terça-feira, 29 de maio de 2012

CONSELHO DE REDAÇÃO DO PÚBLICO DEMITE-SE

“ O Conselho de Redação do Público - que denunciou alegadas pressões de Miguel Relvas sobre o jornal - demitiu-se, não especificando os motivos da decisão. “ Noticia a TSF. Como já antevira no post anterior, quando o mar bate na rocha quem se lixa é o mexilhão… Ele foi o adjunto de Relvas, ele é o conselho de redação do Público, que não recebe apoio inequívoco do sr. seu patrão, leia-se Belmiro de Azevedo, bem como dos demais responsáveis pelo diário!... Perguntava antes, pergunto agora: por que será tão difícil à administração do jornal pugnar pelos seus, procurar a verdade, sim!, mas sempre apoiando o trabalho honesto dos seus?... Estranho, não?!

14 comentários:

Pensador disse...

Ora bem, tudo começa nas Secretas e na sua verdadeira essência . Servem a defesa do País ou servem os interesses de particulares e dos membros do Governo e seus Partidos? Nesta questão foi exigido a presença de Relvas no Parlamento para esclarecimentos e este , no decorrer desses mesmos esclarecimentos , espalhou-se ao comprido. Espalhou-se afirmando de que as únicas mensagens recebidas no seu telemóvel diziam respeito a um Clipping acerca de umas viagens do Presidente Bush ao estrangeiro, (mais um ministro que confunde a comunicação política com os titulos da revista Lux). Ora , é aqui que a jornalista do Público entra , e tratou de investigar as viagens da criatura . Nessa investigação conclui que a ultima vez que Bush viajou para o estrangeiro foi , pasme-se , em 2007.
Aqui duas questões se colocam . Primeira questão , a ser verdade o que Relvas afirmou em comissão de audição , quem era Relvas em 2007 para ter acesso a Clippings das Secretas (GRAVÍSSIMO)? Segunda questão que está directamente ligada à primeira . O que Relvas disse acerca do Clipping é mentira e este mentiu (GRAVÍSSIMO)em audição parlamentar? Estas eram as grandes questões a que Relvas pretendia fugir e evitar . Ao serem colocadas estas questões , iria sempre dar ao mesmo : Relvas tinha que se demitir.
Era isto que o Conselho de Redacção considerava que havia matéria relevante que justificava a sua publicação, e a Direcção do jornal não.
Solução: Começa a imolação dos voluntários, lá se vai o Conselho de Redacção e para salvar o pescoço do leader da seita, lá se vai o autor do livro, Nascido para Triunfar . Mais uma nuvem de poeira para os olhos dos Portugueses.
O demissionário em questão , pelos inestimáveis serviços à causa Laranja (a principal “qualidade” destes “democratas” de pacotilha é saberem recompensar os favores) deve ter garantido um tacho confotável e bem pago, o problema está resolvido; aliás com todo o mérito, pois o trabalho “jornalístico” por ele desenvolvido, durante a vigência do Governo Socialista, foi, a todos os títulos, notável e exemplar, nomeadamente no que concerne à manipulação torpe da opinião pública portuguesa.

Anónimo disse...

Quem alimenta víboras ao peito, acaba por ser mordido por elas.

Anónimo disse...

Adelino Cunha, você é o elo mais fraco! Adeus!

Anónimo disse...

Miguel Relvas devia seguir o exemplo e demitir-se também. Seja honesto!

Darwin disse...

Desde que a comunicação social passou a ser gerida por grandes grupos económicos, a ética e a deontologia da coisa foi-se, manda quem pode. No caso vertente manda o Belmiro, que não quer criar problemas ao governo que ajudou a chegar ao poder.
Neste contexto se entenderá que a matéria noticiosa, que terá levado Relvas a ameaçar a jornalista do Público, foi considerada sem interesse jornalístico por parte da direcção do mesmo.
Agora o Conselho de Redacção demite-se. Boa.
Uns dias antes, tinha sido mais um "carneiro" sacrificado, no altar da demagogia e da vergonha. Brilhante, sacrifica-se o adjunto para tentar salvar o chefe, tapa-se o sol com a peneira, na tentativa de mandar areia para os olhos dos Portugueses. O adjunto do ministro não age por si próprio, tem um responsável político, e esse responsável político é o ministro Miguel Relvas. A demissão de Adelino Cunha revela que Relvas não disse a verdade quando foi ouvido no Parlamento. Por isso a situação do senhor ministro é verdadeiramente insustentável, todo este processo é um desrespeito pelo Parlamento, pelos cidadãos e pela democracia.
O que irá dizer a ERC sobre tudo isto?...onde Relvas diz que foi ele que se sentiu pressionado. De presumível autor passou a pretensa vítima. A criatividade dos demagogos é isuplantável.

Embora toda esta situação se esteja a tornar estranha, a verdade é que estamos perante um caso que não pode ser apenas mais um episódio mediático que passará com o tempo. É simples: se Miguel Relvas faz isto junto de um órgão de comunicação social sobre o qual não tem qualquer poder, imagine-se o que fará com a rádio e televisão pública que tutela. Não precisamos de imaginar. Sabemos o que fez no caso de Pedro Rosa Mendes.
Agora, entre Relvas e o "Público" não tenho dúvidas em quem acreditar. Demita-se sr. Ministro!!

Anónimo disse...

Eu não consigo acreditar no que se passa.
Primeiro, temos uma tentativa de acto de censura por parte de um ministro a uma jornalista.
Segundo, temos um encobrimento da direção do jornal para tentar impedir consequências nefastas para o jornal.
Terceiro, temos um conselho de redação que se demite em protesto (por não ter condições) e que consegue assim deixar o censurador vencer, para quem não percebeu, considero o censurador o ministro Miguel Relvas.
Realmente o país caminha facilmente para uma ditadura dos tempos modernos. Uma democracia em que o que não dá jeito, não se deve ouvir e esperemos que a população aceite.

É verdade, comentador Darwin. Cito aqui algumas palavras, ditas por Pedro Rosa Mendes no espaço de opinião "Este Tempo" na RDP:

"Portugal tem uma cultura mesquinha, que quase sempre não há ninguém que diga aquilo que todos sabem, mas que todos devem calar. Uma terra onde, finalmente, se instalou o medo e uma noção puramente alimentar da dignidade individual. Traduza-se: ‘está caladinho, para guardares o trabalhinho’.”

A verdade é um veneno.

xistosa, josé torres disse...

Não me quero alongar muito.
Portugal tem uma cultura democrática enraizada no antigamente e com umas pinceladas de modernidade.
Mas tudo isto, apesar de curto, não entra na cabeçorra de um qualquer corta-relvas...

Anónimo disse...

Receita:
Como se faz um adjunto de ministro...

- 1 dose de falta de carácter
- 1 dose de ganância
- 1 dose de mentira
- Euros qb
- 1 pitada de m. e. r. d. a

Nota: Não exagerar na m. e. r. d. a, senão sai ministro!...

Anónimo disse...

o Adelino Cunha e o conselho de redação do Público são o elo mais fraco. Ai tão ditadores.

Darwin disse...

Depois de Ricardo Costa e Balsemão se manifestarem da devassa da sua vida privada, de que foram alvo, também Miguel Sousa Tavares diz que há um "cheiro bafiento a PIDE" no país. O comentador garante que também há um relatório feito sobre a sua vida pessoal.

Quem pede estes relatórios?

O mais grave é que o Governo está a tentar apagar tudo isto, como se não se tivesse passado nada, utilizando argumentos patéticos.

Isto está uma pouca-vergonha, Faz-me lembrar os tempos da PIDE-DGS.

Pensador disse...

O que o Governo está a fazer, é desmontar os acontecimentos para os desvalorizar. Isto é brincar com as pessoas.
É óbvio que neste país ninguém acreditará que a jornalista tem a imaginação criativa para inventar acusações tão graves, e os responsáveis do Público são idiotas? Algo se passou, todos sabemos o que foi e a esta hora já Miguel Relvas devia estar fora do governo.
Ninguém imagina o ex-agente secreto a escrever a Miguel Relvas um sms do tipo: “Ói, sou ex-agente secreto, lembra-se de mim? Conheci-o no aniversário da Tatá. Como deve estar a formar o governo, não se esqueça que estou interessado num lugarzito porreiro à sua escolha. Fico a aguardar a confirmação. Abraço e bjs à Tatá”.
Mas fiquei a saber que o Relvas é um gajo porreiro, pois só a um gajo porreiro é que um ex-agente secreto e alto quadro de uma Ongoing, se lembrava de mandar os clippings de imprensa. E só um gajo porreiro, é que dá o número do telemóvel a outro gajo que mal conhece e só viu algumas vezes.
O ex-espião, para demonstrar que também é um gajo porreiro, começa a mostrar serviço ao chefe e vai daí descobrir os “vícios privados” dos seus inimigos e de todos aqueles que se lhe atravessassem no caminho. Ambicioso, o nosso homem, volta então a prestar os servicinhos que conhece melhor – toupeiras, espiões, relatórios sobre as vidas públicas e privadas deste e daquele, clippings, e sabe-se lá que mais.
O nosso homem no fundo é um eterno “servidor”… gosta de ser útil a quem serve para também ele próprio se servir.
Quando o nosso homem começar a falar, conheceremos, seguramente, outros lados da história.

Darwin disse...

A promiscuidade entre interesses privados e económicos e assuntos de Estado, fica de tal forma evidente que é impossível não perguntar se o Governo deste país é a sério ou apenas uma extensão de outros poderes. Como se pode aceitar que um quadro de uma empresa privada, com fortes ambições de poder, que foi desenvolvendo com a extensão de múltiplos tentáculos, na maçonaria ou nos media, possa ser o conselheiro do Governo em matérias tão sensíveis? Um quadro que, aliás, tinha abandonado pouco antes os Serviços Secretos em circunstâncias pouco claras para ir integrar um grupo privado, onde deveria também fazer trabalho de espião, sabe-se lá para quem mais, além dos patrões do momento.
E o Relvas, que faz? Finge que nega, mas não nega e cala-se bem caladinho à espera que passe.

O Grande Relvas não pára. Nada o detém. Esta semana demonstrou todas as suas capacidades, para quem algum dia delas duvidou. Fez uma visita ao local de estágio da Seleção, para a afogar no seu frenético palavreado de português futebolístico, com uma habilidade ronáldica, para tentar fazer esquecer o que se passou nas ultimas semanas, com um afã que deixa qualquer um sem palavras.

O que pensa o Presidente da República de um ministro dos assuntos parlamentares que conhece?

Cavaco diz que está convencido de que tudo acabará por se esclarecer, e de forma transparente, claro, mas sobre a situação em si, nem uma palavra…aliás nota-se o incómodo de ter de falar do amigo Relvas, em particular depois de alguns outros dos seus mais directos amigos, como o antigo líder parlamentar do PSD cavaquista Duarte Lima, o secretário de estado dos assuntos fiscais dos seus governos Oliveira e Costa, e o conselheiro de estado por si nomeado Dias Loureiro, terem caído nas malhas da justiça.

Quais vão ser as conclusões da ERC?

Penso que qualquer cidadão deste país já sabe o que vai acontecer: «Bla, bla, bla, não se provou nada». A ERC, como todos os reguladores do que quer que seja em Portugal, para além de serem instituições muito vantajosas para quem nelas trabalha, não passam de unidades fabris da principal produção do Estado português, águas de bacalhau. Até é pena que o odor desta água não permita que possa concorrer com a Perrier, senão é que o ministro da Economia propunha a criação de uma multinacional portuguesa de distribuição de águas de bacalhau.

oquemevierarealgana disse...

Viva, pessoal!

Como sempre, excelentes, do melhor, comentários dos amigos Darwin e Pensador.
Fantásticos e pertinentes tb os comentários de todos os anónimos.
Cumprimentos a todos

indignado disse...

O PS vai obrigar, e muito bem, potestativamente, o ministro Miguel Relvas a ir à comissão de ética falar (talvez mentir) mais um bocadito do caso. Honesto seria que não fosse lá por esta via, mas de livre vontade. O PSD não quis.