DE ALGUÉM QUE SE SUPÕE HUMANO, PARA ALGUÉM QUE O É
NÃO, NÃO É AUTOBIOGRÁFICO… OU É, SEI LÁ!...
Por vezes:
Não sei bem como, ou melhor, até sei, de quando em vez entro numa de autofagia (paradoxalmente, sem excepção não obtenho benefício).
Como qualquer produto de digestão, em merda me tornei. Sim, dejecto; excremento. Poderia recorrer a termos eufémicos, como: bandalho; canalha; pulha; até mesmo trampa, porque não?; sujidade; porcaria e coisas quejandas. A verdade, porém, é que mais pesados seriam tais, não no uso, claro!, mas no abuso, tal se encontram desajustados à minha real caracterização.
Sou merda, merda pensante – o que só agrava, pois faz de mim uma aberração -, mas merda.
… Do outro só espero que me perdoe o cheiro; do outro não exijo nada. O outro até bem que poderia contemporizar, à guisa de exorável criatura: “Não pá, tem calma!, as coisas não são nada assim. Toda a gente…”, mas, porque o é, acumulando com a virtude de indefectível inimigo do fingimento, fica calado, devorando, com justeza, uma frugal mas nutritiva dose de razão.
Resta-me o consolo da inevitável utilidade da merda… Não, porra!, a que presta é a merda pura.
Resigno-me à condição de merda, mas de segunda, ou terceira. Um sucedâneo.
Carlos Jesus Gil
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2 comentários:
Que dom é esse que tu tens, que até os textos mais "diarreicos" consegues abrilhantar?
Nunca uma conversa de merda me tinha cheirado tao bem!
(Nao gostei foi dessa resignaçao à condiçao de merda de refugo...!)
Eu, hein???
Merdinha de primeira e é p'ra quem quer;))
rsrsrsrs
( sabias que a qqr momento podes "liquidar" os meus coments???)
So p'ra ficares a saber...;)
Mas ai de ti que o faças!:p
Beijito, p'imo lindo*
Isso sao "so" os teus momentos mais em baixo.
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