão apanhas rugas.
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