terça-feira, 28 de agosto de 2007

Apetece-me...

Apetece-me…

Dizer:

que jamais voltarei a escrever um poema de amor;
que não passam, aqueles, de pieguice expurgadora de dor;
que esta deve ser vivida, não expelida,
que, contida e debelada por luta con ou descon…trolada,
faz mais crescer do que “ deitar cedo e cedo erguer “
(que os Grandes – digo Grandes, não famosos – o souberam fazer).


Contudo, como não sou Grande e, mais que tudo, transbordo de dúvidas sobre se alguma vez escrevi um poema de amor – quando muito, poesias de paixão, também alimento, sim, mas menos imensidão -; como sou humano, habitáculo da imperfeição endógena, vou, naturalmente, contrariar – pelo menos tentar - aquele apetecer.




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

Nao faças isso,porque nao é bom para a saude;eheheh