terça-feira, 4 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…

O ALBINO IRRITA-SE

Ontem à noite, estava eu em casa a pinar, portanto a meter o pin no telemóvel, quando nisto toca o telefone fixo. Era o albino, notoriamente indignado, mais, verdadeiramente exasperado. Aqui fica um pequeno trecho que bem ilustra o sucedido:
“ Sim, quem fala?”, “ É o Albino “, “ Olá Albino, estás bom? “, “ O caraças, é que estou bom!... Mas o que é que é isso? Primeiro dás-me folga sem que eu t’a tenha pedido; depois convocas o amigo Alberto e eu que me … É pá, só me apetece dizer asneiras! Estou a ser preterido, é? “, “ Ó Albino…”, “ Não, pá, não me venhas com coisas. Acho que estás arrependido de me pores neste mundo… “, “ Ó Albino… “, “ É pá, deixa-me falar!... Ou desabafar, pronto. Se queres ver-te livre de mim, é fácil: bas-ta-di-ze-res-me, tá?, “ Ó Albino… “, “ Porra, deixa-me desabafar, pá! Tenho sido algum pária neste mundo, é? Não te compreendo, pá… É que desde o princípio do mundo que sinto ser apenas e tão só – e tão só, sim! – um enteado. Enchi, pá. Mais uma gota, e transbordo. “, “ Albino… “, “ Fala, pá. Se que falar, fala. Acabei. “, “ Albino, se tivesses tido um pouco mais de atenção, não só saberias que poisámos aqui ontem, sim, mas que quem o fez primeiro foi o Alberto. O nosso amigo escreveu um pequeno conto de Natal, penso que pelo facto de estarmos em Dezembro, deu-o a ler à esposa, que gostou, e resolveu dar-lhe luz. Apercebi-me que eles estavam cá, já o casal dialogava. Sabes bem que qualquer ente deste nosso mundo é autónomo ( será que é?... Bem, desta dúvida não lhe dei notícia ). Não sabes que podes entrar ou sair de cena quando bem entenderes? Entendidos? “, “……… Ok, pá. Desculpa. Estava um bocado irritado, mas já está a passar. “
E passou. Passou-lhe efectivamente a irritação. Tanto que sugeriu de imediato a realização de uma curta análise de um facto político na ordem do dia: “ Olha, achas que posso comentar …………………….”, “ Claro, força! Mas não dês seca!... Estava a brincar. “, “ Então aí vai: A Câmara Municipal de Lisboa deve muito; todas as câmaras municipais devem muito. Até aí… O caso, que o houve, é que António Costa, o seu presidente, faz tensão de pagar as dívidas o mais rápido possível. Deseja um saneamento financeiro da câmara (mas quem é que não?... Se às vezes – quase sempre – não se metessem em alhadas era bem melhor para todos.). Para tal, necessita no imediato de 500 milhões de euros, portanto de contrair um empréstimo naquele montante.
O executivo camarário aprovou; a Assembleia Municipal, de maioria PSD, recebeu indicação das cúpulas do partido para não viabilizar a contracção do empréstimo. Ora, António Costa, feroz tubarão de há bastante navegante nestas águas, não demora a dar a sua dentadinha de aviso mas já a fazer sangue. Caso a Assembleia Municipal inviabilize o empréstimo, haverá renúncia…
Bem, pediste que fosse breve, não me vou alongar. Temos que nem a Câmara de Lisboa vai cair – não me refiro à acepção literal do termo, que não sou nenhum astrólogo, e depois porque ninguém pode dizer que dessa água jamais beberá -, nem o PSD é tão peremptório como quis fazer passar. Não aprova o empréstimo dos 500 milhões, mas viabiliza um de 400 milhões. Opta pela abstenção, pois tá claro!
Eles têm cu, logo têm… “
E foi isto.

Carlos Jesus Gil
04/12/2007

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

Eles gastam é demais , isso sim.