sábado, 28 de julho de 2007

Cheirinhos

ESTRANHO BAILADO


… E de repente apetece-me gritar: tragam-me um antibróóóómico!...
Não, não grito, limito-me a deslocar-me uns metros. Para a direita; para a esquerda, depende… À vezes resulta.
É de uma tão grande densidade, aquela atmosfera! Ele são as luzes, ele são os decibéis, ele é o fumo, ele são os constituintes normais; ele é o elemento estranho…
A gama, essa é variada; a intensidade também é díspar. Por vezes a qualidade é refinada, uns frasquinhos pomposos e era um ver se te avias… Inebriante!
Ambivalência de sentimentos: repugna, por um lado, hilaridade por outro.
Com o barulho das luzes, as cores dos sons, um “bailado” muito próprio e uns parcos metros de permeio ninguém nota nada, ninguém topa o drama, efémero, mas repetido. Ninguém, nem mesmo os quatro ou cinco rapazes que não poucas vezes viveram – será que sim? – a situação… Às vezes lá esboçam um sorriso.




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de Alencar disse...

Tavas a tocar num concerto e viste o quê?...