Gore percebeu o quão fundamental é a assumpção, por parte dos EUA, de uma verdadeira política de desenvolvimento sustentável; o quão urgente é um compromisso idóneo entre a Economia e o Ambiente, e o quanto a anuência dos americanos é imprescindível.
Gore percebe que um novo Tratado Global que vise a saúde planetária, não logrará resultados que valham com os EUA de fora. Conhece, também, a inevitabilidade de custos (enormes) materiais em todo um processo dessa natureza, e o quanto os americanos são atreitos a rejeições a tudo o que implique perdas ou alienação de ganhos ( ainda mais, quando propõe que os países que historicamente menos contribuíram para o problema não devem pagar o mesmo que os outros ).
Gore não se ilude, conhece a militante resistência dos americanos e o acentuado materialismo que albergam. Mas Gore também não ignora que as atitudes poderão mudar; sabe que na mente dos seus compatriotas pairam imagens aterradoras de recentes catástrofes naturais que o país tem experienciado. Imagens aterradoras têm poder; imagens de sofrimento desusado por aquelas bandas, que assomam vezes demais à mente, têm poder... forte: accionam a consciência. E é com isto, e com pragmatismo de discurso dirigido, que Gore conta mobilizar os americanos no sentido de pressionarem a próxima Administração, para que leve as questões ambientais a sério.
Seja bem sucedido, senhor Gore!
Carlos Jesus Gil
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
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1 comentário:
Pronto , o gajo é porreiro.
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