quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Fado

FADO


Ai que vida, nosso Deus,
que vida que eu não sonhei!


Será que alguém sonhou
com a que leva e levou;
com o que joga e jogou;
com o percurso marcado,
indelével (será que sim?) como o fado,
será, nosso Deus, será?


Dou de barato o pensado,
posso mandar no meu fado!...
Mesmo que o caminho de um
seja com o d’outro comum.


Então, nosso Deus, então?...
Tanto que preguicei,
na corrente naveguei
sem tentar uma inflexão.


Trânsito proibido,
pensara ter encontrado.
Daí o ter desistido
de meu fado ter traçado.




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

È o nosso fado!!!