quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

E o Alberto e o Albino também...

E O ALBERTO E O ALBINO TAMBÉM…


O EGOÍSMO NACIONALISTA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS


- Malta boa?...
- Sim, narrador.
- Chamaste, grande amigo?
- Chamei sim, Alberto. Quem me pode elucidar sobre um fenómeno humano, no âmbito das Relações Internacionais, designado corrente neo-realista?
- Possivelmente o Albino, não achas?
- Sim, também estava a pensar mais nele para esta tarefa, mas como tu és versado em tantas matérias…
- Sinto-me deveras lisonjeado! Sei de facto umas coisitas de muitas coisas, agora saber a sério…, isso só mesmo dos assuntos da minha área.
- Vá, não estejam com tergiversações. Eu posso discorrer um pouco sobre o tema. Ou estarás outra vez com tiques de menosprezo por mim?
- Ó homem, nunca te vi como ser menor. Aliás, em coisas várias até te considero bastante acima da média.
- Por exemplo…
- Como resmungão… Brincava. És um comparsa como poucos; uma pessoa com enorme sentido de humor e, sem dúvida alguma, um excelente analista político. É esta esfera que pretendo que roles aqui com grande frequência. Vamos à tarefa d’hoje?
- Na boa, pá. Vamos lá: ora, o neo-realismo nas Relações Internacionais é uma corrente doutrinária pessimista que vê os Estados como entidades egoístas, interesseiras, impossibilitando, com essa visão pessimista, uma verdadeira comunidade internacional.
- Ah! Compreendo. Será ela a responsável por esta des-União Europeia?
- Receio bem que sim. Puseste um dedo na ferida e carregaste com força. Não tenho dúvidas de maior quanto ao papel dominante desse pensamento político em todo este processo. Olha a relevância que dá ao Tratado de Lisboa o primeiro ministro britânico: anunciou hoje que não virá a Lisboa à cerimónia da sua assinatura. Não é que faça cá falta alguma, desde que delegue em alguém a responsabilidade da assinatura, mas é cá uma falta de consideração!... Enfim, é a marca desta União de Tratados feita e que com Tratados se arrasta.
- Talvez se existissem extra-terrestres e se eles fossem mais poderosos e mais bélicos e nos invadissem…
- Pois, talvez aí sim!
- Querem saber uma coisa?... Não discordo de vocês.




Carlos Jesus Gil
05/12/2007

4 comentários:

Anónimo disse...

Ó Gana, será que eles dão por nós aqui? vou deixar um isco para os Dignos, a ver...

raulus_brutus disse...

Gosto bastante da maneira como afloras os assuntos, infelizmente não concordo com a tua definição de neo-realismo.
O estatocentrismo das RI é mais identificável com o Realismo de Morgenthau e não com o Neo-realismo encabeçado por Waltz.
E tenho que chamar a atenção que pessimismo não pode ser confundida com Realismo, um Estado pode defender os seus interesses de forma suprema e isso significar esperança para muitos paises e povos.
terei todo o gosto em falar contigo sobre isto na companhia de uma Hoegarden um dia destes.
Bem haja

o que me vier à real gana disse...

Raul, como já tive oprtunidade de to dizer pessoalmente, a tua visita, por mais esporádica k seja, enriquece o blog.
Pois, se calhar até nem divergirão assim tanto qunto parece, as nossas opiniões acerca do tema supra. O que verdadeiramente defendo, neste sistema inevitavelmente globalizado, é a fundamental Interacção e Complementaridade -não existe alternativa, ninguém, nenhuma área do planeta é autosuficiente- levadas a cabo com o justo e não utópico sentido de cidadania universal.
É isso, com umas Hoegarden...

Tomas de alencar disse...

Bom , carlitos eles vao começar a aparecer, nao te disse?