segunda-feira, 28 de outubro de 2013

" Vitória " Pírrica

O texto que segue é uma repostagem. Faço-o porque é pertinente: ainda que se vislumbre já algum crescimento - nano, micro, médio ou... mesmo macro (???) -, para tal não vale tudo. Gaspar, "o obstinado", talvez se tenha consciencializado disso, perdendo assim nobelmente o cognome, daí o "fora"; Maria Luís Albuquerque, essa não!, essa teima na folha de exel, alheia à rua; e parece que também para o sr. Primeiro ministro, as pessoas continuam a ser meros números. Caramba, mostrem mesmo vontade de renegociar, com a Troika, prazos e juros; trabalhem a sério as rendas excessivas, revejam eficazmente as parcerias publico-privadas em benefício do bem-comum. Vão ver, não necessitarão destes cortes tão crus, cegos e cruéis, e a dívida, que não somos caloteiros, será paga! Nota: com estas políticas, que visam crescer com base num saldo positivo na balança comercial, mas com este baseado num empobrecimento da população, pois importamos menos porque não temos dinheiro para mais - e muito de essencial fica por importar. Não esqueçamos que também importamos menos bens de equipamento! -, ao mesmo tempo que se exporta mais por via de uma competitividade salarial, duvido bué do propalado crescimento, pelo menos de forma sustentável. O Texto: “ VITÓRIA “ PÍRRICA Austeridade, austeridade, austeridade… E não há meio! O problema persiste, teima que nem o mais acintoso dos birrentos. Subsiste porque eles esquecem a vital necessidade: Interação e Complementaridade, com equidade e em toda a geografia. A única via para um crescimento harmónico e sustentável, a rota capaz de levar a um crescimento positivo, condição sine qua non para o efectivo desenvolvimento. Referia-me ao orbe, aludo agora à nossa realidade. Vítor Gaspar, putativo guru da Economia e das Finanças, não passa, a meu ver, de um mero técnico de gabinete absolutamente alheado da realidade, com fobia ao campo. Como diz Sandro Mendonça, professor de Economia no ISCTE, um economista de folha de cálculo, fiel seguidor da econometria. Pensamento na linha do que um dia defendera Keynes, ao afirmar que um economista que apenas saiba de Economia jamais será um bom economista. Técnico idóneo é aquele que, nunca abdicando da secretária, não se exime de recorrentes idas ao terreno. A Escola Monetarista de Chicago – neoliberalismo puro e duro – eiva-lhe a mnemónica. Como Milton Friedman, cultiva números, estatísticas, calculadoras; esquece as pessoas; defende uma sociedade individualista, da Lei do mais forte, não mostrando consciência de que as pessoas não nascem todas com iguais capacidades, com as mesmas forças. Para que servirá o Estado senão para colmatar estas “falhas”? A Aldeia nunca será, em verdade, global se forem negligenciados aqueles pressupostos. Desconchavo, pensar-se o contrário, negar o impreterível! Já viram alguma equipa de futebol jogar apenas com avançados? Não há muito, quando toda a geografia era local, compreendia-se melhor isto de que falo. Ainda que os trilhos que, obstinadamente, eles pisam nos possibilitem a chegada ao desejado porto, e tudo aponta precisamente para o oposto; ainda que a teimosia deles nos levasse à vitória, esta teria o amargo sabor de uma “vitória” pírrica… diria mesmo de uma não vitória. Pirro, enorme guerreiro de Épiro – Grécia – nos tempos antes de Cristo, conseguiu a enorme proeza de derrotar o poderosíssimo exército romano. Porém, para tal, Pirro perdera todo o seu exército… Terá valido a pena?

8 comentários:

Pensador disse...

A austeridade já toda a gente sabe o que é (menos o governo), e não convém, de modo algum, incomodar os governantes com perguntas dúbias.
Vejamos, por exemplo, o seguinte dado: é sabido que o défice público comunicado pelas Finanças ao Instituto Nacional de Estatística no final de Setembro, quantificado em 5,5% do produto interno bruto, não inclui os 700 milhões de euros despendidos na "ajuda" ao Banif. Perante isto, a resposta é sintomática e preocupante, versa exclusivamente sobre o incumprimento da meta acordada com a troika. Não há, uma única palavra sobre o facto de o Estado continuar a entregar de bandeja os dinheiros públicos a meia dúzia de sátrapas bancários, cuja gestão obedece a critérios estranhos ao normal funcionamento da economia. Não há, pois, ninguém, com relevo, vá, que questione na praça pública o porquê de a banca continuar a ser bafejada pelos ventos quentes de um Estado absolutamente desrespeitador da propriedade privada. Portanto, o conselho que vos dou é que abram, o quanto antes, um banco. Se precisarem de ajuda, recorram aos Rendeiros e aos Oliveiras e Costa. Eles acederão sem demora.
Algo tem de mudar neste país, e o partido que mais necessita de tais mudanças, e no qual elas são mais esperadas, é o PS. Mas isso não se faz apenas com iniciativas do tipo Novas Fronteiras, ou com uma qualquer Convenção onde abundem os pretendentes ao poder a que já cheira. Exige a preparação, a amplitude e a profundidade dos Estados Gerais de António Guterres. E exige garantias de as suas conclusões serem tomadas em conta. Aliás, a primeira coisa que o PS devia fazer era ver essas conclusões e verificar o que delas fez ou não fez, no que se lhes mantém ou não mantém fiel...

Anónimo disse...

De facto é necessário que o PS acorde e saia desse estado letárgico em que se conforma, como quem espera que seja a tempestade a trazer-lhe a bonança.
O socialismo da "igualdade de oportunidades para todos" não tem de ceder a pressões capitalistas e adaptar-se à chamada "realidade" para manter um espaço na sociedade, nem renegar a sua génese ideológica.

Anónimo disse...

Concordo com vocês, pensador e anónimo de cima.

Anónimo disse...

Nao pode valer tudo!

Luciene Rroques disse...

Tenha um excelente final de ano.
Um grande abraço!

Táxi Pluvioso disse...

Venho desejar um BOM NATAL (embora o blog esteja parado, ninguém para a ceia).

Táxi Pluvioso disse...

UM FELIZ ANO NOVO.

Sérgio de Oliveira disse...

Bom ano !

(excepto ...)


Abraço

Sérgio de Oliveira