sábado, 15 de dezembro de 2007

Será egoísmo? Pode até ser, porém...

SERÁ EGOÍSMO? PODE ATÉ SER, PORÉM…


Estou bem, se os meus – de quem eu sou também – estiverem bem.
É – será? – uma paradoxal espécie de egoísmo, esta que me empurra para a monitorização dos meus; preciso, vitalmente, de os ver bem: mãe, irmãos, sobrinhos, cunhada e cunhado, demais família. Ao pai, ao meu pai, que já não é tangível, desejo-lhe o Melhor, no Reino de Deus Nosso Senhor, Pai de Jesus Cristo e de todos nós. E o Melhor é a vida eterna naquele inefável Reino, vida plena de felicidade e saúde em todos os aspectos. Ao meu pai desejo-lhe isto, por ele, mas por mim também; e pelos meus. Mesmo aos simples (simples?) amigos é-me fundamental senti-los de bem com a Coisa Sagrada, é isso que quero também para todos eles e, se algum houver para quem não queira, quero, pelo menos, muito tal querer.
Como só assim me sinto bem, é por mim, basicamente, que quero tanto bem, o melhor, a outros. Sou, deste modo, levado a pensar que não passo de um vulgar egoísta, que ando longe do desejável altruísmo. Mas será mesmo assim? Ou não será que, tão simplesmente, o altruísmo, e mesmo o amor, não são mais – e chega – do que um doce egoísmo desprovido de estilhaços; um efectivo soldado da paz desarmado de matéria ofensiva, despojado de munições do desapego.
Em que é que ficamos?




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

Ficamos , que todos nòs temos um pouco desse iguismo bom.