sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Se a terra for de cegos...

SE A TERRA FOR DE CEGOS…


Há que:
Alimentar Corpo e Alma… Já dizia Santo Agostinho; já diziam outros Santos, aspirantes a…, e os demais que a tal jamais ousaram aspirar.
Ora, toda a gente sabe bem (hummm, que sabor!) como deve ser alimentado um corpo; são conhecidas maneiras saborosas e saudáveis (conciliação difícil, dificílima mesmo, mas não impossível, tenhamos esperança!), outras somente saborosas e outras, ainda, apenas saudáveis. Falamos do corpo, do nosso corpo, tão necessariamente imprescindível para que possamos, por exemplo, falar de terras cegos. Mas e a Alma (o quê?! Vocês aí não acreditam na sua existência?... Lembrem-se das bruxas!...), de que alimentos se nutre? Bem, todos os que nela acreditam, e mesmo os que não e os que apenas sonegam o seu acreditar, têm consciência de que tais nutrientes só poderão advir do conhecimento das coisas, da ciência, da cultura, da meditação, enfim, de informação e mais informação cruzada, reflectida e ponderada no cérebro. No cérebro do corpo; no cérebro que também se alimenta das outras iguarias…, sim, das de carácter físico; no cérebro mediador, qual intermediário entre o físico e a Alma!
Mas para quê todo este paleio? Pois, só para lembrar que ao poder interessa mais alimentar músculos, patrocinar ginásios (ainda que não tenham dado – foi um descuido, cuido eu – atenção ao decrescente poder de compra da arraia…) do que providenciar os outros alimentos. É que esses, ó, esses… Esses municiam poderosamente verdadeiros exércitos inimigos.
Se calhar tenho aqui um exemplo – que cai sempre bem uma ilustração!: a constituir verdade absoluta (não as há, já sabemos!...) aquilo que não se cansa de proferir o Ministério da Educação, temos um país mais culto e mais informado. Daí o dilema do poder executivo e não só: então, com grande parte da rapaziada já culta, informada, de espírito bem alimentado, “ainda corremos o risco, caso cumpramos a promessa eleitoral de referendar a ratificação do Tratado de Lisboa, de vermos o mesmo ser rejeitado.”
É tramado! Educar o povo, e este, depois, não saber agradecer!... Assim, o bom pessoal da administração, que sempre se deu melhor com Democracias representativas do que com Democracias participativas, vai pensar muitas vezes antes de fazer algo em prol da Educação… Ou será que já pensaram?... Olha, não tinha pensado nisto! Se calhar esta reforma na educação (com os alunos a poderem faltar e por aí fora…) já foi produzida a pensar nisto!... Espertalhões!




Carlos Jesus Gil

1 comentário:

Tomas de alencar disse...

Olha ,Carlitos , se a terra fosse de cegos , tinha-mos que andar aqui as "apalpadelas",o que as vezes era bem melhor,,eheheheh.