UMA QUESTÃO DE SEMÂNTICA
A TODOS OS LEXICÓLOGOS LUSÓFONOS
Ainda há bem pouco tempo saiu um prodigioso dicionário da língua portuguesa, vocábulos e mais vocábulos, neologismos, estrangeirismos, ali não falta nada, ou melhor, não faltava. É que… já carece de actualização!
O consulado de Durão Barroso tem-nos mostrado quão viva e dinâmica é a Língua Portuguesa, tão pródigo que tem sido na atribuição de novos significados a termos seculares. Vejamos o que significam, para a coligação governamental, os seguintes vocábulos:
- centro: A algo que não está na periferia; B de decisão – algo que não deve estar em Portugal.
- concertação: o mesmo que utopia.
- educação: conjunto de práticas que devem servir para avaliar os professores.
- greve: algo que se compreende e aceita, mas jamais sob governação PSD/CDS-PP.
- imposto: tributo que devem pagar os mais pobres.
- negociação: formulação de questões com o objectivo de conhecer as condições pretendidas por outrem, seguida de decisão pré-tomada.
- outro: … se não tiver das coisas a mesma opinião que nós, a dele não presta.
- produtividade: algo que não tem a ver com a formação dos recursos humanos, com a tecnologia aplicada e que despreza a inovação.
- proteccionismo: sistema político-económico teoricamente abominado pela União Europeia e parceiros económicos mundiais, mas cuja abominação só deverá ter resultados práticos em Portugal.
- slogan: frase curta que atribui culpabilidade ao Partido Socialista.
… Claro que há mais, mas tudo não passa de uma questão de semântica!
Carlos Jesus Gil
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
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1 comentário:
E tas mais que certo...
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