O governo faz o que quer (pelo menos assim tem sido). Ele foram os aumentos de impostos; ele são os congelamentos nas carreiras da Função Pública; ele são as quotas (como se só pudesse haver n, e não mais que n funcionários bons ou excelentes) nas ditas carreiras; ele são anos seguidos sem aumentos (nem tão pouco nominais!) dos salários; ele é, quando aqueles de facto vão aumentar, tal aumento não permitir que se dê por ele ao fim do mês, pois a inflacção tem sido sempre mais elevada do que o esperado (portanto, ganho real nos salários para 2008? Não, ainda não vai ser desta, apesar das falinhas mansas. Para 2009 sim, nisso a malta acredita.); ele são um sem-fim de iniquidades... Ele é, agora, a "marosca", citando Francisco Louçã, que constitui a estratégia do governo para a Estradas de Portugal. A nossa Administração Estatal, em resolução já aprovada em Conselho de Ministros, prevê transformar a empresa pública Estradas de Portugal numa sociedade anónima, com capitais a meias (50%-Estado; 50%- Privados). A concessão ser-lhe-á entregue até 2099. Quer dizer, durante um século, nós (bem, se for também eu já não é mau!), através de capital retirado ao imposto sobre os combustíveis (e, quem sabe?, se não também de dinheiros que cairão a rodos em portagens a criar nos Itinerários Principais e nos Complementares), iremos financiar um gigante monopolista.
Porra!, se fosse somente pública, a coisa até que se compreenderia; agora um ingente financiamento público a uma empresa monopolista que também é privada?!, isso é que não...
Iremos criar e alimentar mais uns pançudos. Já cá havia poucos!
Ah, os nossos Representantes (reporto-me, como óbvio se torna, à bancada do PS. Bem, tal parêntesis nem tem razão de ser, pois diz-nos a experiência de go ou desgovernados, que com os outros também assim era). Pois é, esses, afinal, não o são. São tão só ( cordeirinhos) os representantes do governo. Os nossos go ou desgovernos estão sempre bem representados no Parlamento. Então se a maioria for absoluta!... É absolutamente cómodo...
Na próxima quinta-feira vão, esses senhores e essas senhoras, ter mais uma grande oportunidade de mostrar quem, de facto, representam. Se votarem contra o saque de 600 milhões de euros aos Impostos do Estado, para serem entregues à dita cuja empresa (que ainda nem sequer existe), saberemos que algo mudou. Mas vocês acreditam no Pai Natal?
Pois, eu também não.
Que ricos representantes!
É também por isto que me surgiu o post de ontem.
Alentejo terra linda...
Carlos Jesus Gil
domingo, 4 de novembro de 2007
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2 comentários:
força gil, de facto estamos mal servidos de governantes desde o tempo de eça de queirós
Eles sao , mas é , ums ladroes.
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