sexta-feira, 23 de abril de 2010

Livros

Repostagem

No Dia Mundial do Livro:




LIVROS


Gosto de os ter; todos os bons livros quero adquirir. Sou um comprador compulsivo de livros. Hei-de ter biblioteca ou bibliotecas pejadas de livros do chão ao tecto; só dispensarei espaço para a luz, muita luz – terei, forçosamente, que recorrer a um Siza – e, obviamente, para um centro amplo com mesas q. b. e cadeiras em proporção. Isto porque os não quero só para mim…
Livros…, dão-me remorsos os que ainda não li embora os possua já!... Gosto de os tocar, de os ler, de os cheirar, de os reler.
Aprende-se tudo na relação de complementaridade existente entre os livros e a experiência. Num bom romance, por exemplo, podemos: aprender História, absorver Filosofia, compreender políticas e politiquices, entender de um modo simples um complicado fenómeno natural – que o cientista, porque o experiencia e vive, percebe na plenitude mas não explica cristalinamente, por natural incapacidade -, entender o mundo económico e social, cheirar e ver em estranha realidade os cenários (ao ler um romance encontro-me num cinema…, sou director de fotografia, sou o homem do som, sou o realizador e, se for do meu agrado, até sou o protagonista…), enfim, um bom romance inocula doses cavalares de estoicismo, sopra auras antidesalento.
Livros, gosto dos velhos e dos novos, de todos os que entretêm ou acrescentam… Gosto de os ler, reler – a alguns de re-reler -, de os dar a ler, de os discutir; gosto de os usar, porém nunca mas nunca de os estragar (não é sujo o sujo do uso; é de exaltar a perda de elegância física de um livro quando a mesma se deve à sublime função para que foi concebido - que estar direitinho na estante é desdenhá-lo -, agora estropiá-los…, estropiar livros?! Fico furibundo quando me deparo com tal!).
Livros: unidades fabris onde operam palavras; cidades de palavras; espaços de lazer para palavras – que os compartilham simbioticamente com os humanos -; parques desportivos para palavras; por vezes, maternidades para palavras.
Livros: palavras, imagens – que todas as palavras projectam imagens -, emoções…Vida!




Carlos Jesus Gil

16 comentários:

Daniel Savio disse...

Tenho um prazer parecido com os quadrinhos, de abrir uma nova história, uma nova pagina que dá forma as alegrias, as tritezas e por ai vai...

Fique com Deus, menino Carlos Jesus Gil.
Um abraço.

Flor disse...

Pena serem tão caros!!!
Já pensei ser "Maluca", quando me devolviam livros que tinha emprestado com as capas estragadas, folhas dobradas, mal tratados...confesso que ainda hoje me deixa doente!!!Palermices, já li o livro, emprestei...mas não consigo e se assim acontece a minha opção é -ofereço-te o livro, fica com ele...Como não gosto que estraguem os meus, quando me emprestam um livro eu tenho muito cuidado, stress mesmo...O "cheiro"...a beleza das Encadernações...
Depois de muito me massacrar, lá decidi ir à feira do livro da escolinha da Ana Francisca (afilhada), de pequenino...nisso parece sair à Madrinha adora livros, não estando eu habituada fiquei "pasmada" com o preço dos mesmos para crianças...meia dúzia de folhas e 10/15 euros.Todos os dias nos chega que a leitura é importante, eu concordo, agora acredito que maior parte das pessoas não tenha dinheiro para isso...eu própria não tenho para todos os livros que quero!!!Existem as bibliotecas, ok, mas não dão resposta suficiente...
Já agora, para os que gostam de livros, quando passarem pelo Porto visitem a Livraria Lello, faz parte do Roteiro Turístico da cidade pela sua antiguidade e conservação da mesma...há sítios que palavras não descrevem, visitem...eu já passo pela porta de olhos fechados...para não me "perder"...e ainda assim "perco-me" lá tantas vezes...

P.S. Não esquecendo os outros, tenho saudades de ler os textos do Anónimo Zé...

Anónimo disse...

Livros, finalmente...

Uma paixão de adolescente...
Não passa, cresce a cada dia e perdura...Já meus companheiros de muitos anos, esse amor..
Perco-me a ler, absatraio-me
de tudo e todos, dá-me tudo, alegria, tristeza, lugares, épocas, personagens, viveres...
Lei-o vivo e sinto...
Continuarei sempre a enriquecer-me
com estes amigos, sempre fieis...

Táxi Pluvioso disse...

Eu também fui assim, depois compreendi que, negócio por negócio, o vodka ocupa menos espaço. :-))) bfds

Táxi Pluvioso disse...

Será isto que chamam Alvalade 21?

Tomas de alencar disse...

Não é , Táxi Pluvioso (!!)mas se fosse,até no "fim" seria imponente/grandioso....

Tomas de alencar disse...

Então "Vida" agora és anónima (??)....não te esqueças do meu livro...BJS...


Um abraço companheiros...
Até breve...

vida disse...

Olá a todos!


Os livros nunca os esqueço...

Levo-os sempre comigo para todo lado. Até ao oásis...

Lembras-te? Deixei-e um...

Duas coisas iportantes na minha vida...Livros e mais alguem...

Tomás, jamais esquecerei...

Anónimo disse...

Viva a Vida e o Tomás, viva o amor e a procriação.

vida disse...

Olá.

Como te prometi,o livro foi colocado hoje no correio.

O ZHAIR de Paulo Coelho.
Uma obra fascinante, linda...

Um livro muito rico, em emoções,em locais, em sentimentos...

Todos nós temos o nosso ZHAIR, eu econtrei o meu...

Nem um oceano pelo meio ...

Anónimo, tem razão...

O AMOR é lindo... Tomás

Tomás eu

raulus_brutus disse...

Livros são a forma mais honesta de viver a exprência e imaginação dos outros...ou não!

loirinhaquenãoédeaveiro disse...

Lindo texto. Adoro livros. Tenho muitos, grande parte ainda não li mesmo assim sempre que gosto e posso compro. Agora esta molhada de fotocópias que tenho aqui para os exames, arre!
Livros em papel, sempre

Tomas de alencar disse...

Olá Rapazes:

Ainda ....repousando...e reflectindo.


A vida tem momentos fod....(desculpem a insinuação ,mas não há malhor termo...) Mas tambem tem outros , em que "Fantásticos " , será o adjectivo menor....

Ok, "Vida"....Obrigado...bjs


Um Abraço companheiros...

Darwin disse...

À páginas tantas do livro matemático, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base uma figura ímpar; olhos rombóides, boca trapezóide, corpo rectangular, seios esferóides.
Fez da sua uma vida paralela à dela até que se encontraram no infinito.

“Quem és tu?”, indagou ele em ânsia radical. “Sou a soma do quadrado dos catetos. Mas pode-me chamar Hipotenusa.”
E de se falarem descobriram que eram primos entre si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação traçada ao sabor do momento e da paixão, com rectas, curvas, círculos e linhas sinodais nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do Universo Finito.

Nunca consigo exprimir convenientemente o prazer e a paixão que tenho pela leitura. Gosto de ler, gosto de livros, só isso!...

atento disse...

Amigo Darwin, com amizade lhe digo que a soma dos quadrados dos catetos não é o mesmo que hipotenusa.

DanyOctrome disse...

Tenho de concordar!

Sim, um livro é isso e muito mais! Um livro é a presença física da sabedoria, da diversão, da idiotice, de tudo...

O livro é algo que pode ser passado de geração em geração, de amigo para amigo, de chefe para empregado, de professor para aluno (e de aluno para professor),...

Gostei muito do post.

Do seu seguidor,
DanyOctrome

Ps:Não deixe de visitar o meu blog aqui