ACERCA DE TELEVISÃO
Um elevadíssimo responsável pela gigante privada francesa TF1, afirma: “ A principal função da minha Televisão consiste em ajudar a Coca-cola (apenas um exemplo) a vender o seu produto. Para que uma mensagem publicitária seja apanhada é preciso que o cérebro do telespectador esteja disponível. As nossas emissões têm por vocação torná-lo disponível, isto é, diverti-lo, distendê-lo, preparando-o entre duas mensagens. O que nós vendemos à Coca-cola é tempo de cérebro humano disponível. E não há nada mais difícil do que obter essa disponibilidade. “
Ora, fácil, demasiado fácil de encontrar a origem pimba das Televisões generalistas. Mesmo as que o não eram, passaram a sê-lo. Não existe outra forma de governo de uma empresa privada desta natureza – têm que criar “ disponibilidade “ no cérebro humano. E como é que esta se cria? Não é certamente com programas que suscitem elevada reflexão. Elas criam programação que não forma cultural e intelectualmente um indivíduo, porém, entretêm-no, divertem-no, criam-lhe disponibilidade no cérebro.
É essa programação (que não cultiva e não fornece conhecimento ao indivíduo) que os anunciantes pagam; é essa disponibilidade de cérebro humano que é paga.
Carlos Jesus Gil
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
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1 comentário:
Abaixo a publicidade, ou nao?
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