segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Causalidade

CAUSALIDADE




Quando eu era puto, era usual, como brincadeira de rua, a recorrência à “ Guerra dos Figos “. Consistia aquela, no arremesso, com quanta força e pontaria tivéssemos, de imberbes figos, duros como a pedra – pois, há aqui um bocadão de exagero, mas, se a intenção é boa, a de realçar a verdadeira eficácia de projéctil que ostenta o figo intragável, quem é que leva a mal? -, um de cada vez – ainda não existiam metrelhadoras para figos, na época -, à tola ou à cara, de preferência olhos, do adversário.
Ora, em um desses famigerados e mui participados pleitos, fora eu atingido, penso que pelo meu primo Luís – como podem depreender, já aqui quando era p’ra malhar malhava-se. Ele havia lá lugar a indulgência de sangue?!... Qual quê?!! -, num dos olhos… não lembro qual.
Danado e envergonhado, claro!, por ser sportinguista e ter que andar uns dias com um olho à Belenenses, pegara eu numa pequena fisga (para nós, funda) com forcada de metal, pequeno elástico de escritório e munições de cobre – pequenos ús talhados em fio de cobre, sobras, ou não, de instalações de casas em construção.
Era, modéstia à parte, um verdadeiro especialista naquela arma… Se o exército onde viria a ingressar anos mais tarde dela fizesse uso, penso que seria hoje um respeitável major ou mesmo tenente-coronel… Enfim!... Chegaram a propor-me carreira de mercenário, mas coisas ilegais não são comigo, de modo que… Bem, com o fim de expurgar a minha frustração, apontara a dita cuja ao olho direito do Manel Afonso, outro dos milicianos lá da rua, o qual, diga-se!, nada tinha a ver com o meu sofrimento, muito pelo contrário, pois até era cabo bastante activo do meu pelotão, o equivalente, hoje, a um estafeta encarregado de percorrer toda a frente de batalha e reabastecer os incansáveis atiradores de munições. Acontece que naquela hora, ainda a quente, com a batalha já terminada e perdida, deu-me, dizia, ora vejam lá!, para apontar o temível ú ao olho direito do manel. Pegando nele, no ú, não no manel, estiquei o elástico, apontei e larguei. Tudo num ápice… Uma fracção de segundo depois, estava o manel aos gritos, aos rebolões, a clamar pela mãe, a dirigir-me impropérios, a apontar para a minha mão esquerda, que segurava a forcada, a mostrar-me os estragos. O caos! O olho, para além de sangrar, desorbitava desavergonhadamente… Nem queiram saber como eu me senti! Ainda pensei pegar numa corda, atá-la ao pescoço e dirigir-me à fábrica de projécteis mais próxima, mas como a ti Anunciação, mãe do ferido, já galgava a rua em dupla acção, a de socorro do filho e a de pôr de rastos a minha mãe, isto sempre com o fito de uma terceira, a de me pôr a unha em cima… Arre!... Malta, foram cá uns ralhos. A mãe do manel com a minha; a minha comigo. Até chegar o táxi que levou o meu amigo, que eu já não sabia se o era, para as urgências, foi um tal espingardar de língua… E eu a remorçar, palavra de honra!
Continuando: trazendo os pais do manel obras em casa, o pó era uma constante inelutável, por mais que os operários varressem ou aspirassem; os móveis, uns por cima dos outros, enfim, tudo de pantanas. Tratado o manel e chegados a casa, alcançam os olhos da ti Anunciação o que nas duas semanas que as obras levavam ainda não tinham alcançado. “ Isto é uma feira; está tudo de pernas p’ró ar; vocês são uns porcos… Pois, quem lhas pagou foram os pedreiros, ou melhor, o chefe destes, por sinal profissional de extrema competência. Este, filho de boa gente, logo se sente. Mais um dueto ralhístico. Omito aqui todo aquele arrazoado, a que à distância assisti, por facilmente imaginável ser e trabalho me poupar. O certo é que, chegado a casa, é a mulher que as sofre… Não, não lhe bate, não é desses o sr. Joaquim pedreiro, mas diz-lhe tantas e tão poucas acerca dos deliciosos – diz-se que a senhora confeccionava aquela manja como poucos… -carapauzitos, charamanecos aqui p’rá gente, jaquinzinhos para uma demografia mais vasta, fritos com arroz de tomate, que a dona Arminda pega na travessa e no tacho e espeta com tudo no balde dos porcos. Cena triste!
No dia seguinte, manhã cedo, era dia da diligente senhora servir em casa do dr. Sarmento, onde duas vezes por semana lavava e passava roupa a ferro. Havia anos que cumpria esta rotina.
Nesse mesmo dia, depois do almoço, mesmo antes de se dirigir ao posto médico onde exercia clínica geral, o dr. Sarmento nota que três dos seus estimados pólos Lacoste apresentavam apreciáveis queimadelas. Valentemente estorricados mesmo na área do crocodilo. Porra, logo aí!... Depressa inferiu que só o ferro poderia ser réu, melhor, a detentora da mão que manobrara o ferro… Não conseguira, o formalista dr., dominar a fúria insurgente, porém nada diria à empregada, pois em tantos anos de causa, nunca nada de semelhante acontecera. Era sempre um asseio. Mas as coisas são mesmo assim, não lhe permitindo a sua consciência descarregar na zelosa funcionária doméstica, ainda mais furioso ficou o aprumado doutor.
Acontece que, nessa mesma tarde, encontrando-me eu com valente diarreia, o que já vinha de há dois três dias, embora mais mitigadamente, daí a minha mãe não ter ido além de uns ralhos comigo, não me ter chegado a roupa ao pêlo “ontem”, aí vou eu com ela – ela comigo, que assim é que foi - ao médico… Quem me atende, quem? O dr. Sarmento, com certeza! Quer dizer, também era o único por lá, né?... De raciocínio absolutamente tolhido, o bom médico, que o era!, não obstante logo se ter apercebido da maleita que me afectava, prescreve-me medicação para a prisão de ventre.
E foi assim que eu acabei por passar, à guisa de pena de prisão por posse e uso de arma proibida, uma semana no hospital, a soro, iogurtes, e “papas não-sei-de-quê”. Todo aquele tempo, só pensei em figos… maduros.




Carlos Jesus Gil

48 comentários:

Flor disse...

...e eu aqui "aflitinha" c/ um trabalho acerca de imputabilidade/inimputabilidade!!!...Onde é que tu andas!!!lool

Tomas de alencar disse...

Qual "hemingway" a mostrar-nos imagens , numa narraçao...Parabens Carlitos...

Dexter disse...

Muito bom post.
Essa funda com fio de cobre, chama-se funda de grampos. Levei umas boas fundadas dessas nas pernas. Irra, essas é que doiam! Um abraço amigo!

Anónimo disse...

Concordo com o Tomas e o Dexter. Está aqui um grande post. Também me lembro dessas fundas.
Abraço a todos.

Dexter disse...

Relembrando a infância na Praia de Mira.
Subir a torre da igreja e abafar os badalos dos sinos com jornais e panos.
Apropriarmo-nos ilicitamente dos barcos e darmos umas voltas na barrinha no breu da noite. Tocar às campaínhas e fugir. Trocar os vasos das casas. Escorregar nas dunas em cima de estores ilicitamente emprestados de obras inacabadas. Ir namorar para a Varanda Verde. Tantas tantas...
Depois disso tudo, ir beber uns copos ao Patika. ue bons tempos esses que ng tinha ainda a carta de condução e rodávamos tudo de bicicleta (sem farolins).

Anónimo disse...

Eh Flor...estragava a minha vida toda!

Anónimo de cima disse...

Exuberante, este texto. Traz à memória deliciosos nacos de recordações intemporais... nostalgia... amor... saudade... Dás vida ao meu imaginário, do garoto de rua que fui (fomos), com este magnífico relato... Verdadeiras relíquias em que estas vivências se tornaram... Revejo-me a jogar ao "escalda" nas retretes da primária... a Cotinha ou a Maria do carmo a irem aos arames... lembro-me a rapaziada do Frei Gil...lembro-me dos convenientes buracos na parede de chapa do Miracine por onde espreitávamos "indecências carnais"... lembro-me tão bem dos ensaios de peças de teatro no Cinepraia... e dos ditos confrontos à pedrada (literalmente) ocorridos no pátio traseiro das escolas em que os cepos de cimento das bombas de água serviam de "trincheira"... E dos grampos! Sim!... as fundas e os grampos que tão dedicadamente providenciávamos... pacientemente... objectivamente!,... lembro das braçadas intermináveis naquela barrinha que adorávamos... na prancha, na boca da vala, na ilha... de rebolar molhados na terra para a seguir, num mergulho revitalizador, limpar o corpo... as tardadas a "asnear" na barragem... lembro pessoas... factos... brincadeiras... garreias... lembro-me das disputas futebolísticas, renhidas, levadas a cabo no "areal" onde hoje é o Coreto, a Praia representada em Norte, Centro, Sul e Vila Maria... foi Tão Bom!!!, tão bom ter sido Garoto...são mais que contos... mais que memórias... são Património...

Anónimo disse...

O anónimo de cima de cima... sou eu. O outro anónimo que está acima do anónimo de cima de cima, esse não sei quem é. Mas parece um bocado parvito... não deve ter mais nada para dizer.

Anónimo disse...

Eh Flor,florzinha. Queres ir lanchar comigo um dia destes?

Anónimo disse...

Eh Flor, esse aí de cima não sou eu. Eu não tou cá com lanches ;)

Anónimo disse...

O Viegas é fixe...o resto que sa lixe!

Unknown disse...

Tudo tem causas e efeitos. Não há geração espontânea. Texto excelente.

Tomas de alencar disse...

Parabens ao anonimo de cima ...essa sua vivência foi ...a de todos nós .. Companheiro...e realmente é nostalgico ...mas é o que temos de melhor , são essas memórias de infância ,foram lindos esses tempos que descreveu... e eu a pensar que voce nem era da praia... sendo assim ...

Um Abraço,Companheiro...

Flor disse...

Danou-se!!!Mas isto agora é 1 blog d´"encontros"?!?...
Brigada pelo convite p´lanchar Srº Anonimo, mas teria q m dar no minimo 3 boas razões p´aceitar...
Sabe, dp de ler as descrições d´alguns momentos d´infância,aqui deixados pelo Carlitos,Dexter e Anonimo de Cima...tou aqui a pensar...se calhar hoje,mmo sendo todos conhecidos na Praia, os Pais já ñ deixam os miúdos tão à "solta" p´poderem usufruir da "liberdade" aqui descrita por "medo" de tudo q se ouve e sabe!!!Realmente as crianças d´hoje já crescem a saber:"Não s dá confiança,nem se aceita nada de estranhos"...

Anónimo Zé,Darwin...por favor apareçam!!!

leitor disse...

Genial este texto Põe em nós uma grande carga de responsabilodade, pois tudo o que fazemos tem consequências que queremos, é óbvio, boas.
Isto não é um simples texto sobre brincadeiras e infância, é muito mais.

Flor disse...

Leitor,por acaso tb fui por aí..."Nexo de causalidade"!Detesto código Penal/civil!!!Tudo q tenha q ver c/ isso...Admiro Imenso quem os estudou/estuda e reconheço q é fascinante pq tudo "pode ser o q ñ é!";basta argumentar,dar a volta aos ditos códigos e ser Bom na defesa ou acusação!!!...Claro q aqui o Autor safa-se é menor de idade...inimputável por natureza,se é q já aprendi alguma coisa!
Desde q comecei a ser "obrigada" a ter conhecimentos desta natureza,comecei tb a "olhar" a Justiça doutra forma!Mmo os Juizes q tto condenamos por vezes em praça pública,eu própria o fiz/faço...pq eles têm q ser isentos e analisar as situações à luz dos "malditos" códigos com artigos infinitos q têm mto q se lhe diga, cm por exº desajustados à realidade e prática q correspondem,algumas vezes...
De fácil é q ñ tem nada!!!xiça...

Murganheira disse...

Já há tempos que sigo com curiosidade o Real Gana, e recentemente decidi intervir também; julgo que os meus disparates só poderão contribuir para um fim, o de realçar ainda mais a magnitude dos grandiosos escritos aqui revelados. Tenho lido, aos poucos a interessante obra que aqui se produz. E vou continuar a ler.
Este post, Causalidade, mais um exemplo da visão muito particular do autor, em muito me faz lembrar um outro - um aparte: tenho lido de forma aleatória e não sequencialmente, às vezes por um título que me pesca e outras pelo espantoso número de comentários, e só me ocorre que temos aqui representado muitos dos reais paradigmas da sociedade -, Efeito Dominó, que retem na sua essência muito do que este Causalidade nos transmite.
Pois claro que é como diz o Leitor... este ensaio é muito mais do que brincadeiras.
Sobre as brincadeiras em si, das quais o Gil brilhantemente se fez valer para exultar essa tremenda "lei Humana" que é a Causalidade, pois todos temos saudades dos tempos de "putos" por nós vividos na "Praia de Mira" em que cada um cresceu. Na minha terra é igual, e também lá, na minha "Praia de Mira", acontecia um dominó provocar a queda de outros dominós e mais à frente, no espaço e no tempo, esse primeiro dominó caia ele próprio, em resultado do movimento primeiro por ele despoletado... ou simplesmente continuado.
Parabéns ao "fórum".

loirinhaquenãoédeaveiro disse...

Leitor e murganheira, partilho da vossa interpretação ao brilhante texto. Também acho que as brincadeiras que o gil aqui lembra são apenas o suporte para oa que quer transmitir: a causalidade, que ele nem sequer omite, ao ostentá-la no título. Excelente texto e comentários.

Flor disse...

Aproveitar o tempo disponivel.ESTOU EM GREVE.
Murganheira pois faz mto bem em intervir...gostei mto do q escreveu.o efeito dominó!o q terá levado o Carlitos e os outros a fazerem as ditas "fisgas" e tá de montar 1 guerra?!Miúdos...Por acaso conheço um puto q perdeu a visão do olho dto por causa duma brincadeirita dessas!Voltamos à questão da qual nunca saimos e já aqui discutida tb...tava escrito?era o destino daquele miúdo perder a visão?!Pq ñ outro?!...
Murganheira,isto é o verdadeiro mistério,penso eu...Em q peça começa o dominó e em qual termina?!?Quem decide a ordem das ditas peças conforme vão "tombando"?!?
Tb já noutro post falei do "Efeito Borboleta" q me "encanta";a borboleta bate as asinhas aqui e causa uma tempestade do outro lado do mundo,cm pode ser possivel?!?...
A "Vida" é Engraçada!!!

anónino de baixo disse...

Oh Flor.
Está de greve em casa? Ou está de greve, no local de trabalho...a brincar aos Blogs?

Anónimo disse...

Eh Flor...era agora que está frio ;)

Flor disse...

GREVE;assegurar cuidados minimos...mas quem sabe ñ vai dar p´ficar em casa!!!Aliás c/ o sol q tá...passear...
Anónimo,bora lá...em principio vou ficar c/ a tarde livre...é q a conversa já tá ser demais...era não...seja agora...15.30h à porta do meu local de trabalho.Pegar ou Largar e acabar c/ as piadas aqui no blog.Bora lá...já q cm diz tá frio!!!...

Anubis disse...

A Flor é fixe...o resto que se lixe.
Ah...o Viegas também é!

Anónimo disse...

Eh Flor, pode ser às 16?

Anubis disse...

Eh Flor...
Se o anónimo fala barato n for, posso ir eu? Gostava de te conhecer.

Flor disse...

Apareçam todos às 16h...estejam à vontade...
Anubis, a si tenho q colocar uma condição;hoje estamos de greve...nada de trabalhinho,OK?!apareça se assim for...
Bem e agora tou no ir...

Anónimo disse...

Isto é Filosofia da grande. Posts destes, venham mais.

Anónimo disse...

O Efeito de Dominó já aqui foi brilhantemente abordado pelo Gil. Penso que é a esse post de há tempos que o Murganheira se refere. É só procurar no blog. Esse post quer mostrar-nos todo o encadeamento do mundo. Procuremos que encontramos. Há um espaço no blog que permite ver posts antigos.

Anónimo Zé disse...

Este Sr. Gil devia ser um corrécio levado da breca! Da "Guerra dos Figos", nunca tinha ouvido falar. Houve uma outra que metia o mesmo fruto, mas que foi travada entre o Barcelona e o Real Madrid, aqui há uns anos. Essa até meteu cabeças de porco e cestadas de pesetas. E será que David também usou as mesmas munições quando derrotou o gigante Golias? Seria interessante se as guerras se começassem a travar à figada ( e fisgada...), seriam autênticas guerras ecológicas, não acham? Já pensaram na quantidade de figueiras que se teriam de plantar para produzir armamento para equipar os exércitos do mundo inteiro? Aí estava a solução perfeita para tornarmos o planeta mais verde. Com a vantagem de os ferimentos dos guerreiros se limitarem a uns olhos à Belenenses, como diz o autor, uns galos na cabeça... ou umas esborrachadelas de figos maduros na tromba!

Anónimo disse...

Eh Flor isso é que tu lá estavas!!!???

Flor disse...

Estavas não...estou.É q isto de greves a "gozar" a vida é só p´alguns...Anónimo apareça, já q as pessoas gostam d´ajudar os outros e acham bem o voluntariado,tenho aqui mto por onde...
Cá p´mim foi ao sitio errado!!!...às 16h eu tava na porta; sou pessoa de palavra;já outros...

Anónimo Zé, gostei da ideia dos figos na "tromba" d´alguns...Abraço p´si

Anónimo disse...

Um texto eficaz no que toca a uma explicação de causalidade. Se fosses meu aluno tinhas nota máxima.

São disse...

Fiquei contente por te saber verde, rrss

Fica bem

Anónimo disse...

Eh Flor, já tá escuro...agora é que era ;)

Tomas de alencar disse...

Amiga , flôr , vais me perdoar ...mas até já esboço um sorriso com este teu admirador...lá persistente ele é.

Anónimo Farto do Outro Anónimo disse...

É anónimo que chateia a flor, já te auto-satisfazias, não?

Anónimo disse...

E com um texto que evoca brincadeiras e peripécias dás uma lição de como as coisas se mexem no cosmos.

Flor disse...

Tomás não tem hipótese,no jazzbar o dito anónimo não entra.

Era mmo agora,no escurinho...apanhava um bom saco de "gambuzinos",aproveite caro anónimo...olhe q mmo às escuras tava capaz de seguir a ideia do Anónimo Zé,e acho q acertava!!!

CARLOS JESUS GIL já apagavas alguns comentários,não?!?...

Graça disse...

Gostei muito do teu texto. [e dos comentários também :)]

Folgo em saber continuas teimoso no diferendo com a operadora :).


Um beijo e obrigada...

outroanónimo disse...

Belas brincadeiras essas. Tens razão, tudo está encadeado.

Anónimo disse...

Eh Flor...ui!

Anónimo disse...

Oh anónimo aí de cima. Tu deves ter as cuecas em polvorosa homem!!! Assega lá o facho, irra! Compra um tijolo de 7 e resolve-te!

Flor disse...

Olhe lá Sr Anónimo "engraçadinho",mas afinal d´onde é q me conhece p´usar o meu nome nos seus transtornos mentais?!?...
Este blog tem uns qs interessantes!Fala-se de Pesca,há quem leia homossexualidade...fala-se de causalidade, há quem pense q tá num site erótico...
Gosto de Homens com H grandddddeeeee,q ñ se escondem atrás da palavra anónimo.Qdo se voltar a dirigir à minha pessoa aqui no blog identifique-se,diga o q quer ou qual é o seu problema afinal?!?Pare é d´incomodar as pessoas q "usam" este Blog com finalidades "Maiores";agradeço.

Anónimo disse...

D. Flor, a finalidade maior é comentar os posts.

Homem com agá grande disse...

Eh Flor...e agora?

Anónimo disse...

LLLLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLL...anónimo aí de cima que agora é homem com agá grande.

Darwin disse...

Chega uma época em que nos damos conta de que tudo o que fazemos se transformará em lembrança um dia. É a maturidade.
Excelente texto e óptimos comentários. Claro que depois desta surpresa, ocorreu-me outros ícones da juventude de outrora.
O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas,lembram-se?)…
E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul.
Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', não existiam antigamente.
No meu tempo, se um gajo dava um malho nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse.
Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.
Éramos uma geração 'à rasca'. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro.
Confesso, sinto-me velho...
Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft.

Daniel Savio disse...

Cara, e no final tudo é conectado (moral da história, até um figo pode gera um castigo)...

Fique com Deus, menino Carlos Jesus Gil.
Um abrao.