sábado, 21 de junho de 2008

Criançar/Adultar

Repostagem


CRIANÇAR/ADULTAR


Gosto tanto das pessoas que demoram em ser crianças...!; vejo nobreza ímpar naquelas que precocemente se tornam adultas. Gosto dessas ainda mais!




Carlos Jesus Gil

22 comentários:

Anónimo disse...

Bonito!

Anónimo disse...

O que eu dava para ser criança mesmo com os meus quarenta anos.
ainda hoje pago facturas por ter a mania de ser adulto!

Anónimo disse...

Quem não deseja, pelo menos uma vez na vida, de ser como o Peter Pan?!!!!

Zíngaro disse...

Boa, Masso! Ao que parece, haverá (?) uma reversão, já na fase da velhice, que nos faz voltar a ser como crianças. Portanto, seguindo a tua ordem de idéias e atendendo ao trocadilho, deduzo que não aprecias que as pessoas envelheçam ao ponto de voltar a ser crianças. Quanto à maturidade precoce que cada vez se vê com mais frequência, creio não ser mais do que um excesso de liberdade ou mesmo libertinagem facultada pelos encarregados de educação/pais. Vi nas notícias da TV que 17 alunas (15/16 anos) de uma escola nos EUA combinaram engravidar ao mesmo tempo porque achavam engraçado ou para serem solidárias com uma outra que engravidou acidentalmente. Isto quer dizer o quê? Precocidade? Não!!! imaturidade? Talvez!!! Irresponsabilidade? Sim.!!! Boa noite para a Maria_Praia.

o que me vier à real gana disse...

Masso zíngaro, o que eu quis dizer é, ao contrário, que aprecio muito aquelas pessoas que conseguem manter sempre umas saudáveis características de meninice. è foemidável! Depois, também ao contrário, o que eu quis foi dar o testemunho do meu apreço, ainda maior, por aquelas crianças que, por infortúnios da vida, são forçadas a tornarem-se adultas precocemente. Tá, ganda masso?

Zíngaro disse...

Nesse caso, retiro o que disse e mais tarde desenvolvo.

CPM Mira disse...

Amigo Gil,
Gostei do post mas apreceiei mais ainda a tua explicação às 2h35m. De facto, adultos com comportamentos de criança só aprecio quando esses adultos estão num parque infantil ou na EuroDisney. Aí sim, qualquer um de nós tem mesmo a obrigação de voltar a sentir-se criança feliz ao andar em qualquer montanha russa.
Quanto ás crianças que se tornam adultas e os adultos que se tornam crianças, lembro-me sempre dos tristes episódios de regulação do poder paternal a que por imposição profissional vou assistindo e em que são os paizinhos que fazem as birras (porque não se souberam relacionar como casal e mostram que não sabem ser pais) e são as crianças que muitas vezes nos aparecem procupadas com os próprios pais e nos pedem ajuda, não para elas mas para os progenitores. Porque elas sim, ao contrário dos seus progenitores, se preocupam em não os fazer sofrer, e quantas vezes sofrem elas em silêncio porque os pais não são capazes sequer de se comportar.
Não imaginam quão triste é ver os rostos envelhecidos dessas crianças que desde tenra idade assistem a cenas lamentáveis em casa. Elas que não pediram para vir e em vez de serem o centro do carinho e da afeição da família se sentem divididas entre dois adultos birrentos que disputam a sua posse, como se as crianças fossem um brinquedo.
Lembro a todos, a título de exemplo, o triste e mediático caso da pequena Esmeralda. Não seria bem melhor que, a seu bem, pais biológicos e afectivos se entendessem de uma vez e se dedicassem à criança, em vez de a tentarem dividir?
Faz-me sempre lembrar um dia em que eu tinha uma boneca nancy, e tanto eu como a minha prima a disputavamos. Resultado, de tanto a puxarmos, uma ficou com a cabeça e a outra com o corpo da boneca.
Mas aí eramos crianças, e tudo nos era perdoado.
Como é óbvio, não poderia hoje estar mais de acordo contigo.

Anónimo disse...

As crianças são a melhor coisa que ainda existe neste mundo. Há que preservá-las, acarinhá-las, cuidar muito bem delas e acima de tudo protegê-las da selva que é o mundo de hoje. Só tenho pena do meu filho não poder viver a tranquilidade com que eu vivi a minha infância, poder saír à rua sem medo de ser raptado, ir jogar ao berlinde em vez de ficar no computador. Vou tentar dar-lhe essa educação, mas inevitavelmente a tecnologia acaba por se apoderar deles. Assumo que em culpa nós pais tb temos culpa. Enfim...são os progressos naturais da humanidade aos quais por vezes não conseguimos ficar indiferentes.

Anónimo disse...

Sandra, concordo com tudo. Acho que se explicou muito bem.

Anónimo disse...

meu favorito!:) só possível a 1 espírito elevado: pela simplicidd c k é escrito, pela leveza da expressão, mas sbtd pela nobreza do conteúdo. 3 características k, qdo aliadas, surtem os teus melhores textos e fazem d ti 1 gde escritor! :)

1 verdadeiro hino a tds as crianças do mundo a kem cedo de+ s impôs a interrupção da meninice, e k, por isso mms, merecem + k tds os outros a kem a vida sp foi fácil, o n/ apreço e a n/ admiração. acredito mms k estas crianças k ultrapassam com sucesso as adversidds da vida fora do tempo, são os verdadeiros vencedores do n/ mundo. (lembro-m da Esmeralda, mas lembro-m tbe das crianças de África vítimas de subnutrição, vítimas de violência e mutilações perpetuadas por sucessivas guerras, das crianças asiáticas vítimas de redes de prostituição e de tráfico de menores, das crianças vítimas de exploração laboral nas economias emergentes deficitariamente reguladas e/ou fiscalizadas, das crianças das favelas movidas pelo instinto da sobrevivência, das crianças de todo o mundo vítimas de violência doméstica, das crianças vítimas de redes de pedofilia, das crianças precocemente doentes vítimas da negligência ambiental a que durante séculos votámos o planeta…enfim, infelizmente são demasiados os casos...felizmente cada vez + as vozes.)

espero k este seja p entrar no livro …:)

Anónimo disse...

Nem todas as crianças são felizes e despreocupadas!
Pelos motivos mais diversos; pais que faleceram, uma família desestruturada, violência doméstica, um pai que está preso, ou uma mãe deprimida, etc. etc., há adolescentes que tem pressa de ser adultos para fugir a uma infância negativa.
Segundo a O.M.S., 40 milhões de crianças, são vítimas todos os anos de violência e privações.
Actualmente temos visto, cada vez mais precocemente, crianças que assumem o papel social de adolescentes e estes, por sua vez, cada vez mais precocemente, assumem o papel social de adultos.

Costuma dizer-se que a idade mental não tem que corresponder à física, hoje é fácil encontrar adultos com espírito jovem.
Embora me sinta jovem, por vezes o corpo começa a avisar-me que o físico já não corresponde. Sinónimo disso é quando me levanto, olho para o espelho e pergunto-me: “Quem será este “cota” que está a usar o meu pijama?”
Mas o importante é manter uma mente aberta e um espírito jovem para não nos deixarmos envelhecer.

Caro amigo Palonço,
Concordo consigo! A curiosidade aliada à oportunidade, constituem-se numa concretização que embora benéfica à luz das vantagens que este meio tecnológico proporciona, rapidamente se pode converter em questões problemáticas, se não houver o acompanhamento devido. Por isso cabe-nos a nós pais termos algum cuidado.
Bem, vou ficar por aqui, para não me voltarem a chamar chato.

Anónimo disse...

Caro amigo gana vê-se mesmo que ainda não tem filhos. São a melhor coisa da vida mas há dias...... o meu com 6 anos pensa que já pode mandar e que sabe tudo.....pois, educação no sitio e hora certa.
Quanto a mim se pudesse ficar eternamente na infância e na ignorãncia é que era bom....mas lá vamos chegar. Não dizem que chegando a velhos voltamos a ser crianças novamente? Ficamos mais mirrados e mais ignorantes( ou ultrapassados que soa melhor).

Anónimo disse...

Como diz um amigo meu:
Quando as crianças são bébés dá vontade de come-las, quando crescem arrependemo-nos de não as ter comido:):):):):):):):):)

Anónimo disse...

Toda a alegria do mundo num sorriso de uma criança...

Anónimo disse...

Olá a todos. Amigo de todos, parece que não compreendeo o que o gana quis dizer. A princípio também não compreendi mas com a explicação dele compreende-se bem. Leia a explicação do gil.

Anónimo disse...

voçê é tudo , menos amigo de todos

JPG disse...

"Cabeça de Homem mas um coração de menino."

Este excerto é da música AMIGO, do Roberto Carlos, e que pena tenho de não saber cantar para a dedicar ao meu falecido pai.

No entanto, às vezes dou por mim a trauteá-la...

Anónimo disse...

O jpg interpretou bem o que o gana quis dizer. Também conheço essa bela canção.

Anónimo disse...

Olá a todos.
O exemplo dado pela amiga Sandra, sobre a triste situação da Esmeralda, é o exemplo claro de um mau exemplo para o amadurecimento daquela criança, enquanto pessoa. Será que alguém se lembrou de perguntar à pequena Esmeralda o que quereria ela? Pode ser criança, mas é claro que tem sentimentos, e ao ser confrontada desta forma com guerras de posse, certamente que esses sentimentos vão ficar toldados irreversivelmente, para melhor ou pior, não sabemos – só o seu interior o ditará -, mas também parece óbvio que a sua criancice terá, já, entrado em decadência.
«Ser-se criança» não é só fazer-se birras infundadas, gostar de amarelo agora e de azul a seguir, ou viver o mimo como uma forma de nos sentirmos protegidos.
Ser-se criança é, na minha forma de ver, mais do que isso, é um estado de alma.
As crianças são puras, inocentes e razoáveis nas suas pretensões. Não lhes estou a associar qualquer conotação com falta de ambição, pois são apenas crianças, mas uma birra de criança é facílima de resolver, se comparada com uma birra de um adulto. Porque as crianças ouvem, mesmo as mais «turbulentas», já os adultos…

Eu adoro crianças, quer sejam os meus filhos, sobrinhos, ou filhos dos meus amigos, as crianças para mim são sempre uma bênção. Brinco e convivo imenso com eles (com alguns não tanto quanto é possível), e é sempre tempo de qualidade, tenho certeza disso. Isso porque tenho gosto em «fazer parte daquela equipa», fazer e agir como eles, com ponderação é claro, mas tudo para os ver ser aquilo que são: crianças. Lógico que existem também momentos de repreensão, e até hoje sempre senti respeito de todas as crianças com quem lidei, ainda assim, isso é tarefa fácil parece-me, se conseguirmos «conversar» com a irreverência que é normal nas crianças, mostrar que somos amigos e não opressores.
Felizmente não tive, até hoje, motivos extraordinários que levassem a um aceleramento forçado do meu crescimento enquanto pessoa. Tenho, sim, e subscrevo inteiramente o dito pelo amigo Gana sobretudo no seu esclarecimento, enorme respeito e admiração por aquelas pessoas que têm nas suas vidas vários episódios de uma aspereza tal que impressiona como sobrevivem e, mais extraordinário, conseguem (muitas delas) voltar à superfície vezes sem conta e ainda assim levar uma vida digna, com sucesso e tremendamente exemplar. Conheço algumas pessoas assim. Lido, diariamente com um destes exemplos, de uma pessoa que foi abandonada pelos pais, colocada em tenra idade junto de desconhecidos, também eles vítimas da imaturidade de adultos, e que formaram o que conhecemos como os Meninos do Gaiato. Hoje essa pessoa está adulta, em todos os sentidos físicos e cognitivos, pois encontrou-se a si mesma, encontrou quem a amasse, e a quem amar, tem uma família, um lar, um emprego, tem amigos e é feliz. Apesar de tudo o que a vida lhe fez é um ser que, mesmo apesar de poder parecer incompreensível para muitos, também ela adora crianças, trabalha com crianças e tem uma dedicação e ternura simplesmente notáveis (até para quem tivesse um crescimento dito normal). Foram os pais, que ao abandoná-la, a «educaram» assim, pois cresceu no seio de uma enorme família de crianças, que apesar de tudo nunca eliminaram mas apenas atenuaram a dor que sentia (e sente) sempre que pensa no seu pai e mãe, viveu sempre rodeada de crianças, e na hora de decidir a formação escolar que haveria de receber escolheu trabalhar com crianças. Ela diz, hoje, «as crianças coloriram a minha vida desde sempre e sempre que precisei, é a elas que eu devo tudo»… e diariamente eu e outros pais constatamos isso mesmo, de cada vez que contactamos com a sua alegria, simplicidade e o seu sorriso. Diariamente, ela é o que sempre foi: uma criança-adulto e um adulto-criança a dar aos outros aquilo que raríssimas vezes ela própria teve.

É triste saber que as infelicidades acontecem na vida das pessoas, mas o mais importante é saber que há pessoas com uma capacidade tal que, mesmo não as ultrapassando completamente, não se deixam vencer, tornando-se em autênticos vencedores.
É ainda mais triste constatar que muitos casos, de crescimento prematuro mas não só, resultam em mentes perturbadas, revoltadas e inconsequentes, em que esta e aquela adversidade são, para além da vivência natural do revés, motivo, argumento ou desculpa para comportamentos posteriores.
Por isto tudo, e para mim, quanto mais perto da criancice, melhor… com os devidos ajustamentos, é claro.

Desculpem-me pela extensão do comentário.
Cumprimentos a todos.
Abraço, Palonço.

o que me vier à real gana disse...

1º linda, só tu, com a tua amizade e mestria (és quem eu penso?), para me lisonjeares assim. Obrigado!
zmb, brilhante! Pois, quando escrevo em não jornalismo, forçosamente as coisas não são directas. Poucas vezes aqui tenho explicado os textos, ou seja, dizê-los literalmente. O meu comentário no dia 23 às 2:35 constituiu um desses momentos. O assunto exigia-o! santa noite para todos!

Anónimo disse...

tas enganado. não t lisonjeei, embora modesta/o possas assim assumir. (nem tão pouco sou graxa. tem xs k até axo k resvalas p uma escrita 1 nadinha prosaica – já t tenho dito…enfim, devaneios k às xs t dão! lol)
limitei-me a uma constatação de factos e, por tal, até agradeço k n m agradeças, pois colocas em causa o pp rigor da minha análise.
se t apetece agradecer cada x k lês comentários favoráveis ao k escreves, sugiro k olhes para 1 espelho e agradece a ti pp, pois o mérito é mms só teu! :)

se sou kem tu pensas??? enfim… já só com biografia!!

Menina do Alto da Serra disse...

Um dos textos do meu caro amigo que sempre me tocou a alma. Gostei da explicação.
Esperamos por mais!