sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fonte de Soberania

À guisa de homenagem à Implantação da República... hummm, já não se herda soberania!


FONTE DE SOBERANIA


Um olhar aturado sobre as acções e as reacções dos políticos mostra-nos o quão condicionadas estão as suas decisões, pelo comprometimento da sua condição futura.
Passa-se isto a nível do pequeno burgo, do burgo maior e do agregado destes. Aqui, por exemplo, um sem número de reuniões – formais e informais -, conversas de corredor, de restaurante, de café e, até, de hall de entrada…precedem a aprovação de uma simples –ou complicada…- directiva. É que, quem negoceia não objectiva o bem global, ou, ainda que este o mobilize, pensa sempre, primeiramente, no do seu país, isto é, no seu, no seu particularíssimo bem, pois se a nação que lhe delegou poderes sair a perder, ele, negociador (qual mercador/feirante regateando o melhor preço!, gorando, todavia, as expectativas que viajaram consigo…), vai, sabemo-lo, sofrer tácito castigo – que os outros, os que delegam, também o hão-de sofrer, a seu tempo, claro. A não ser que… É que isto dos que delegam tem muito que se lhe diga; ele há aqui outros recursos, variadas ferramentas, de modo que não é limpinho recorrer em casos tais a pura extrapolação. Quem desconhece que, pelo menos a partir de determinado timing, não há decisão governamental que não careça de prévia inquirição (vulgo sondagem)? Atentos, sempre atentos aos números que o quarto (quarto!?, vejamos se não é o primeiro, vejamos!) poder se encarrega de, regularmente, lançar à liça. No pequeno burgo só a escala muda, o resto… tem o mesmo cheiro.
Todos temem o futuro (claro, quem é que não!... a ditadura do futuro tem governado o mundo do homem em todas as suas dimensões. À guisa de um “ estás perdoada”, clamemos: não és a única, política, a submeteres-te à ignóbil ditadura, bem te compreendemos!) da sua figura e da dos seus.
Ora, mas quem atemoriza assim tanto os nobres políticos? O povo, com certeza! Esse colectivo tirânico, despótica horda de… pagadores: de estradas, luz das ruas, de escolas, dos hospitais, dos tribunais, dos edifícios ministeriais, dos automóveis dos tais, do seu belo (isso é relativo, e subjectivo e… é é, vem cá com essa que vais de …, vais a pé, a pé é que tu vais, se me vens com ingenuidades.) modo de vida, e de outras, muitas outras coisas que tais.
Só o Soberano (o Verdadeiro) parece desconhecer a sua condição. É pena!
Eiii!, anarquista não sou; niilista também não. Reconheço a necessidade de delegados, nossos. “Não pode ser tudo ao monte e fé em Deus”, eu sei!... Porém…




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

Nao homenageio, porque sou Monarquico.