OS PRIMÓRDIOS DO MP3
A Música Mecânica Programada, designação atribuída aos belos, ou não!, fonemas melodiosos, com harmonia subjacente, que dão vida às caixinhas de música e aos realejos, aparece pela primeira vez com estes em finais do século XVII.
Aplicação genial do mecanismo de cordas dos relógios suíços!
As grafonolas?!... Não! Muito antes desses vetustos objectos, muito antes…
Pois, a Geografia do ouvinte, do melómano, democratiza-se… Sim, não era só para os ricos. Ouvia-se música nas feiras, nesses ancestrais Centros Comercias a céu aberto efémera e periodicamente plantados, tal como, felizmente, ainda hoje – há humanismos que teimam… força! O Povo atrasava as compras… parece que os estou a ver!...; vendedores enganavam-se nos “trocos”, conferindo o primado da atenção aos realejos.
A necessidade da presença dos músicos acabava de resignar… Bom? Sim e não, mas isso é outra história… ou para outra estória.
… A pujança tecnológica sempre a impor-se. Por vezes a facilitar. Quase sempre. Porém, bem, porém, e como dizia o enorme Walt Whitman, “ … a mínima articulação da minha mão escarnece de toda a maquinaria. “
Ok, vejam com que é que carregam o MP3! O aparelho não tem culpa…!
Carlos Jesus Gil
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
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6 comentários:
Ainda espero pelo MP4 para comprar tal tecnologia. boa semana
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
The precious and inspired W. H. Auden
Palavras bonita, tão bem conseguida "... "... caixinhas de música (...) realejos" - lembra-me sempre uma série que deveria ser eposta na RTP 1, em que os protagonistas eram o Maxwell Smarte a agente 99 (ele casou com ela, sem nunca saber o seu nome!). Há uma cena hilária, em que um símio estava em cima de um realejo e eles pensavamo que o tocador era um agento disfarçado, mas o agente era o símio!
Escreves bem, amigo, muito bem mesto. Tens em mim uma dedicada fã. Bendito
Táxi, já existe o MP4 :)... Compra!
Pinguin da Neve, obrigado!
É algo a se pensar, outra coisa que eu lembre, foi que os carros movidos a eletricidade já são bem antigos, mas temos o dominio exclusivos de carros movidos a petroleo e derivados...
Fique com Deus, menino Carlos Jesus Gil.
Um abraço.
Nunca tinha reflectido sobre o MP3… Não me refiro ao formato áudio, esse como toda a gente sabe é uma compactação/reprodução desqualificada da captação áudio original.
Refiro-me á máquina que tem vindo a assumir dimensões cada vez mais “insignificantes”, em oposição á capacidade de armazenamento. Uma grande variedade disponível no mercado facilita uma identificação estética, softwares com aplicações diversas prometem uma convivência repleta de diversão. Há mesmo leitores de MP3 que são também telemóveis… ou vice-versa. Poderosa aliança mecânica na minha opinião…
Sem necessidade de grandes atenções, este pequeno aparelho está sempre presente, disposto a cantar-nos ao ouvido tudo o que queremos ouvir, sussurrando ou gritando mas sempre disposto a dar música aos meus ouvidos, e caso o que ele tem para me cantar não me agrade… basta um “FORWARD”, e mudo de tema, ou simplesmente um “OFF” e silencio-o.
Não me admira portanto, que este pequeno aparelho já faça parte integrante de nossas vidas. Com todas estas qualidades, ele compete pelo honroso lugar de “melhor amigo”, e basta olhar em volta, no autocarro, no metro para percebermos que com sucesso. Grupos de colegas de turma, não dirigem palavras entre si quando escutam o seu “ melhor amigo”, num autismo embalado ao som das músicas da moda.
Aprendi com o tempo a temer e a estar mais atento aos amigos, do que aos inimigos.
Os inimigos têm más intensões (ponto). Eu sei disso e toda a gente o sabe.
Já os maus amigos, embora não te desejem prejudicar fazem-no mesmo que inconscientemente. Mergulhados num egoístico complexo de inferioridade, acompanhado de um sentimento de dependência/posse são muitas vezes um entrave á evolução. Os maus amigos são sempre muito resistentes á mudança, receiam que a mudança separe a amizade. No fundo eu acho que o que os maus amigos temem que com a mudança/novidade venhas a descobrir que eles não eram tão bons quanto isso e alteres a tua “lista de diversão”(playlist).
Reforçando a ideia do anfitrião Carlos Jesus Gil, “Ok, vejam com que é que carregam o MP3! O aparelho não tem culpa…! “
Somos responsáveis pelas nossas escolhas… e influencias…
Odeio ouvir dizer “tão bom moço!… mas aquelas companhias…”, ou manchetes jornalísticas que vendem preconceitos como : “jovem fanático por heavy metal matou 3 pessoas”. A culpa não é do heavy metal, nem das companhias mas sim das PRÓPRIAS ESCOLHAS.
Já venho tarde para desejar bom Carnaval, mas talvez não, hoje o Cavaco empossa-se e sabe-se lá o que mais aí vem. boa semana
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