segunda-feira, 6 de abril de 2009

Epopeia sibilina

EPOPEIA SIBILINA




Nascera numa manhã de nevoeiro, que bem cedo levantou, num nauseabundo bairro de uma grande metrópole europeia, daquelas do primeiríssimo mundo que, por isso mesmo, alberga mais que as outras, as de mundos de prata ou de bronze, maior quantidade de caracteres do quarto, não de repouso, daquele posicionamento mundano que o coloca fora de prazo, ai, desculpem!, fora do pódio, intentava eu… Interessa saber qual?, achamos que não, como tal não destoldamos a placa.
Bem, serve o presente microconto para vos dar conta de como a …… …… ….. - pois, se das coordenadas geográficas vos não damos nota, do nome tão-pouco! -, parido às mãos de parteira experiente, enquanto na cozinha ao ladinho aguardava um mar de gente, isto no ano da Graça de 1912, tão depressa desaparecera a impossibilidade de o comparar economicamente a um porco quanto rápido se levantara o nevoeiro que o sentira nascer… Digo-o hoje porque à distância é mais fácil a compreensão: o mesmo se foi por medo do próprio, daquele que ora evocamos. Nunca mais o astro-rei deixara de o servir, excluídas, claro, as horas de não expediente… que o Sol também dorme! Diz-me ainda a distância e palavras, muitas, em papéis, que o ainda vivente …… …… ….. é homem de dívidas tantas e tão imensas, que quem não ouviu da distância nem aprendeu das letras em papéis terá dificuldades acrescidas, mesmo impossibilidade, em compreender o legado legal de milhares de milhões … muitos, que deixa a filhos, netos, bisnetos… Pena é que parte do trecho dedicado às dívidas se encontre envolto, ironia!, em denso nevoeiro. Apenas é cristal a referência à avultada dívida à inteligência, o resto… nada… e tem que haver mais, muito mais! À guisa de adenda, ainda se pode ler no temático documento que nem banca nem consciência são credoras.
Ele ainda anda por aí…rijo que nem um pêro.




Carlos Jesus Gil

9 comentários:

~*Rebeca*~ disse...

Pelo menos a dívida à inteligência é cristalina, essa que importa.

Maravilhosa semana.

Rebeca

-

Unknown disse...

Sabe-se lá como é que o rapaz lá cegou, né?

Ana Maria disse...

Uma noite de segunda com ótimo sono e sonhos realizáveis.
Beijinhos!

dragao vila pouca disse...

Por favor, importa-se de ser um pouquinho menos inteligente, descer à terra, e dar uma dica aqui ao Ge?

Obrigado meu sibilino, amigo!

Um abraço

Darwin disse...

Não sei se no ano da Graça de 1912, te referes à crise financeira relacionada com banca, à crise política da altura ou ao julgamento dos crimes políticos, nem tão pouco faço ideia da figura que evocas.
Sobre julgamento de crimes políticos, ainda há pouco tempo ouvi um senhor, que é acusado de crimes de participação económica em negócio, corrupção, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal, afirmar na comunicação social, que não entregou aos cofres do Estado o montante global de 630 465 euros, relativo ao cálculo de IRS, por tratar-se de uma situação normal em Portugal. Que eu saiba e contrariamente ao que nos quer fazer crer, a corruptela endémica não está na genética dos portugueses. O que me parece é que a fraude fiscal aparece neste enquadramento como o corolário lógico de um sistema político corrupto.

pico minha ilha disse...

_??___??
_??___??_________????
_??___??_______??___????
_??__??_______?___??___??
__??__?______?__??__???__??
___??__?____?__??_____??__?_____
____??_??__??_??________??
____??___??__??
___?___________?
__?_____________?
_?____?_____?____?
_?____/___@__\\___?
_?____\\__/?\\__/___?
___?_____W_____?
_____??_____??
_______?????
Um abraço com votos de uma Santa Páscoa.

Srta Emy disse...

Gana,
Olha que espiar aqui é sempre uma grata surpresa! Parabéns pela retórica!
Beijo malvado.
:**

Graça disse...

Gosto quando és assim sibilino... nesta tua forma de dizer verdades...

[Mas o que gostei mais no teu texto foi a expressão "no ano da Graça"... pelo menos fiquei a saber que não tens nada contra o meu nome :)))]

Fica bem, Carlos, e um beijo meu.

Unknown disse...

Ei, cá estou de volta. E logo com um texto tão complicado.
Pronto, feliz do gajo da história. Felicidade para todos.